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segunda-feira, 15 de março de 2010

Um assunto está bem comentado nesse ano em que o Big Brother Brasil ousou ao colocar três participantes assumidamente gays no jogo e ainda mais com um outro participante dito homofóbico. Homo, hetero e bissexualidade. Apenas três categorias para rotular a enorme fauna que está presente na sexualidade humana. Por isso acaba havendo uma divisão entre as pessoas, criando um conflito desnecessário. Para que fazer isso? Algumas pessoas agem como se a sociedade já não tivesse muito com o que se preocupar. Perde-se tanto tempo se interessando por decisões que são tão pessoais e desdenha de fatos que são bem mais importantes.
Acerca desse fato, grupos de pessoas que se autoproclamam defensores da moral e bons costumes são os primeiros a apontar o dedo, julgando e condenando homens e mulheres que se percebem, se aceitam e se assumemm homossexuais. Alegam que a Biblia diz que é pecado e bla bla bla. Alguns chegam ao absurdo de assassinar o foco de seu ódio, muitas vezes para matar o homossexual que existe dentro de si mesmo. O que é bem controverso, já que, seguindo da sua cartilha, deviam saber que um dos mandamentos sagrados é não matar o próximo e sim amá-lo como a si mesmo. Esses mandamentos, somados com a celebre frase 'quem nunca errou que atire a primeira pedra' faz com que suas alegações não sejam mais que bravatas para esconder um preconceito tacanho e rídiculo. Será que existe alguém tão perfeito a ponto de julgar outras pessoas? Isso me soa meio prepotente e inconsequente.
Nos últimos tempos, a sociedade viu surgir uma pessoa, que se dizia psicóloga e capaz de curar, ou melhor, capaz de criar ex-gays. Por favor. Se um gay pode virar hétero então um hetero pode tornar-se gay? Pergunta imbecil, eu sei. Mas o que pensar de algo assim tão surreal? Denominações e adjetivos nesse sentido me parece extremamente desnecessários e sem lógica. Com tantos problemas psicológicos realmente preocupantes, é mesquinharia pensar em promover a cura gay. Além do mais, o que realmente pode interessar com quem uma pessoa vai ou deixa de ir para a cama? Como se isso fosse de verdade afetar a beltrano ou fulano.
Cuidar da nossa própria vida já é uma tarefa bem hercúlea para ficarmos perdendo tempo especulando sobre a sexualidade alheia. Vontades e preferências são tão subjetivas que não cabem julgamento de valor. Padrões heteronormativos não podem ser considerados os mais corretos e nem menos corretos. Pessoas são diversas e essa é a graça de viver e conhecer cada uma delas. Ser hetero, bi , homo, trans ou seja lá o que se queira ser não determina caráter. Cada indivíduo tem total liberdade de escolher o melhor caminho para encontrar a felicidade pessoal. E todos devem respeitar essa escolha ou condição de vida.
Respeito continua sendo a palavra de ordem. Não se pode tomar para si a posse da verdade absoluta e tentar institucionalizá-la. Já pensou a grande bagunça que seria heteros julgando gays e vice-versa? Temos de praticar a tolerância e o amor ao próximo descritos nos mandamentos divinos pelo real bem-estar da nossa sociedade. Antes de ser gay ou hetero, somos todos pessoas. Somente pessoas. Com toda a variada gama de caráter e forma de ver e viver a vida.
E aí? Você tem mesmo vontade de atirar um pedra ou apontar o dedo para o erro alheio? Tem mesmo moral para isso? Não seja prepotente de se achar o ser perfeito em um mundo onde a grande graça é aprender a respeitar a tudo e a todos. Para ser respeitado, pratique o respeito ao seu semelhante. Mesmo que ele seja bem diferente de você.

Padronagem Social: Existe mesmo certo e errado?