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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Menino de oito anos morre depois de brincar com arma do pai em SP

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Um menino de 8 anos morreu na tarde deste sábado (20) enquanto brincava com a arma do pai dentro de casa, em Serra Azul, a 302 km de São Paulo. Ele foi enterrado na tarde deste domingo (21).

De acordo com o delegado Rodrigo Salvino Pato, que investiga o caso, os disparos foram feitos quando o irmão mais velho, de 11 anos, tentou tirar a arma da mão do caçula. Foram efetuados dois tiros: um atingiu o teto e outro o queixo do garoto. Os dois estavam sozinhos em casa no momento do acidente.

O delegado instaurou inquérito de homicídio culposo e omissão de guarda de arma de fogo. Ele deverá começar ouvir as testemunhas nesta segunda-feira (22), mas falou informalmente com o pai e a mãe da vítima, no sábado. Os dois são agentes penitenciários e estavam trabalhando quando aconteceram os disparos.

O irmão de 11 anos não foi ouvido por estar em estado de choque. O delegado afirmou que ainda não sabe quando irá ouvi-lo. Antes, o garoto deverá ser avaliado por uma psicóloga da prefeitura sobre suas condições para depor. Ele também deverá ter acompanhamento psicológico.

Segundo o delegado, a arma foi guardada descarregada em cima do armário de roupas, longe da munição, que estava colocada no bolso de um casaco, e do carregador, escondido atrás de uma caixa de sapatos.

De acordo com a Polícia Militar, a arma, uma pistola semi-automática calibre 380, era registrada, mas estava guardada em casa porque o porte de armas do pai do garoto estava vencido desde 9 de novembro. A renovação já tinha sido solicitada.

O socorro foi chamado pelo irmão da vítima, que telefonou para a Unidade Mista de Saúde informando que o caçula havia sido baleado. De acordo com a atendente, que não quis se identificar, o menino disse que o irmão tinha sido vítima de uma bala perdida.

- Quando ele ligou da primeira vez, uma colega atendeu e achou que era trote, mas, como ele deu o endereço completo, resolvemos investigar. Nesse intervalo, ele ligou novamente e eu atendi. Ele estava desesperado e não queria que eu desligasse o telefone. Pediu várias vezes para que eu não desligasse e ficasse conversando com ele - conta a atendente.

Quando o socorro chegou até o local, o menino já estava morto, no chão da garagem. O delegado afirmou ter indícios de que ele foi baleado na sala da casa e levado até a garagem pelo irmão, com a ajuda de uma irmã de 15 anos e da avó, provavelmente na tentativa de socorrê-lo.

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