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segunda-feira, 21 de março de 2011

Laudo aponta que casal morto em pousada tinha monóxido de carbono no sangue

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A divulgação do exame que indicou alta dosagem de monóxido de carbono no sangue do casal Gustavo Lage Caldeira Ribeiro, 23, e Alessandra Paolinelli de Barros, 22, encontrados mortos em uma pousada de luxo em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, pode dar início a uma nova polêmica: o monóxido de carbono pode levar a indícios de falha ou negligência do estabelecimento em relação aos hóspedes.

O advogado da Pousada Estalagem do Mirante, Fernando Júnior, disse, nesta segunda-feira (21), que o exame não é definitivo.

- A pousada compreende a angústia das famílias e está consternada com a situação. Contudo, o laudo está amparado em apenas um exame e não é conclusivo. A própria polícia disse que trabalha em exames complementares. Acho precipitado tirar qualquer conclusão agora - afirmou.

Laudo pericial divulgado na manhã de sábado (19) indicou a presença de carboxihemoglobina na concentração de 62% em Alessandra e de 68% em Gustavo. Segundo peritos, a exposição por mais de uma hora a níveis superiores a 60% pode levar a morte rápida. O monóxido de carbono teria sido liberado durante a queima de lenha na lareira do aposento. Com porta e janelas fechadas, o casal pode ter sido intoxicado devido à falta de ventilação.

Segundo Fernando Júnior, o estabelecimento recebe hóspedes há oito anos e nunca registrou caso semelhante. “Todos os quartos possuem uma cartilha de esclarecimentos. Junto a cada equipamento, inclusive a lareira, há instrução a respeito da utilização com alerta sobre eventuais riscos”, garante o advogado. Fernando Júnior ainda afirmou que a pousada possui seguro “amplo e abrangente” para os hóspedes, mas prefere não comentar o assunto antes da conclusão do inquérito.

As famílias ainda não confirmaram se vão à Justiça requerer indenização do estabelecimento.

Entenda o caso

Os corpos de Gustavo e Alessandra foram encontrados na quinta-feira (17), sobre a cama de um dos chalés da pousada Estalagem do Mirante. O casal de universitários havia se hospedado na terça-feira (15) para comemorar um ano de namoro. Por não conseguir fazer contato, as famílias acionaram a polícia, que descobriu o paradeiro dos jovens dois dias depois, por meio de mensagens publicadas no Facebook.

Não foram encontradas marcas de violência nos corpos nem sinal de arrombamento no quarto. A hipótese de que tenha ocorrido um crime passional revoltou amigos e parentes do casal. Pessoas próximas aos jovens foram unânimes ao dizer que o relacionamento dos dois era extremamente afetuoso e nenhum deles teria motivo para praticar um crime.

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