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domingo, 18 de abril de 2010

Pessoas que não conseguem ter filhos naturalmente e querem fazê-lo por meio da reprodução assistida não podem escolher o sexo da criança. É o que determina o novo Código de Ética Médica, em vigor desde a última terça-feira. A norma diz que o profissional não pode usar as técnicas de fertilização “para criar embriões para investigação ou com finalidade de escolha de sexo”.

O especialista em reprodução humana Luis Fernando Dale explica que, se os pais pudessem decidir sobre o sexo do bebê, os embriões que sobrassem no processo teriam que ser destruídos, e não poderiam ser usados em pesquisas.

- Para a escolha do sexo, os embriões passam por biópsia, e uma abertura é feita, o que impende que sejam congelados adequadamente - diz Dale. - O que pode ser feito é seleção em caso de doenças.

A manipulação genética também está proibida, segundo o código. Médicos não podem intervir no genoma humano, exceto na terapia gênica, para tratar doenças. O médico deve zelar ainda para que as pessoas não sejam discriminadas por razões de herança genética. O presidente do Departamento de Bioética da Sociedade Brasileira de Pediatria e da regional São Paulo, Clóvis Constantino, afirmou que é fundamental que o código regulamente esse tipo de comportamento:

- Cada vez é mais fácil fazer diagnósticos genéticos. Em pouco tempo, empresas vão criar bancos de dados para escolher os funcionários por suas características genéticas.


Novo código de ética médica

A gente vamos falar errado menas vezes. Por mais estranheza que provoque hoje, essa frase poderá ser considerada uma maneira culta de usar a língua... no ano de 2210. Nem estaremos nos comunicando em português, mas sim em língua brasileira. Essas são algumas projeções feitas pelo linguista Ataliba Teixeira de Castilho, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da área há mais de cinco décadas.

- Acho que em 200 anos teremos uma língua brasileira, totalmente diferente do português europeu e do africano - diz ele. - Só não posso garantir, porque a linguística não é uma ciência do futuro, mas do presente e do passado.

Castilho é autor de uma das duas gramáticas do português do Brasil que acabam de chegar às livrarias. Os livros, somados a uma exposição em São Paulo sobre as diferentes maneiras de falar do brasileiro, são uma tentativa de valorizar os desvios da norma culta praticados no país. Eles questionam a ideia de que haja uma maneira certa e outra errada de falar.


O futuro imaginado por Castilho pode parecer nada “haver”, mas se baseia em teorias fundamentadas. O professor esteve entre os acadêmicos que iniciaram o estudo da linguística (ciência que trata da linguagem verbal humana) no Brasil, na década de 70. De lá para cá, participou da criação de relevantes trabalhos da área, como a Gramática do português falado, primeiro estudo do gênero entre as línguas romanas, Para a história do português brasileiro e A linguagem falada culta na cidade de São Paulo. Ele se apoiou no conhecimento acumulado para escrever a recém-lançada Nova gramática do português brasileiro (Contexto, 768 páginas, R$ 69,90).

A obra não é o tipo de gramática com a qual estamos acostumados.

- Não estou preocupado com o certo ou o errado - afirma Castilho. - Fiz um retrato da língua como ela é falada no Brasil, com suas variedades.

Isso quer dizer que o livro não deve ser usado como uma referência de como falar ou escrever dentro da norma culta – o conjunto de regras usadas pelos falantes cultos, descritas em gramáticas tradicionais. Ele mapeia os diferentes jeitos de usar a língua, incluindo aí formas que seriam consideradas erros pelos mais conservadores. Castilho analisa expressões como “ni mim”, “tafalano no telefone” e “quem que chegou?” a partir da constatação de que são fenômenos da língua, deixando as regras de lado.

Também na trilha de identificar uma língua brasileira, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mario Alberto Perini acaba de lançar Gramática do português brasileiro (Parábola Editorial, 368 páginas, R$ 50). Mais concisa, a obra é a adaptação de outra gramática dele, a Modern portuguese: a reference grammar, escrita com o intuito de ensinar estrangeiros a falar o português brasileiro.

- O português do Brasil (e não o europeu) é usado por 190 milhões de pessoas, é a oitava língua mais falada no mundo - diz. - O fato de ele nunca ter sido organizado em forma de gramática é uma situação anômala, que mexe com nossos brios.

Castilho concorda.

- O futuro da língua portuguesa repousa no Brasil.

 O lançamento das duas gramáticas é também relevante para o momento atual do país. 

- Tudo na linguagem é uma questão política. O país está numa fase interessantíssima.  

Tentativas de unificar a língua, como o recente Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, podem ser vistas como um movimento oposto ao natural distanciamento e dominância do português falado no Brasil em relação às variantes europeias e africanas.

As iniciativas que valorizam o falar brasileiro não estão apenas nos livros. Em São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa apresenta, até 27 de junho, a exposição Menas: o certo do errado, o errado do certo, com curadoria de Castilho e do professor de cursinho Eduardo Calbucci. É a primeira exposição do museu – um dos mais visitados do país – que trata da língua portuguesa. As outras mostras abordaram a obra de escritores, como Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

Os 420 metros quadrados do 1o andar da instituição foram cobertos por instalações multimídias, jogos interativos e vídeos que tratam exatamente dos desvios da norma padrão praticados pelo brasileiro na fala, na escrita cotidiana, na literatura e na música.

- Queremos mostrar que o bom falante é aquele que sabe escolher a variedade linguística de acordo com a situação - afirma Calbucci.

A exposição aborda com sucesso a ideia de que não há maneira errada de usar a língua. Logo no início, o visitante depara com frases como “Se alguém usou uma palavra, ela existe” e “A língua varia no tempo e no espaço”. Visitada principalmente por grupos de crianças em fase escolar, a exposição pode ser um problema, caso não haja orientação correta. Mesmo que sem intenção, ela valoriza os desvios em detrimento da norma culta.

- Não é uma boa iniciativa - diz o professor Evanildo Bechara, o mais importante gramático do Brasil. - É como dizer: ‘Se todo mundo está usando o crack, por que eu não vou usar?’. Se o aluno aprende a língua que ele já sabe, ou a escola está errada, ou o aluno não precisa da escola.

O mérito da exposição e das gramáticas de Ataliba e de Perini está em divulgar uma ideia simples e ainda pouco compreendida: a língua está em constante mutação. Por isso, não deve ser avaliada apenas a partir da norma culta. O que hoje é visto como erro pode ser abraçado pelo padrão amanhã.

Língua Brasileira

Neste começo de outono, nada mais inteligente do que ter sempre à mão um casaco leve e fácil de carregar na bolsa. Para isso, o cardigã é perfeito. E, além de tudo, está em alta na moda. Essa blusa aberta, com botões e mangas justas, tem até um ar de “feita pela vovó”, mas é uma aposta de celebridades modernas e apareceu em várias passarelas.

Para a consultora de estilo, Hani Alves, a peça é um ótimo investimento, porque é bastante versátil.

- Você pode usar com uma roupa casual, mas dá para deixar chique. Um cardigã bordado, por exemplo, é ideal para usar num casamento.

As formas de usar são várias. Deixar a peça aberta é uma opção para não esconder os detalhes de um vestido. Por outro lado, quem quiser repetir um tomara que caia em dois eventos, pode jogar o cardigã abotoado por cima e a roupa muda de cara.

Os modelos mais compridos, que passam do quadril, são os escolhidos da maioria das famosas e uma tendência mais forte da estação. Um jeito diferente de vestir uma peça clássica
.
-  Embora menos práticos, os maxicardigãs têm a vantagem de trazerem um ar mais descolado - diz Hani.

- Dependendo de como você usa o cardigã, pode ficar com um ar de roupa antiga, da vovó mesmo. Esse modelo comprido foge do básico e chama mais atenção. Só não é bom usar algo largo demais, que parece desleixado.

Para sofisticar o casaco à noite, basta investir nos acessórios. Hani chama atenção para os cintos finos, como o que Juliana Paes usa na foto acima. Um broche também pode trazer brilho ao estilo, acrescenta.

As famosas aderem ao casaquinho



Moda: Cardigã

O pedreiro Adimar Jesus da Silva, que confessou ter matado, estuprado e enterrado seis jovens de Luziânia (GO), a 66 km de Brasília, foi encontrado morto neste domingo (18) em uma cela da delegacia do Denarc (Delegacia de Repressão a Narcóticos) de Goiânia, segundo informações da polícia à reportagem da Rede Record.

Ele estava preso desde o dia 10 de abril. Segundo o delegado-chefe da comunicação, Norton Luiz Ferreira, Adimar se suicidou enforcado.

A equipe da perícia e da Corregedoria da Polícia Civil de Goiânia está no local para investigar as causas da morte. Adimar estava preso há uma semana em uma cela sozinho do Denarc (delegacia de narcóticos) de Luziânia.

Descrito como uma pessoa agressiva, perturbada e com transtorno psicopatológico, Adimar admitiu que espancou até a morte seis jovens de Luziânia. Ele já havia sido preso anteriormente por ter estuprado dois menores de idade em 2005.

Segundo investigações da polícia, o pedreiro matou os meninos para não ter problemas com judiciais. Adimar passava despercebido pelos vizinhos porque passava a maior parte do tempo dentro de casa.

Os crimes ocorreram logo após a saída do pedreiro da cadeia, entre dezembro e janeiro deste ano. A saída do maníaco da cadeia foi motivo de questionamento por parte dos juízes responsáveis pelo caso. Na ocasião, até o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, fez críticas ao juiz Luís Carlos Miranda, que autorizou a saída do pedreiro da cadeia.

O desaparecimento em série de rapazes, com idades entre 13 e 19 anos, alterou a rotina e deixou em pânico a população de Luziânia. Todos desapareceram de dia, após realizarem atividades de rotina. As autoridades avaliaram até a hipótese de retardar o início das aulas, marcado para 2 de fevereiro, nos bairros em que o medo era maior.

O primeiro a desaparecer, em 30 de dezembro, foi Diego Alves Rodrigues, de 13 anos. Pouco antes das 10h, ele saiu de casa no bairro Estrela Dalva, onde mora a maioria das vítimas, para ir a uma oficina de carros, e não foi mais visto. No dia 4, no mesmo horário, foi a vez de Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, de 16 anos, desaparecer. George Rabelo dos Santos, de 17 anos, sumiu no dia 10.

Três dias depois, foi a vez de Divino Luiz Lopes da Silva, de 16 anos, desaparecer da porta de casa depois do café da manhã. No dia 18, Flávio Augusto Fernandes dos Santos, de 14 anos, foi visitar um amigo e não voltou. O ajudante de serralheiro, Márcio Luiz de Souza Lopes, de 19 anos, saiu do trabalho para consertar a bicicleta no começo da tarde e, desde então, não mais foi visto.

Luziânia: Pedreiro se enforca na prisão

As apresentações da sétima edição do quadro "Dança dos Famosos", começa no próximo domingo (18/4), no "Domingão do Faustão". Ana Maria Braga, Christine Fernandes, Fernanda Souza, Letícia Birkheuer, Sheron Menezes, Wanderléia, André Arteche, Bruno De Luca, Diogo Nogueira, Marcelinho Carioca, Paulo Zullu e Stênio Garcia são os competidores da atração.

- O 'Dança dos Famosos' é um quadro que leva emoção, alegria e energia para todos da família. É o chamado sucesso universal -conta Fausto Silva.

Os competidores foram divididos em dois grupos e os homens serão os primeiros a se apresentar, com coreografias criadas por Sylvio Lemgruber, no ritmo disco. No dia 25 é a vez das mulheres. Os jurados eliminarão um competidor a cada programa, até que três homens e três mulheres tenham saído da disputa. Depois, os eliminados ganham uma nova chance, em uma espécie de repescagem, em que o júri, a plateia e os telespectadores poderão dar notas e os dois candidatos com maior pontuação voltam ao jogo.

Na próxima etapa, os oito concorrentes restantes serão divididos mais uma vez em dois grupos, agora mistos. Os dois artistas com menores notas de cada grupo serão desclassificados. Após a eliminação, os grupos serão desfeitos e os seis finalistas começam a concorrer entre si, acumulando pontuação ao longo das apresentações. As notas dada pelos jurados, plateia e telespectadores é que vão definir o vencedor.

'Dança dos Famosos' começa hoje no Faustão

Parece que a vida de Sandra Bullock está de pernas para o ar. Dessa vez o problema não é Jesse James, ex da atriz, e, sim, os organizadores do prêmio Framboesa de Ouro que pediram para que ela devolva a estatueta.

De acordo com a página Contact Music, a atriz faturou a estatueta pelo seu papel na comédia romântica Maluca Paixão. O problema é que ela levou o troféu original, cujo valor é altíssimo, ao invés da réplica. A estrela de Miss Simpatia estava com tanta pressa para sair do local que acabou levando a original. A premiação é uma sátira do Oscar e entrega prêmios para as piores atuações do ano.

Apesar da Framboesa, Sandra também faturou o prestigiado Oscar de Melhor Atriz, pela sua atuação em Um Sonho Possível.

Sandra Bullock terá de devolver troféu

Sucesso na Globo no ano passado, as peripécias de Aline (Maria Flor) e seus dois amores, Pedro (Pedro Neschling) e Otto (Bernardo Marinho), estarão de volta à TV em outubro. Protagonista do seriado da Globo, Maria Flor está empolgada com a segunda temporada, que começa a ser gravada no mês que vem para estrear em outubro, após A Grande Família.

- Vamos gravar durante quatro meses, até agosto. O elenco e a equipe de produção são os mesmos. Já estão escritos três dos sete novos episódios e acabamos de fazer a primeira leitura do texto. Vai ser muito gostoso.

A versão 2010 de Aline continuará tão ousada como a primeira, prometeu Maria .

- Vamos continuar bem ousados e engraçados também. O primeiro episódio vai ser bem romântico. O seguinte já é um terror cômico. Vamos manter a diversidade de temas e o mesmo clima de comédia misturada com romance "fofo". Serão novamente sete episódios.

A atriz tem um carinho muito grande pelo seriado. Tanto que as novelas ficaram em segundo plano nesse momento.

- Tenho saudade das novelas, mas Aline é muito especial. Adoro fazer. Temos um tempo maior para preparação. Ensaiamos mais. Gravamos em São Paulo e ficamos muito juntos. Acaba virando uma "familinha". É bem prazeroso. Nas novelas, sempre fiz as mocinhas sofrendo por amor. A Aline é mais divertida. Fico mais à vontade em comédia.

Apesar de a segunda temporada nem ter começado ainda, Maria Flor já torce pela terceira fornada de episódios.

- Adoraria emplacar a terceira temporada. Torço muito por isso. Mas vai depender do desempenho de audiência desta temporada que começa em outubro.





'Aline' volta a TV

Morte para quem mantiver relações com um deficiente físico ou menor de idade do mesmo sexo. Esta é a punição para casos de "homossexualidade agravada" prevista em um projeto de lei apresentado ao Parlamento de Uganda no fim de 2009.

Tão logo a notícia ganhou o mundo, entidades de defesa dos direitos humanos e líderes do calibre de Barack Obama saíram a público para condenar a medida, que prevê várias outras punições para diferentes "graus" de homossexualidade.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou a ligar para o presidente conservador de Uganda, Yoweri Museveni, para avisar que, se sancionar a lei, o país pode dizer adeus à ajuda financeira americana. Mesmo assim, a previsão é de que o projeto do deputado David Bahati, do Movimento de Resistência Nacional, partido que detém ampla maioria no Parlamento, seja votado ainda no primeiro semestre.

Apesar da discussão atual girar em torno do caso ugandês, o país africano não é o primeiro a prever pena de morte para homossexuais. Na verdade, sete outros países já têm leis tão duras quanto essa apresentada pelo deputado Bahati. Mauritânia, Nigéria, Sudão, Somália, Iêmen, Arábia Saudita e Irã prendem e executam gays e lésbicas.

Para Godfrey Odongo, representante da Anistia Internacional (AI) para a causa GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), ainda há muito a ser feito em relação aos direitos dos homossexuais em todo o mundo, mas especialmente na África:

- Leis que criminalizam a homossexualidade estão espalhadas, principalmente pela África. Também temos registros de casos graves de discriminação contra gays e lésbicas em vários países do continente.

Odongo explica que a AI decidiu agir no caso de Uganda por meio da pressão interna e externa:

- Estamos advogando junto a oficiais do governo e líderes internacionais para que o projeto, que representa uma grave violação aos direitos humanos, seja retirado.

A pressão da Anistia Internacional ganhou força com a presença de várias outras entidades, como a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga), maior e mais antiga organização do tipo no mundo, que junto com associações semelhantes em vários países começou uma campanha junto a governos locais para que pressionem Uganda.

No Brasil, quem tomou a frente na luta foi a Associação Brasileira de Gays Lésbicas e Transgêneros, que faz parte do conselho consultivo da UNU. Toni Reis, presidente da entidade, conta que levou o assunto diretamente ao governo brasileiro:

- Acionamos o Itamaraty para que nos ajude a pressionar o governo de Uganda. Ainda não tivemos uma resposta, mas, se esse projeto passar, certamente haverá sanções por parte da ONU.

Para Reis, as leis que criminalizam a homossexualidade, em especial aquelas que preveem pena de morte, desrespeitam os direitos humanos:

- Na questão dos direitos humanos, não pode haver meio termo, sejam os antigidos gays e lésbicas ou não.

Apesar de continuar na pauta de votações do Parlamento de Uganda, a pressão internacional sobre o projeto parece começar a surtir efeito. O deputado Bahati, autor da lei, admitiu à rede britânica BBC que pode modificar algumas das cláusulas previstas, embora não tenha detalhado quais.


O quadro abaixo mostra a variação da forma com os gays são tratados pelo mundo


Internacional: Uganda prega pena de morte aos gays

É mês de abril e muitas faculdades já começaram a liberar os calendários dos vestibulares de final do ano.

Entretanto, sobram várias dúvidas sobre como vai ficar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2010, após o roubo das provas ocorrido no ano passado. Pensando nisso, o R7 reuniu as informações já confirmadas sobre a prova.

A previsão do MEC (Ministério da Educação), até agora, é que as inscrições de alunos no exame comecem em junho e terminem em julho, dando um mês para os vestibulandos poderem fazer o cadastro. Os dias, entretanto, ainda não foram definidos. A taxa de R$ 35 não deve mudar, afirma João Carlos Gomes, presidente da Abruem (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais).

- Não vejo chance de alterar o valor. Fizemos uma reunião com o MEC há 15 dias e não surgiu a intenção de um aumento agora, mas é a pasta quem define [a taxa].


Estudantes fazem a prova

Mais faculdades

Já o número de universidades públicas que participam do programa vai crescer, segundo a Abruem e a Andifes (associação dos reitores de faculdades federais).

Pelo menos 30 instituições estaduais e municipais vão usar a nota do Enem no vestibular neste ano, um aumento de 20% com relação à última edição da prova, diz Gomes.

- O ponto mais positivo do Enem é que o sistema permite que a faculdade escolha como vai participar. Cerca de 80% das estaduais e municipais entrarão no sistema de alguma forma.

A expectativa do secretário-executivo da Andifes, Gustavo Balduíno, também é positiva.

- Só 13 universidades federais substituíram plenamente o vestibular pelo Enem na última edição. Algumas faculdades, como a UFC (Universidade Federal do Ceará), já anunciaram neste ano sua adesão. Então acho que deve crescer sim, tanto a participação parcial quanto a total.

Outra mudança é que o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) deve ter no máximo duas chamadas na edição do final de 2010. A informação foi dada pelo presidente da Andifes, Alan Barbiero.

- O prazo para se matricular na universidade vai ser menor, conforme acertado com o MEC. Não dá para estender tanto o calendário, sob o risco de afetar o ano letivo.

Como já divulgado, a previsão do ministério é que o Enem seja aplicado nos dias 6 e 7 de novembro, após o período de eleições. As notas devem ser divulgadas em 6 de janeiro, diz a Andifes. Após isso é que vai ocorrer a abertura do Sisu.

Protesto contra o adiamento da prova no ano passado


Mesma dificuldade

O ministro da Educação, Fernando Haddad, havia ressaltado durante passagem por São Paulo que o exame terá o mesmo nível de dificuldade e conteúdo da última edição. A quantidade de questões também deve ser a mesma, e será exigido conhecimento de inglês ou espanhol dos candidatos.

- A prova terá a mesma matriz de conteúdo do último Enem. Não vai haver mudanças, inclusive no que diz respeito à cobrança de língua estrangeira.

Segurança

O presidente do Inep (órgão do ministério responsável pelo Enem), Joaquim Soares Neto, afirmou em reunião com a Andifes e o ministro Fernando Haddad que será contratada uma gráfica de segurança máxima para a impressão do Enem. A aplicação do exame terá apoio dos Correios, do Exército e das forças policiais dos Estados, também de acordo com Neto.

Questionados sobre o roubo do Enem, o cancelamento da prova e outros problemas como o alto índice de abstenção e o erro na divulgação do gabarito, dirigentes das associações que representam as faculdades reconheceram que o Enem precisa ser melhorado e que o exame é muito experimental. Barbiero ressalta que, mesmo com todas as dificuldades, a prova foi executada.

- Do ponto de vista operacional, aconteceram problemas, isso é fato. Mas o Enem é um processo em construção, uma boa ideia que pode ser aperfeiçoada.

Meio do ano

Uma nova rodada do Sisu vai ser realizada em junho, usando as notas do Enem 2009.

A ideia é que os estudantes possam concorrer a vagas em universidades e institutos de ensino federais novamente. Ainda não é possível saber quantas irão participar, já que nem todas fazem vestibular de inverno.

Entretanto, a secretária de ensino superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, ressaltou que todas as instituições que participaram da primeira edição do sistema têm interesse em continuar no processo.

Mudanças no ENEM

Fotos da menina que completaria 8 anos hoje

A tragédia que envolveu a morte de Isabella Nardoni, que completaria oito anos neste domingo (18), deixou traumatizadas algumas crianças da escola onde ela estudava. Mães de alunos consideram que a posição da diretoria do colégio Isaac Newton, na zona norte da capital paulista, foi neutra: não houve reunião com pais de alunos que não fossem da turma de Isabella. Também não ocorreram atividades em grupo para tratar do assunto.

A filha de Cristiane* estudava na classe ao lado de Isabella no Isaac Newton. Elas eram tão amigas que foi complicado explicar a situação para garota, com cinco anos na época, conta a mãe.

- Quando ela viu a Isabella na TV, gritou: ‘olha, mamãe, a Isa da escola’. Tivemos que parar de ver televisão na minha casa. Eu dizia “lembra que mamãe falou que janela é perigoso”...

Rita*, mãe de um outro aluno, colega da filha de Cristiane, confirma que o colégio não fez nada para amenizar o impacto da tragédia com as crianças que não estudaram diretamente com Isabella. Não houve um dia com acompanhamento de psicólogo, por exemplo.

Ambas as mães criticam a posição do colégio, já que todas as crianças do nível Infantil de Isabella eram muito próximas.

Contato com a verdade

Para Mônica Guttman, psicóloga e educadora, o contato com a verdade, nesse caso, é fundamental. Ela ressalta que a história poderia ter sido explicada com muito tato e de forma adaptada para o universo infantil.

- As crianças vêem desenhos e histórias. Elas conhecem heróis e vilões e têm capacidade para compreender o que é crueldade.

Foi dessa maneira que a mãe Cristiane conseguiu acalmar sua filha.

- Tive que explicar que há pais e madrastas parecidos com os das “histórias de castelos” [referindo-se a Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá].

Mesmo assim, ela conta que a garota ficava longe das janelas, não queria ir ao banheiro da escola – porque, antes, encontrava Isabella passando batom em frente ao espelho – e faltou algumas vezes à aula.

- Fiquei tão traumatizada que nem palmada no bumbum eu conseguia dar. Cheguei a pedir perdão para a minha filha, pelas vezes que briguei com ela. Tinha pavor só em pensar que ela poderia ter medo de mim.

O receio de Cristiane não é irreal. A psicóloga Mônica Guttman conta que muitas pessoas se identificaram com o caso Isabella. Ela recebeu em seu consultório paciente com até 13 anos de idade que ficaram com medo das madrastas. Aconteceram problemas parecidos, de trauma entre crianças, na escola infantil Cantinho da Alegria, onde Isabella estudou até 2006.

Um menino de seis anos falou para a diretora Elenice dos Santos Romeu que não queria passar o fim de semana com o pai e a namorada porque ela iria fazer com o garoto "o mesmo que a madrasta de Isabella fez".

Escola onde Isabella estudou.

Mas, ao contrário do segundo lugar onde Isabella estudou, a creche teve participação ativa na época do crime. As crianças desenharam “seus sentimentos” – um menino pintou um edifício e a Isabella “deitada” no chão -, rezaram e mandaram “beijinhos para o céu” na comemoração de aniversário dela no ano passado. Elenice abriu a escola, deixou os jornalistas entrarem e deu entrevistas.

- Pensei que poderia ter errado, mas, no final, percebi que eu ajudei a fazer o casal ir a júri popular. Eles estavam na mídia, e a Justiça foi cobrada. Ela [a Isabella] passou por aqui [na Cantinho da Alegria]; não se pode cobrir o sol com a peneira.

Outro lado

A diretoria do colégio Isaac Newton foi procurada, mas não retornou os telefonemas da reportagem. A telefonista informou que o diretor João Tomas “não comenta sobre o caso Isabella”, e os seguranças da instituição também não falam sobre o assunto.

Foi apurado ainda que, na semana do crime, as aulas de todas as séries foram interrompidas para que fosse feito um minuto de silêncio em homenagem à Isabella.

* Os nomes foram trocados a pedido das mães dos alunos.


Isabella faria 8 anos hoje

Os aeroportos do norte e do leste da Espanha, que tinham sido fechados neste domingo por causa da nuvem de cinzas vulcânicas, foram todos reabertos às 13h30 (10h30 de Brasília) deste domingo (18), anunciou um porta-voz da aviação espanhola (Aena). Diversos aeroportos franceses também voltaram a operar voos e devem continuar abertos pelo menos até a tarde de segunda-feira. Já o aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha e o terceiro da Europa, foi autorizado a reabrir até pelo menos as 18h (15h de Brasília).

O caos no transporte aéreo na Europa continua neste domingo sem previsão de término. Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados há quatro dias, desde o início da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que lançou uma nuvem de partículas vulcânicas na atmosfera.

A maioria dos aeroportos internacionais europeus continua inoperante e 18 países permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, enquanto a nuvem vulcânica não se dissipa. Segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol), está totalmente restrito o tráfego aéreo da Bélgica, Estônia, Finlândia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Polônia, Croácia, Hungria, Suécia, Eslovênia, República Tcheca, Romênia, Suíça, Sérvia, Bulgária, Letônia e Eslováquia.


Há fechamentos parciais nos céus da Alemanha, Itália, França, Áustria, Irlanda, Noruega, Letônia e Ucrânia. Cerca de 20 mil voos foram ou serão cancelados hoje. Passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas. O serviço Eurostar, que liga a Grã-Bretanha ao continente europeu está lotado até segunda-feira. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão – uma mistura de partículas de vidro, areia e rocha – podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.

Nuvem está parada


Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão já está produzindo menos cinzas. No entanto, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas continuam não colaborando para dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas. De acordo com Brian Golding, chefe de pesquisa de previsão da Agência Meteorológica Britânica (Met Office), ela deve permanecer sobre o país "durante vários dias".

- Precisamos de uma mudança na direção dos ventos que permaneça assim durante vários dias. E não há qualquer sinal disso no futuro imediato - disse Golding.

A erupção do vulcão se mantém estável e nas últimas 36 horas não foi registrado o aumento das águas por causa do derretimento da geleira. O derretimento estava acontecendo, embora em menor velocidade, em quantidade suficiente para que a água alcançasse o magma e causasse explosões. Entre 100 e 150 milhões de metros cúbicos tinham derretido até ontem, cerca de 10% a 15% do gelo depositado na base do vulcão.

A fissura vulcânica tem uma longitude de cerca de um quilômetro e se estende do norte ao sul na parte sudoeste do alto da cratera.

Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia

Os espaços aéreos da Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia continuavam fechados neste domingo. A entidade estatal que controla a navegação aérea na Dinamarca, a Naviair, estendeu hoje as restrições totais até às 22h (de Brasília). Na Finlândia, o fechamento total do espaço aéreo foi prorrogado até às 13h da segunda-feira. A Agência de Administração da Aviação Civil sueca limitou as restrições até às 10h de hoje, incluindo algumas regiões do norte do país que tinham estado abertas de forma limitada durante algumas horas os últimos dias. Já a Avinor, estatal que controla o tráfego aéreo e os aeroportos noruegueses, decretou a abertura de uma ampla área, desde Kristiansund, no centro do país, até Berlevag, na província de Finamarca, fronteira com a Rússia.

Grã-Bretanha, Irlanda, República Tcheca e Itália

A proibição de voos na Grã-Bretanha foi estendida até as 19h deste domingo (15h, no horário de Brasília. As autoridades afirmaram que a decisão foi tomada após consultar a última previsão do Escritório de Meteorologia, que mostram que a nuvem de cinzas continua cobrindo a prática totalidade do espaço aéreo britânico. O tráfego aéreo está fechado no Reino Unido desde a manhã da quinta-feira.

O professor Brian Golding, chefe de previsões do Escritório Meteorológico britânico, disse que é provável que a nuvem vulcânica permaneça sobre o Reino Unido durante vários dias mais.

- Em termos de fechamento de espaços aéreos, isso é pior que 11 de setembro. A interrupção é pior do que qualquer coisa que já vimos - disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.

Outros países que confirmaram hoje o fechamento de todos os aeroportos para pousos e decolagens até segunda-feira foram República Tcheca e Irlanda. O espaço aéreo de ambos não abrirá antes do início da tarde de amanhã (na hora local).

Enquanto isso, os aeroportos do norte da Itália continuavam fechados, o que levou a um excesso da demanda do serviço ferroviário, que ficou lotado. Segundo a Sociedade Aeroportuária de Milão, citada pelo "Corriere della Sera", calcula-se que ao redor de 50 mil pessoas tiveram que perder a viagem até agora. O Ente Nacional de Aviação Civil italiano (Enac) dispôs ontem o fechamento dos aeroportos do norte do país até a segunda-feira 19 de abril.

Suíça, Bélgica, Holanda e Alemanha

O espaço aéreo suíço permanecerá fechado, pelo menos, até as 14h (9h, Brasília) de segunda-feira, segundo anunciou hoje o Escritório Federal de Aviação Civil. A decisão amplia ainda mais a proibição de voos na Suíça, que ainda hoje tinha sido estendida até a manhã de segunda-feira. O espaço aéreo da Suíça permanece fechado desde a meia-noite de sexta-feira (19h de quinta).

Na Bélgica, o fechamento do espaço aéreo foi prolongado até pelo menos às 10h. Já a Holanda prolongou o fechamento de seu espaço aéreo até, pelo menos, as 10h horas (Brasília). O aeroporto de Schiphol de Amsterdã, um dos que operam mais voos na Europa, vai continuar fechado "até novo aviso".

Na Alemanha e na Holanda, as companhias aéreas Lufthansa e KLM realizaram voos de teste e estudam as aeronaves para detectar qualquer problema que possa ter sido provocado pelas partículas vulcânicas. As empresas ainda não divulgaram conclusões definitivas sobre as experiências.

A holandesa KLM afirmou que uma de suas aeronaves, um Boeing 737, atingiu a sua altitude máxima de cruzeiro, sobrevoando a Holanda a cerca de 13 km, e não registrou problemas durante o voo. Na Alemanha, a Lufthansa afirmou ter realizado dez voos entre Frankfurt e Munique.

- Todos os aviões foram inspecionados ao pousar em Frankfurt, mas não detectamos danos às janelas da cabine dos pilotos ou à fuselagem e nenhum impacto sobre os motores - disse um porta-voz.

Mesmo assim, a previsão é que o espaço aéreo da Holanda permaneça fechado até as 14h e 19h, respectivamente. As autoridades aéreas só vão liberar os voos no país depois de extensos testes técnicos em terra para detectar qualquer possível avaria aos sistemas.

Bulgária, Estônia, Letônia e Lituânia

A Bulgária fechou indefinidamente seu espaço aéreo desde as 9h hora local (3h de Brasília) de hoje informou à Efe em Sófia fontes do Ministério de Transporte. Essas fontes acrescentaram que devido à nuvem de cinzas todos os aeroportos do país balcânico permanecerão fechados, por isso que não haverá nem aterrissagens nem decolagens.

O espaço aéreo de Estônia, Letônia e Lituânia continuará fechado pelo menos até a tarde de hoje. Fontes da Direção de Aeronáutica da Lituânia informaram que a medida vai ficar em vigor até as 16h local (12h de Brasília). Restrições similares foram impostas pelas autoridades da Letônia e Estônia, as outras duas repúblicas bálticas que fizeram parte da extinta União Soviética. O espaço aéreo dos países bálticos permanece fechado desde a sexta-feira passada.

Funeral afetado

Os funerais e o enterro do presidente polonês, Lech Kaczynski, e sua esposa Maria, mortos há oito dias em acidente aéreo, acontecem hoje na Cracóvia com a ausência em massa da maioria dos estadistas mundiais que tinham anunciado sua presença nas exéquias.

A nuvem de cinza vulcânica que paralisa o tráfego aéreo em uma grande parte da Europa causou a suspensão da viagem à Cracóvia do presidente americano, Barack Obama, e também de lideres geograficamente mais próximos como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o rei Juan Carlos da Espanha, o príncipe de Gales e o rei Carl Gustav da Suécia.

A princípio tinham anunciado sua presença nos funerais do presidente polonês altas representações de 98 países, embora desde as primeiras horas da tarde do sábado começaram a acontecer os cancelamentos, começando pelos países mais afastados como foi o caso da Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Paquistão e Índia.

Prejuízos milionários

Somados às dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas, estão prejuízos milionários provocados pela nuvem vulcânica. Além dos voos europeus, a grande maioria dos voos transatlânticos – apenas 55 de 337 viagens previstas foram realizadas – também está sendo cancelada, bem como os voos da China para a Europa.

Em cidades como Bangcoc e Cingapura, cujos aeroportos são muito usados como escalas para voos da Ásia para a Europa, as informações são de que a ocupação dos hoteis está próxima de sua capacidade máxima.

A estimativa é que o caos aéreo esteja provocado prejuízos de cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 350 milhões) por dia às companhias aéreas. Para os passageiros ilhados, a conta pode incluir despesas imprevistas com diárias de hotel, extensão de seguros de viagem, médicos e com alimentação, entre outros.

De acordo com o editor de economia da BBC Robert Peston, os problemas podem se transformar em um "grande desastre econômico", já que várias companhias aéreas vinham atravessando dificuldades financeiras mesmo antes do caos vulcânico.

Peston afirma que, segundo informações de executivos das empresas aéreas, se os problemas continuarem por muito mais dias, várias delas vão afundar em dificuldades financeiras e talvez precisem de socorro dos governos.

Nome oficial: República da Islândia



Capital: Reykjavík


População: 306.694


Tipo de governo: República Constitucional


Clima: Temperado; moderado pela Corrente do Atlântico Norte, inverno suave, ventoso, úmido, verão fresco


Relevo: Maioria de planaltos intercalados com picos de montanhas e campos gelados; litoral profundamente recortado por baías e fiordes


Perigos naturais: Terremotos e atividade vulcânica

Vulcão na Islândia

O papa Bento XVI se reuniu hoje em Malta com oito vítimas de padres pedófilos do país, confirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. A reunião aconteceu após a missa que o pontífice oficiou em Floriana, nos arredores da capital nacional, Valletta.

O papa, segundo Lombardi, estava profundamente comovido com as histórias que ouviu e expressou "sua vergonha e pesar pelo que as vítimas e suas famílias sofreram". O pontífice rezou com as vítimas e lhes assegurou que a Igreja "está fazendo e continuará fazendo" tudo o que estiver a seu alcance para investigar as acusações, para levar à Justiça as responsáveis pelos abusos e para implantar medidas efetivas orientadas a preservar os jovens.Lombardi disse ainda que, no espírito de sua recente carta aos católicos da Irlanda, Bento XVI rezou para que todas as vítimas de abusos experimentem "cura e reconciliação, permitindo a elas seguir adiante com esperança renovada".

O papa falou separadamente com as oito vítimas dos abusos e, como ressaltou Lombardi, o encontro aconteceu em um ambiente de "serenidade e sem tensão". As vítimas expressaram sua "satisfação" por terem conversado com o papa, segundo disseram em entrevista coletiva ao lado de um bispo maltês. Lawrence Grech, de 37 anos, um dos vários jovens do Orfanato San José, de Santa Venera, que sofreram abusos nos anos 1980, contou que após a reunião com o papa tirou "um grande peso".

- Junto com meus amigos demos as graças ao papa, foi um pesadelo que nos alterou durante anos - disse Grech à imprensa.

É a terceira vez que o papa se reúne com vítimas de abusos sexuais, após tê-lo feito durante viagens aos Estados Unidos e à Austrália, em meados de 2008.

Papa se reúne com vítimas de pedofilia

Apesar de as duas últimas pesquisas Datafolha terem mostrado estabilidade nos posicionamentos de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial, os eleitores ainda têm problemas para associar os candidatos aos partidos correspondentes. A informação é de reportagem de Fernando Rodrigues publicada na edição deste domingo da Folha (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL), a partir de dados de pesquisa Datafolha.

Ainda de acordo com o texto, a curva dos que apontam Dilma como a candidata de Lula é ascendente. Apesar disso, apenas 47% sabem dizer corretamente que o partido de Dilma Rousseff é o PT. Ou seja, as pessoas estão mais informadas sobre o apoio de Lula do que a respeito da filiação partidária da ex-ministra da Casa Civil.


Ainda assim, o reconhecimento partidário de Dilma é o maior entre os pré-candidatos. Só 28% respondem que José Serra é do PSDB --e 5% acham que o tucano é o candidato apoiado por Lula. No caso de Ciro Gomes, 7% o identificam com o PSB, e 20% sabem que Marina Silva se filiou ao PV.

Eleições 2010

Aos 50 anos, Brasília vive um crescimento acelerado do setor imobiliário. Apesar das limitações impostas pelo plano arquitetônico da capital, que proíbe a construção de prédios com mais de seis andares e impede a modificação do desenho original da cidade, o ramo cresceu mais 80% nos últimos cinco anos. A estimativa é da Associação do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi). Para atender a procura por imóveis, o foco, segundo empresários do setor, é expandir para cidades satélites, como Samambaia e Ceilândia.


Com o déficit de oferta no Plano Piloto- zona central do DF- e o consequente aumento dos preços dos imóveis, a classe média procura apartamentos espaçosos e mais baratos, mesmo que mais distantes do centro. A expectativa para 2010 é um avanço de 20% no setor imobiliário, segundo o presidente da Ademi, Alberto Valadao.

- O mercado do Distrito Federal é muito aquecido. A estratégia agora é expandir para as cidades satélites, com prédios modernos, áreas de lazer, e mais baratos - disse.

O preço em conta, no entanto, não costuma durar muito. Quando os primeiros apartamentos de luxo foram lançados no bairro de Águas Claras, a 19 km de Brasília, o metro quadrado custava R$ 1,5 mil. Cerca de cinco anos depois, o preço passou para R$ 4 mil.

O mais novo empreendimento da capital é o Setor Noreste, que oferece projetos de apartamentos de luxo com amplo complexo de lazer. O novo bairro, lançado em junho de 2008, ainda está em construção, mas o preço dos apartamentos tem aumentado de forma acelerada. O metro quadrado já custa entre R$ 8,5 mil e R$ 14 mil.

- Investir em imóveis em Brasília é lucro certo. Não tem como perder dinheiro, é um investimento seguro. Os preços tendem a aumentar porque a procura é maior do que a oferta - explicou o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Hermes Alcântara Filho.

O presidente da Ademi também reforça que a capital oferece condições seguras de investimento. Segundo Valadão, o mercado imobiliário foi pouco afetado pela crise financeira internacional. Vários funcionários públicos moram na cidade, que possui a maior renda per capita do país.

- O funcionário público tem convicção de que não vai perder o emprego ou ter o salário reduzido. Por isso, durante uma crise, não deixa de comprar - afirma Valadão.

Um dos fatores da expansão do setor imobiliário no DF é o aumento do crédito concedido por bancos tanto para o financiamento de construções, quanto para a compra. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, passou de um empréstimo ao setor de R$ 142,2 milhões, em 2005, para R$ 1,79 bilhões em 2009. A expectativa do banco para 2010 é disponibilizar R$ 1,95 bilhões.

O Banco do Brasil começou a fornecer crédito imobiliário no DF em julho de 2008 e já pretende emprestar R$ 7 bilhões para o setor ao longo de 2010. Já o Banco de Brasília, que também começou a atuar na área há dois anos, passou de um financiamento de R$ 136,1 milhões, em 2008, destinados compra e construção de imóveis, para R$ 187,66, em 2009.

Segundo Alcântara Filho, o aumento da concessão de crédito estimulou tanto a procura quanto a oferta.

- A tendência é o aumento continuado do crédito, que vai provocar aquecimento da demanda e da oferta. Os preços, no entanto, devem continuar a subir, porque a procura ainda é maior e deve continuar assim - disse.

50 anos de Brasília: Boom imobiliário

'Sai para lá urubu medonho'. 'Vá você, cachorro sarnento'.

São inúmeras as formas de tratamento entre flamenguistas e botafoguenses. Mas tudo na brincadeira. O clássico mexe com muitos torcedores, entre os quais os atores que gravam todos os dias no Projac, na Central Globo de Produção.E se a decisão é o assunto de hoje, damos a palavra a dois fanáticos: o alvinegro Humberto Martins e a rubro-negra Christine Fernandes. São quatro anos consecutivos que Flamengo e Botafogo disputam uma final do estadual. Em três, o rubro-negro se deu melhor. Mas em 2010, o alvi$dará uma virada. Pelo menos foi o que garantiu Humberto:

- Com certeza, o Fogão leva neste ano. Não será um jogo fácil. Deve ficar na casa do 1 a 0 ou 2 a 1 - enfatizou o ator.

Christine, como toda a flamenguista, já garantiu o tetracampeonato ao clube.

- Acredito em uma supremacia rubro-negra. Acho que dá Flamengo, 2x1 - disse a atriz.

Garra, força e vontade de mudar. Para Humberto, estas são as características do atual elenco do Botafogo, que não leva o título do estadual desde 2006.

- Jogo é jogo e tudo é possível. Mas é no conjunto de tudo, o time tem condições de vencer o Flamengo. Botafogo é cora$ção e emoção - afirmou o alvinegro.

Christine confia no rubro-negro, apesar do má desempenho nos últimos jogos do estadual e da Copa Libertadores.

- A derrota de quarta-feira não afetará o time hoje. Espero que o Adriano se 'disponha' a jogar. E a correr em campo. Aliás, isso está descabido demais - alfinetou a atriz.

Apesar de torcerem para equipes rivais, os dois atores concordaram em uma coisa: o time de Zico e cia foi o melhor de todos os tempos.

- Um clássico entre Fl e Fogão com o Zico era de encher os olhos - disse Humberto. - Tive a honra de ter visto Zico e cia, que deram um espetáculo a parte - garantiu Christine.

Taça Rio: A Grande Final