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sábado, 12 de março de 2011

especialistas dizem que Japão sofrerá pequenos abalos pelos proximos dois meses

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Países que receberam alerta contra Tsunamis
Pesquisadores brasileiros especialistas em analisar os efeitos dos grandes tremores pelo mundo afirmaram na sexta-feira (11) que pequenos abalos, decorrentes do sismo de magnitude 8,8 na escala Richter que atingiu o Japão, devem ser registrados pelos próximos dois meses na região.

Segundo Aderson Farias do Nascimento, sismólogo e professor do Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), estudos indicam que réplicas menores do terremoto devem ser sentidas por algum tempo, até que as placas tectônicas que se chocaram cheguem novamente a uma posição "mais harmônica".

- Esses pequenos tremores podem durar cerca de dois meses, dependendo do caso. Havia muita pressão acumulada. Mesmo com o abalo de 8,8 outras centenas de tremores de menor magnitude vão continuar acontecendo para aliviar essa pressão, até chegar a um ponto de equilíbrio - afirmou o especialista, que é doutor em sismologia pela Universidade de Edinburgo, na Escócia - Mas a intensidade vai diminuindo gradualmente.

O professor explica que, a curto prazo, é pequena a chance de ocorrência de outros abalos tão grandiosos como o de sexta-feira (11) no Japão.
 
- A possibilidade é baixa. Quando você tem um choque de placas, você libera uma parte da energia acumulada em forma de terremoto. E, quando isso acontece, você alivia uma tensão que existia há algum tempo. Então você precisa esperar até que a pressão se forme novamente.

Afundamento

Pelo diagnóstico de Nascimento, o tremor no Japão foi causado pelo afundamento da placa do Pacífico sob a placa Norte-Americana. Como apontam seus cálculos, a placa do Pacífico –mais velha, por isso, mais densa– entrou cerca de 15 metros por baixo da placa Norte-Americana –esta última mais nova, por isso, menos densa.

Nessa movimentação, em 4 minutos, criou-se uma espécie de rachadura de 100 km de extensão, a uma profundidade de 15 km no oceano, o que deu início ao tsunami que varreu parte do litoral japonês.

Como explica Lucas Vieira Barros, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), tal movimentação é esperada naquele ponto do globo.

- Geograficamente, o Japão está em uma região extremamente propensa a grandes terremotos, que costumam acontecer mais nas bordas das placas tectônicas. Lá está a junção de praticamente quatro placas - analisa.

O especialista afirma que, logo após o afundamento e o choque entre as placas, houve uma movimentação vertical do fundo do oceano.
 
- Quanto toda essa massa de água se mexe, essa área formou ondas muito grandes, mas que não podiam ser sentidas perto do epicentro, pois a profundidade do mar era relativamente grande. Porém, ao chegar perto do litoral, onde a profundidade é menor, as ondas crescem e vêm de forma devastadora - finaliza.

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