MENU

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Filha de mulher encontrada na mala é retirada dos avós paternos

with 0 comentários
A menina de 2 anos, filha de Íris Bezerra de Freitas, encontrada morta dentro de uma mala no Leblon, foi retirada da companhia dos avós paternos, na tarde desta terça-feira, da Favela da Rocinha por funcionários do Conselho Tutelar e da Defensoria Pública do Rio. O juiz da 5ª Vara de Família, André Cortes Vieira Lopes, já havia decidido na última segunda-feira, conceder a guarda provisória da neta de dois anos para Maria da Guia, mãe adotiva de Íris Bezerra de Freitas.

Da Rocinha, a menina foi levada para a Defensoria Pública do Rio, onde será proposto um acordo para que os avós paternos possam ter o direito de visitar a neta garantido. Em seguida, mesmo que não haja acordo, a menina de 2 anos ficará com a mãe adotiva de Íris, onde passará a morar.

O juiz da 5ª Vara de Família, André Cortes Vieira Lopes, decidiu, na tarde da última segunda-feira, conceder a guarda provisória da neta de dois anos para Maria da Guia. Ela é mãe adotiva de Íris Bezerra de Freitas morta pelo ex-marido Rafael da Silva, 27 anos, que está preso. O corpo de Íris foi jogado dentro de uma mala no Canal da Rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, há duas semanas.
 
A jovem foi morta com 33 facadas e teve o corpo esquartejado. A menor estava morando com os avós paternos.
 
- Vamos fazer o cumprimento da decisão amanhã da forma menos traumática para a criança - disse Simone Moreira, responsável pela Coordenadoria de Defesa da Criança e do Adolescente da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, na última segunda-feira.

- Não posso deixar a menina com os pais de um monstro! - disse, chorando, a mãe de Íris.

Preso no último dia 18, em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, Rafael confessou ter matado sua ex-mulher, Iris Bezerra da Silva, 21, na Rocinha, no dia 6 de maio, e abandonado o corpo dentro de uma mala no Leblon.

- Foi um momento de raiva, de ódio. Ela estava me traindo! - disse.

Na Divisão de Homicídios (DH), ele detalhou cada passo do assassinato e de sua fuga para o Nordeste.

- Depois do crime, fiquei com remorso. Eu a amava muito - afirmou.

Rafael contou que, mesmo a 2.200 km do Rio, vivia com medo de ser reconhecido. Foi o pai do rapaz quem ajudou a polícia a capturá-lo. O preso responderá por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, por não haver chance de reação da vítima e por ocultação de cadáver. O assassino confesso poderá pegar até 30 anos de prisão.

Maria da Guia, esteve esta semana na DH com o intuito de falar com o ex-genro, mas policiais a impediram.

- Foi até bom. Ele merecia o mesmo fim da minha filha! Eu não sei o que faria! - afirmou, aos prantos.

A policiais, Rafael disse esperar que a sogra o perdoasse.

- Jamais! Um monstro desse não merece. Só se trouxesse minha filha de volta - sentenciou.

Discussão e morte

Rafael e Iris haviam se separado semanas antes do crime.

- A gente achou melhor dar um tempo para pensar, mas eu e ela prometemos não arranjar ninguém até a gente se acertar - lembrou.

Segundo ele, a ex-mulher não cumpriu o pacto.

- Eu fui vê-la e a flagrei com outro! Ele ainda saiu correndo. Foi aí que eu chamei a Iris para conversar - lembrou.

Já dentro de casa, o casal começou a discutir.

- Ela me ofendeu. Fui até a cozinha, peguei uma faca e a ataquei - descreveu. - Depois, assustado, com medo, vi que não podia deixá-la ali - acrescentou.

Rafael contou ter arranjado a mala, dobrado o corpo dentro e seguido até a Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon.

- Fiz tudo sozinho, ninguém me ajudou. Queria que o corpo sumisse no canal - destacou.

Imagens do circuito de segurança de prédio da avenida que mostram homem com mala semelhante não seriam de Rafael. A gravação foi feita sábado, dia 8, e ele disse ter jogado o corpo no canal horas antes. Ele disse não ter sido pego e punido por traficantes da Rocinha.

0 comentários:

Postar um comentário