MENU

terça-feira, 11 de maio de 2010

Família não acredita em suícidio no caso da menina que caiu

with 0 comentários
Transtornados com a morte da filha Luiza de Freitas Lacerda, de 19 anos, no último sábado (8), os pais da estudante apontam, em investigação própria, indícios que contrariam a versão inicial de suicídio, que fez a Delegacia de Homicídios sair do caso. A 19ª DP (Tijuca) agora trabalha também com as hipóteses de homicídio ou acidente.

Diferente do perfil tradicional de suicidas, Luiza, contam os pais, era muito sociável tanto em família quanto com amigos e gostava de dividir suas conquistas e experiências em casa. Cursando duas faculdades e em um namoro recente, a jovem estava apaixonada e tinha planos para a carreira.

- Eu e o meu marido chegamos lá e não conseguíamos pensar em nada. Passei mal e fui levada para o hospital. Mas minha irmã e meu cunhado ficaram e alguns amigos da família ficaram no local e ouviram relatos que contrariam a versão de suicídio - conta Nilza de Freitas, mãe de Luiza.

Questões não respondidas

Segundo Nilza, uma pessoa do prédio em frente afirmou ter ouvido um grito antes do barulho da queda e o porteiro que estava no edifício no local contou que, logo depois que Luiza caiu, uma menina desceu correndo as escadas com suas sandálias na mão para calçá-la, mas foi impedida pelo funcionário de se aproximar.

- Pra que uma pessoa vai se preocupar em calçar uma pessoa morta, que acabou de cair? E outra, quem vai se jogar, grita antes de cair? As unhas dela tinham vestígios de árvore e tinha um galho embaixo dela. Quem quer se matar depois tenta se segurar em algum lugar? - questiona a mãe.

Ainda de acordo com Nilza, uma conhecida da família passou no local logo após a queda, e mesmo sem saber de quem se tratava, perguntou o que tinha acontecido.

Disseram que tinham jogado uma menina - lembra, emocionada, a mãe.

Namorado foi quem percebeu que algo havia acontecido

Foi o namorado de Luiza quem percebeu que havia algo estranho. Ele não estava no churrasco da faculdade em que ela morreu, mas falou com a estudante cerca de uma hora antes da queda. Ao ligar de novo, no entanto, o telefone foi atendido por uma mulher, que disse ter havido um problema com ela, mas não deu detalhes.

- Em nenhum momento telefonaram pra gente. Ele é que, assustado, ligou lá pra casa e avisou que algo estranho estava acontecendo. Quando ligamos para o telefone de novo, disseram que ela tinha caído e que fôssemos pra lá - conta Nilza.

Ela não acredita, no entanto, em homicídio.

- Não acho que tenha acontecido alguma maldade, mas pode ter sido um acidente. Alguma brincadeira ou ela querendo se desvencilhar de algum assédio. Eles sabem o que aconteceu, mas o grupo se fechou e não fala nada, ninguém viu nada - desabafa. - Só quero que a polícia investigue e descubra o que realmente aconteceu - pede ela, mãe de outras duas meninas, de 16 e 21 anos.

0 comentários:

Postar um comentário