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domingo, 14 de março de 2010

Cama de Gato. Essa é a novela do momento. Com sua narrativa vertiginosa, as autoras estão conquistando o público. Tudo na novela acontece rapidamente e sem se perder. A história é uma fábula na qual a mocinha, Rose, se apaixona pelo mocinho, Gustavo, e tem sua felicidade atrapalhada pela grande vilã, Veronica. Só que o telespectador não tem que aguentar meses e meses de sofrimento para ver a vilã se dar mal. Veronica já esteve no ápice com suas maldades dando certo, mas agora amarga o castigo de ficar presa enquanto os mocinhos se casam e são felizes. Ou nem tão felizes assim. É uma fábula com traços reais e que não precisa terminar com o 'felizes para sempre' comuns nas telenovelas. Afinal a vida não é assim na realidade. Agora é só esperar os próximos passos que as brilhantes autoras darão em sua obra. Sucesso do começo ao fim.

Cama de Gato

Amores Ridículos



Uma vez eu soube que um poeta disse que todas as cartas de amor são ridículas... De certa forma, concordo com ele. O amor realmente nos faz ridículos! Mas não menos interessantes.

Amor! Ah, o amor!

Amor que move, que alegra, que entristece, amor que enternece, que entorpece, amor que cobra, que doa, que cega, amor que salva, amor que enlouquece...

São tantas as formas de sentir o amor...

Talvez por isso sejamos patéticos quando nos deixamos dominar por ele.

Amor tão paradoxal que nos faz viver em extremos...

Ora somos imensamente felizes, ora infinitamente tristes...

Isso depende da reciprocidade do sentimento.

Quem nunca quis ser ridículo a ponto de escrever cartas, bilhetes ou poemas de amor?

Quem nunca sentiu uma ponta – ou um iceberg – de inveja ao testemunhar ou ler um ato de amor?

Quem nunca sentiu o prazer de escrever algo romântico?

Você que está lendo pode dizer que nunca escreveu... Mas será que nunca teve vontade? Nunca mesmo?

Será que você nunca recebeu essa demonstração tão linda?

Se sua resposta foi negativa, sinto informar que você não viveu! Porque só vive plenamente quem ama e deixa-se amar!

Por mais brega, cafona ou ridículo que possa parecer, o ato de passar para o papel o amor que se sente, é uma das mais lindas formas usadas para se sentir vivo!

Por isso sejamos cada vez mais ridículos!

Cartas de amor são a tradução do sentimento mais lindo que existe: o amor!

Escrevam mais cartas! Recebam mais cartas!

Sejam ridículos!

Mas lembre-se que cartas não substituem gestos de amor!

Então adotem em suas vidas atitudes que comprovem esse amor...

Sem nenhum receio de parecer ridículo!

Basta ver o reconhecimento dado a poetas que tem a capacidade de transcrever tão bem esse sentimento que nos faz tão felizmente ridículos!

Amores Ridículos!

Tem fatos que acontecem na sociedade que me deixam boquiaberto tamanha a injustiça. Um recente exemplo disso é o caso do cartunista Glauco e seu filho. O assassinato de pai e filho está sendo investigado de forma exemplar pela polícia paulista que promove uma caça ao assassino com muito empenho. Até altos comandos da polícia foram envolvidos na investigação. Até aí nada a reclamar, já que o crime deve ser mesmo solucionado e os culpados julgados pelos atos barbaros que cometeram. Mas será que se fosse com outra pessoa, menos famosa e que despertasse menos comoção, o caso seria conduzido do mesmo jeito?
A resposta é não. Infelizmente. Quantas mães tiveram seus filhos assassinados de forma bem parecida ao caso e não tiveram tanta repercussão e empenho da polícia na resolução do crime? Muitas. Talvez milhares tenham tido suas vidas destruídas em atos dessa natureza. Mas por que os outros casos não tem o mesmo privilégio? é preciso ser famoso e reconhecido socialmente para ter seu direito a vida respeitado?
Não estou dizendo que a polícia está errada de agir assim. Estou questionando por qual motivos apenas uma parcela da população é tratada com esse respeito? Somos todos iguais perante a lei e por isso não pode haver desigualdade no tratamento de casos desse tipo. Prendam, julguem e condenem esse monstro que ceifou a vida do cartunista e seu filho, mas também prendam, julguem e condenem os assassinos do José, da Maria, de fulano, de beltrano...

Questionamentos eternos.