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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Polícia diz que assassinos de motoboy não tiveram intenção de matar

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A Polícia Militar de São Paulo afirmou na tarde desta segunda-feira (10) que entende que os quatro policiais militares suspeitos de agredir e quebrar o pescoço de um motoboy, na zona sul capital, não tiveram a intenção de matá-lo. Foi por isso que, na madrugada de sábado (10), o Plantão Judiciário Militar da região indiciou os oficiais envolvidos por homicídio culposo (sem o intuito de matar). Segundo o porta-voz da Polícia Militar, capitão Marcelo Soffner, com base no relato dos policiais, “houve o entendimento da autoridade militar responsável pelo indiciamento de que os PMs não queriam provocar a morte" de Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos.

- A investigação da Polícia Civil e o resultado do procedimento administrativo interno da PM podem apontar para outro caminho, mas, diante das circunstâncias apresentadas inicialmente no Plantão Judiciário Militar, os policiais não queriam matá-lo.

Soffner afirma que a prisão dos policiais no presídio Romão Gomes, na zona norte da capital, e o procedimento administrativo aberto para apurar o caso já são “um pedido prévio de desculpas” à família do motoboy. A afirmação foi feita como uma referência ao episódio do comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, que enviou uma carta pedindo perdão aos familiares de outro motoboy assassinato em abril deste ano dentro de um quartel, como indica a correspondência.

- Nós lamentamos muito e o pedido de desculpas já foi feito com as medidas tomadas pela polícia.

O porta-voz da PM diz não saber avaliar se foi inadequado o uso de quatro policiais militares para imobilizar uma única pessoa e se o “uso excessivo da força” por eles, como admitiu a própria polícia, é reflexo de um problema na formação profissional dos militares.

- Em um primeiro momento, não dá pra dizer se é problema formação. Se houve uma falha, ninguém queria esse resultado.

Ainda de acordo com Soffner, uma reunião com todas as autoridades superiores da polícia será agendada nos próximos dias para discutir os últimos incidentes envolvendo mortes em abordagens policiais, como a do motoboy Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, de 30 anos, que foi encontrado com traumatismo craniano e hemorragia após uma ação da PM. O episódio causou o afastamento de 12 policiais.

Quanto ao afastamento do tenente-coronel Gerson Lima de Miranda e do tenente-coronel Alexander Gomes Bento, comandantes do 22º BPM/M (Batalhão da Polícia Militar Metropolitano), ao qual pertencem os quatro policiais envolvidos na morte do motoboy, Soffner afirmou que “diante de casos como o de Alexandre exigem mudanças drásticas”, mas não soube informar porque eles revelaram “não ter controle sobre a tropa”. Miranda e Bento devem transferidos para cargos administrativos dentro da Polícia Militar.

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