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terça-feira, 25 de maio de 2010

Avó de Sean luta para poder dar parabéns ao neto

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Cinco meses após sua partida para os Estados Unidos, onde passou a viver com o pai, Sean Goldman vai passar o aniversário de 10 anos longe da família brasileira. Segundo a avó Silvana Bianchi, até o final da manhã desta terça-feira (25), ninguém tinha conseguido contato com o menino, seja para ter notícias, seja para dar parabéns e muito menos para enviar presentes.

- Queria que ele pudesse encontrar a irmã, que eu sei que ele sente muitas saudades dela. Queria poder dar a ele neste aniversário a vida que ele tinha de volta - resumiu Silvana, que não consegue nenhum contato ou notícia do menino desde o dia 2 de março.

Em abril, ela chegou a ir aos Estados Unidos para tentar visitá-lo, mas teve o pedido negado.

Sean foi entregue ao pai americano depois de uma luta judicial no Brasil por sua guarda. O pai biológico iniciou a briga com a família brasileira depois que a mãe de Sean, a estilista Bruna Bianchi, morreu após o parto de sua segunda filha.

Conversas monitoradas

Silvana acredita que, de dezembro a março, as conversas que teve com o neto foram monitoradas.

- Era sempre um diálogo muito pouco natural. Ele ficava muito pouco à vontade. Só respondia sim ou não sobre tudo, amiguinhos, se ele estava gostando... - diz ela, lembrando que ele sempre perguntava da irmã e de quando a família iria vê-lo em terras americanas.

- Eu acredito que os telefonemas eram todos gravados. Isso já era uma praxe usada pelo David desde quando estava casado com a minha filha e ela vinha para o Brasil e percebi que poderia ser o motivo da reação do Sean - lamenta.

Recado

“Como você sabe, na próxima terça-feira, 25 de maio, é o aniversário do Sean. Nós gostaríamos de falar com ele. Você pode permitir esse telefonema, por favor?”, essa é a mensagem encaminhada pela avó do menino ao pai, David Goldman, nos Estados Unidos, implorando para falar com o neto.

Nesta segunda-feira (24), o advogado da família, Carlos Nicodemos, soube que foi acolhido o pedido feito ao governo federal que faça gestões diplomáticas junto ao governo americano para que os avós tenham permissão para ver o neto. O pedido foi encaminhado à Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que faz parte da estrutura do Ministério da Justiça.

Pedido de visita

- Nosso pedido é por uma intervenção entre a Autoridade Central brasileira e americana para que os avós conquistem esse direito. Agora, trabalhamos no campo diplomático navegando pela Convenção de Haia - explica o advogado.

Em abril, a Justiça de Nova Jersey (EUA) negou um pedido da família para encontrar o garoto. Depois da morte da mãe do menino, Bruna Bianchi Lins e Silva, em 2008, o padrasto João Paulo Lins e Silva chegou a conseguir a guarda, mas em dezembro de 2009 o Supremo Tribunal Federal brasileiro determinou que Sean fosse entregue ao pai e levado para os Estados Unidos.

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