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domingo, 22 de agosto de 2010

Propaganda eleitoral do PSol reacende polêmica sobre beijo gay na TV

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A propaganda eleitoral de Paulo Bufalo, candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, acabou reacendendo a questão do beijo gay em novelas. Como a peça publicitária, exibida em horário nobre, mostra dois rapazes se beijando, não demorou para que surgisse o questionamento: se um partido político o fez, por que emissoras como a Rede Globo não seguem o exemplo?

O caso foi comentado por dois autores de novelas globais. Silvio de Abreu e Ricardo Linhares afirmaram acreditar que o beijo gay do PSOL pode ser um avanço. Falando à coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, os dois concordaram também em dizer que a sociedade está mais preparada para ver dois homens trocando beijos em novelas.

- A sociedade já está mais do que preparada para ver um beijo gay feito com elegância, bom gosto e emoção - opinou Silvio

Já para Linhares, a dramaturgia brasileira está pronta para tratar da questão, sem qualquer receio, apesar de questionar se a classificação indicativa permitiria a exibição de tais cenas.

Mas na visão de Pedro Ekman, diretor responsável pelo filme do PSOL, a grade dos canais de TV aberta brasileiros são "retrógrados".

- O que choca é que você não está acostumado a ver [beijo gay] na TV. Na rua, você até vê mais. O choque é pelo conservadorismo da TV. A sociedade aceita muito mais esse fato do que o que está refletido nos meios de comunicação - opina.

Arquiteto de formação e filiado ao PSOL, Ekman produziu o vídeo como forma de colaborar com a campanha para o governo paulista, mas diz não fazer questão de uma carreira na TV.

- Eu vou cavar os meus espaços onde eu acho que é importante.

À Folha, a Rede Globo respondeu às críticas de que o horário político foi mais avançado do que suas novelas:

- Não achamos que nossas novelas da categoria entretenimento são os veículos adequados para tratar de questões sociais.

Para Ekman o discurso não convence.

- A resposta é engraçada, porque quando convém, ela [Rede Globo] diz que a novela serve para fazer 'merchandising social'. Quando não convém, porém, ela fala que não serve para isso. É a velha e boa resposta de conveniência.

Veja a propaganda política:

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