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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Policia falhou após acidente com Rafael Mascarenhas

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O chefe de operações da 15ª DP (Gávea), Alexandre Estelita, afirmou na manhã desta quarta-feira que a equipe da Polícia Militar "falhou" ao deixar de preservar o local onde o filho da atriz Cissa Guimarães foi atropelado na madrugada de ontem (20) no túnel Acústico, extensão do Zuzu Angel, na Gávea, zona sul do Rio.

Estelita diz que o suposto erro dos policiais "dificulta a apuração pericial" para confirmar se o jovem foi atropelado por um veículo que disputava "pega".

- Eles pararam os veículos, mas não se sabe o motivo deles não terem levado o autor do atropelamento até a delegacia. O dever deles era preservar o local, encaminhar o autor pra delegacia para as providências serem tomadas no âmbito da polícia judiciária. Isso eles não fizeram e incorreram numa falha - disse o chefe de operações da delegacia da Gávea.

O porta-voz da PM, capitão Ivan Blaz afirmou hoje que foram os PMs que constataram - através da verificação preliminar do local do crime - os primeiros indícios do atropelamento depois de já terem abordado e liberado os suspeitos. Os policiais em seguida encaminharam as informações para a Polícia Civil

- A abordagem dos policiais aos motoristas foi realizada a cerca de 7 km da saída do túnel, na altura da rua Padre Leonel Franco. Naquele momento, os policiais não tinham ciência do atropelamento. A olho nu o veículo não apresentava nenhum indício de que havia sido instrumento de cometimento de crime, além de não apresentar nenhuma alteração documental. - disse o porta-voz da PM.

A PM informou que, mesmo com os carros vistoriados, os policiais não suspeitaram que um dos veículos estava com sangue.

- Um dos carros estava levemente amassado, mas vários carros circulam assim na cidade. Um carro preto, num local de baixa luminosidade.. a olho nu não haveria possibilidade de identificar isso [sangue no veículo - afirmou Blaz.

O motorista do veículo que atropelou a vítima, Rafael de Sousa Bussamra, 25, o do Civic, Gabriel Henrique de Souza Ribeiro, 19, e Gustavo Miraldes Bulus, 19, passageiro no carro, se apresentaram à polícia no início da noite.

Em depoimento, Bussamra confessou ter atropelado Rafael, mas negou ter fugido sem prestar socorro. Disse que, do celular, ele e os amigos tentaram chamar uma ambulância. A delegada Barbara Bueno, porém, afirmou que não houve omissão.

ATROPELAMENTO

Por volta de 1h, a entrada do túnel Zuzu Angel em São Conrado havia sido bloqueada por um caminhão-reboque para o início dos serviços de manutenção. A galeria no sentido inverso estava aberta.

Ligando as galerias há quatro saídas de serviço, usadas em emergências. É proibida a passagem de carros.

Nos depoimentos, os três ocupantes dos veículos disseram que seguiam para a Barra da Tijuca (zona oeste), onde moram, quando resolveram voltar para a zona sul em busca de um restaurante. Decidiram tomar uma das saídas de serviço e alegaram não saber que o sentido oposto estava fechado.

Os amigos que acompanhavam Rafael afirmaram que os carros estavam em alta velocidade. Segundo os skatistas, com o impacto, Rafael foi jogado a quase 60 m. No depoimento, Bussamra negou que estivessem fazendo "racha" e afirmou que estavam a 80 km/h.

Ele disse ainda ter sido parado por um carro da Polícia Militar e afirmado aos PMs que só iria à delegacia com um advogado. Teria sido, então, liberado com o compromisso de apresentar-se.

Rafael foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Com uma série de fraturas, passou por cirurgia, mas morreu às 8h de hemorragia interna e politraumatismo. Muito abalada, Cissa Guimarães passou parte do dia no hospital.

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