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domingo, 14 de março de 2010

Questionamentos eternos.

with 2 comentários
Tem fatos que acontecem na sociedade que me deixam boquiaberto tamanha a injustiça. Um recente exemplo disso é o caso do cartunista Glauco e seu filho. O assassinato de pai e filho está sendo investigado de forma exemplar pela polícia paulista que promove uma caça ao assassino com muito empenho. Até altos comandos da polícia foram envolvidos na investigação. Até aí nada a reclamar, já que o crime deve ser mesmo solucionado e os culpados julgados pelos atos barbaros que cometeram. Mas será que se fosse com outra pessoa, menos famosa e que despertasse menos comoção, o caso seria conduzido do mesmo jeito?
A resposta é não. Infelizmente. Quantas mães tiveram seus filhos assassinados de forma bem parecida ao caso e não tiveram tanta repercussão e empenho da polícia na resolução do crime? Muitas. Talvez milhares tenham tido suas vidas destruídas em atos dessa natureza. Mas por que os outros casos não tem o mesmo privilégio? é preciso ser famoso e reconhecido socialmente para ter seu direito a vida respeitado?
Não estou dizendo que a polícia está errada de agir assim. Estou questionando por qual motivos apenas uma parcela da população é tratada com esse respeito? Somos todos iguais perante a lei e por isso não pode haver desigualdade no tratamento de casos desse tipo. Prendam, julguem e condenem esse monstro que ceifou a vida do cartunista e seu filho, mas também prendam, julguem e condenem os assassinos do José, da Maria, de fulano, de beltrano...

2 comentários:

  1. Ricardo disse...

    Muito interessante essa sua postagem que me trouxe a lembrança uma experiência própria que vivemos minha familia e eu. Meu cunhado foi brutalmente assassinado em um assalto a uma de nossas lojas. Logo que abria a loja no mês de dezembro onde várias mercadorias estavam chegando para fechar coleção se preparando para as vendas de finais de anos, três bandidos invadiram a loja querendo levar sacos e mais sacos de roupas de marcas conhecidas na moda surf wear. E em um desespero por talvez pensar como depois pagaria tudo aquilo ele infelizmente reagiu. Afinal hoje em dia nenhum de nós sabemos a reação perante a um bandido. Fato é que ele veio a falecer e isso desestruturou bastante nossa familia, mudou nossa vida e com o tempo começamos a perceber que não se tratava somente de um assalto, tinham pessoas conhecidas envolvidas no meio. A policia sabendo disso nada fez. Nunca fomos procurados para ao menos explicarem as investigações e essa cambada de LOUCOS..isso mesmo.."loucos" que dizem ser de um aglomerado de pessoas nomeada direitos humanos nunca nos procuraram pra saber se faltava algo a viúva e a orfã que ficou, o que estavámos precisando. Agora se fosse uma familia de bandidos, marginais, algum deles presos rapidinho estariam lá pra defender o direito de dormir bem, comer bem, ser bem tratado, quando na verdade um crime desse porte o minimo que eles deveriam eram aceitar as condições que a prisão oferece a eles sem reclamar e tratados como merecem. Por isso nossa sociedade toma o rumo em que está indo, pessoas de bem presas em casa e bandidos soltos com liberdade nas ruas...pouca vergonha.
    Mas quanto ao caso do Glauco a policia está de parabéns, o cara era talentoso e querido por todos e justiça deve ser feita.

  2. Andre Nemeth disse...

    Nossa Ricardo, eu sinto muito pelo que aconteceu ao seu cunhado. É bem isso mesmo que eu quis abordar nesse post. Por que existe tratamento diferenciado para casos tão semelhantes? É desanimador ver famílias não terem seu direito de ver aqueles que fizeram mal a um ente querido preso e pagando pelo seu ato. Você abordou também uma questão além que é essas figurinhas que aparecem depois que o bandido é preso para advogar e pedir pelos direitos humanos. E onde está o direito de viver do que foi assassinado? Cadê o direito da família de viver em paz? Nisso ninguém pensa. São figuras de ocasiao que aproveitam a chance para se promover. É preciso mudanças nesse quadro urgentemente.

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