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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Acostumado a dar notícias, o Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência da TV brasileira, está sendo notícia nesta quinta-feira (1), quando a TV Globo anuncia uma mudança importante em sua bancada. Após quase 14 anos, Fátima Bernardes deixará o JN para, segundo suas próprias palavras, realizar um novo sonho: fazer um programa que já tem seu formato definido e que entrará na grade da TV Globo em 2012. Sua substituta no telejornal será Patrícia Poeta, que está no Fantástico há quase cinco anos. No lugar de Patrícia, assumirá a jornalista Renata Ceribelli, que já apresenta ocasionalmente o Fantástico.

Segundo o diretor geral de Jornalismo e Esporte da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, Fátima vinha há algum tempo propondo um novo programa e, em abril deste ano, ao apresentar uma proposta formal, a ideia era tão consistente que foi aprovada de imediato pelo diretor-geral da Rede Globo, Octávio Florisbal. Schroder disse que a mudança, motivada pelo projeto de Fátima, mostra a evolução de três profissionais de talento da TV Globo.

- Este é um processo normal de evolução e renovação do jornalismo da Globo. As três construíram carreiras sólidas aqui na TV e chegaram aonde chegaram por mérito. Com certeza, terão grande sucesso em suas novas funções. A proposta de Fátima realmente é excelente e ela conta com uma sucessora como Patricia Poeta, uma jornalista cujo talento é reconhecido pelos brasileiros. Ao mesmo tempo, Renata Ceribelli já é tão integrada ao Fantástico que a sua escolha é mais do que natural. Com esses ingredientes, tomar a decisão de mudar não foi difícil - afirmou o diretor.

O futuro


O novo programa de Fátima Bernardes está sendo mantido sob sigilo. Para a jornalista, é a realização de um sonho.

- O que eu posso adiantar é que eu continuarei com funções jornalísticas. Esse programa não é parecido com nenhum outro que está no ar. É um sonho antigo que eu vinha amadurecendo. Este ano, em abril, entreguei um resumo do que eu queria fazer e fiquei muito feliz quando soube que o projeto agradou. Já estamos trabalhando com um núcleo bem pequeno, mas já a partir da próxima semana a implementação desse programa será acelerada. Agora, por questões estratégicas, ainda não posso contar nada sobre a estrutura, cenário, locação, horário ou dia da semana - conta Fátima. Veja a trajetória de Fátima Bernardes.

A jornalista apresentará o JN até segunda-feira (5), quando haverá uma edição especial. Após a apresentação das notícias do dia, Patrícia Poeta será chamada à bancada por Fátima e William Bonner, editor-chefe e apresentador. Na edição especial, serão exibidos vídeos sobre a carreira das duas jornalistas.

William Bonner diz que a escolha de Patrícia foi um consenso entre todos no jornal e na direção da empresa.

- Estamos na mesma empresa fazendo jornalismo há muitos anos. De uma certa forma, é como se fôssemos colegas de longa data... O JN é um programa que faz parte da vida dos brasileiros há quatro décadas. Todas as mudanças por que passou nesse período foram em sintonia com o público. Por isso, o JN não muda – até porque o perfil da sucessora da Fátima está perfeitamente alinhado com as qualidades que se exigem de quem ocupe um lugar na bancada.


Além de apresentar, Patrícia Poeta cumprirá funções executivas no jornal Nacional, como já acontecia com Fátima.

- Jornalista está sempre olhando para a próxima história, o próximo desafio. Claro que assumir o Fantástico, quase cinco anos atrás, foi um marco importante. Agora, fazer o Jornal Nacional, a partir dos próximos dias, significa o início de um capítulo totalmente novo da minha vida profissional - diz Patrícia.

Ela conta que o convite para apresentar o JN foi uma surpresa e que está muito feliz com o novo desafio.

- Estava totalmente concentrada em meus novos projetos para o Fantástico em 2012. Também fiquei muito feliz ao saber do passo que Fátima está dando. É uma mudança que nos deixa, eu e Fátima, muito felizes. Veja a trajetória de Patrícia Poeta.


No próximo domingo (4), Patrícia apresentará o Fantástico normalmente. Renata Ceribelli será a nova apresentadora do Fantástico, ao lado de Zeca Camargo e Tadeu Schmidt. Na edição do domingo (11), Poeta ainda voltará ao cenário do programa dominical, para entregar o posto a Renata.

- Estou muito feliz com o convite e o desafio que tenho pela frente - diz Renata.


Para ela, o fato de já ter experiência em várias "frentes" do programa pode ter contribuído para a escolha da emissora:

- Sou repórter, editora e entrevistadora. Assumir o posto de apresentadora oficial exige uma visão e uma participação maior em todas as etapas do programa. Talvez essa minha longa vivência do programa tenha influenciado na escolha. Veja a trajetoria de Renata Ceribelli.

Fátima, Patricia e Renata falaram também do público:


Renata Ceribelli

"Já aprendi muitas lições no trabalho. Uma das principais veio do contato mais próximo com o público: ficou provado para mim que a espontaneidade diante da câmera realmente resulta em uma maior 'intimidade' com quem está do outro lado. Depois do Medida certa, penso sempre nisso nas minhas reportagens. E agora também vou 'exercitar' uma maior espontaneidade na apresentação. O Fantástico é uma revista eletrônica que está sempre à frente, nas notícias e na linguagem. Um programa que está sempre de olho nas tendências e, por isso, surpreende. E eu espero que todos continuem se surpreendendo com a gente."

Patrícia Poeta

"O período no Fantástico foi incrível para mim. Como apresentadora, vivi toda semana o desafio de buscar o tom ideal, a dose adequada de informalidade, a afinidade com meu parceiro, Zeca Camargo. Acho que conseguimos avançar muito na apresentação do programa. Como repórter, tive espaço e incentivo para buscar furos, entrevistas exclusivas, material que só o Fantástico teve. Surpreendemos o telespectador em vários momentos nos últimos anos. E, por último, como criadora e realizadora, consegui uma parceria produtiva com os colegas da área de dramaturgia da Globo. Criamos e exibimos vários quadros que misturavam jornalismo e dramaturgia, e este era um desejo antigo meu. Agora, nosso encontro semanal passa a ser diário. De segunda a sexta. Estarei esperando vocês."

Fátima Bernardes

"Eu tive o privilégio de cobrir os grandes assuntos nacionais e internacionais. Cresci muito profissionalmente. Vi o JN também se transformar. Vi nossa bancada passar a receber convidados que seriam entrevistados por nós. Impossível descrever a emoção, a tensão, a responsabilidade de entrevistar ao vivo, diante dos ouvidos e olhos atentos de milhões de telespectadores, os candidatos à presidência do Brasil. Saí do estúdio sempre que a notícia exigiu. Vi o Brasil ser penta no futebol. Logo eu que amo esse esporte. Sempre tive consciência de que estava trabalhando no mais importante telejornal do Brasil, no mais visto. Eu fui muito feliz e, o melhor, eu sabia. Eu só posso agradecer, muito, pelo carinho com que os telespectadores sempre me recebem por onde quer que eu passe. A torcida para que a minha vida pessoal e profissional dê certo. Eu sinto isso nos olhares, nos sorrisos, nos abraços e beijos que ganho pelas ruas. E aproveito pra já pedir que tenham paciência e que me aguardem porque vou voltar cheia de gás e de novidades para o nosso reencontro no ano que vem."

Fátima Bernardes deixa o JN e Patrícia Poeta assume a bancada

Um exemplar original da primeira edição da revista em quadrinhos do Super-Homem foi vendida por cerca de R$ 3,9 milhões, nesta quarta-feira. Um recorde. O gibi está em ótima condição, e foi lançado em 1938. Na época valia apenas alguns centavos.

Segundo reportagem do jornal “The Sun”, o vendedor do exemplar foi o ator Nicolas Cage. Ele comprou a revista em 1997, por R$ 270 mil. Em 2000, a revista foi roubada da casa do ator, com exemplares de colecionador de outros super-heróis. O gibi foi recuperado em abril deste ano, na Califórnia. Como já tinha recebido o dinheiro do seguro, Cageteve que desembolsar uma quantia em dinheiro para ter o exemplar de volta.

Nicolas Cage é um fã assumido do Super-Homem. Tanto que batizou o filho de Kal-El, nome de nascimento do Homem de Aço. O ator teria vendido a revista para resolver problemas financeiros. Há dois anos, ele acusou o ex-empresário, Samuel Levine, fazer maus investimentos com a fortuna.

Nicolas Cage vende gibi do Superman por R$ 3,9 milhões

Mesmo morta, Marcela (Suzana Pires) continuará aterrorizando Tereza Cristina (Christiane Torloni) em “Fina estampa”. É que seu computador guarda várias anotações da jornalista, inclusive o terrível segredo da Rainha do Nilo. E, segundo o autor Aguinaldo Silva, um personagem da trama irá encontrar esta relíquia, que ficou esquecida na pousada da Zambeze (Totia Meirelles).

- Uma coisa eu garanto: quem guardou o notebook de Marcela passou a ser o detentor de todos os seus segredos. Tereza Cristina que se cuide! - revela Aguinaldo, no Twitter, na manhã desta quinat-feira.

'Fina Estampa' - Marcela deixou segredo de Teresa Cristina em computador

Reynaldo Gianecchini voltou a ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para dar continuidade ao tratamento contra o linfoma não-hodgkin, diagnosticado em agosto deste ano. Essa é a última etapa da quimioterapia contra a doença antes do autotransplante de medula, que deve ser realizado ainda este mês.

Depois de se submeter a seis sessões de quimioterapia, o ator fará um delicado autotransplante na medula óssea. Na cirurgia, células livres do câncer serão retiradas e congeladas, abrindo caminho para mais uma sessão de quimioterapia, desta vez mais forte para destruir o tumor. Em seguida, durante a internação - que dura três semanas -, é feito o reimplante da medula retirada para o corpo voltar a produzir células saudáveis e livres da doença. Ou seja, a cura.

Gianecchini havia sido internado pela última vez no dia 9 de novembro e liberado no seu aniversário, em 12 de novembro. Em uma das sessões anteriores de quimioterapia, Gianecchini se submeteu ao exame chamado PET Scan, um dos mais avançados para diagnósticos de câncer, que aponta se o paciente está reagindo bem ao tratamento.

Giannechini volta a se internar para quimioterapia


Definição


 
A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é o estágio final da doença do HIV, que causa danos severos ao sistema imunológico.

 

Causas, incidência e fatores de risco

 

Fatos importantes sobre a disseminação da AIDS:
  • A AIDS é a sexta causa de morte entre pessoas de 25 a 44 anos nos Estados Unidos, depois de ser a número um em 1995.
  • A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo morreram devido a essa infecção desde o começo da epidemia
  • Em 2008, havia aproximadamente 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV/AIDS, incluindo 2,1 milhões de crianças com menos de 15 anos.

 
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) provoca AIDS. O vírus ataca o sistema imunológico e deixa o corpo vulnerável a uma série de infecções e a vários tipos de câncer que apresentam risco de vida.

 

Bactérias, fungos, parasitas e vírus comuns que normalmente não causam doenças graves nas pessoas com um sistema imunológico saudável podem provocar doenças fatais em pessoas com AIDS.

 

O HIV foi encontrado na saliva, nas lágrimas, no tecido do sistema nervoso e no líquido da coluna vertebral, no sangue, no sêmen (inclusive no líquido pré-ejaculatório, que é o líquido que sai antes da ejaculação), na lubrificação vaginal e no leite materno. Entretanto, em geral, somente o sangue, o sêmen, as secreções vaginais e o leite materno transmitem a infecção para outras pessoas.

 

 O vírus pode ser transmitido:

  • Por meio do contato sexual – incluindo sexo oral, vaginal e anal
  • Pelo sangue – via transfusões de sangue (atualmente, extremamente raro nos Estados Unidos) ou por compartilhar agulhas
  • De mãe para filho – uma mulher grávida pode transmitir o vírus para o feto pela circulação sanguínea compartilhada ou uma mulher amamentando pode transmitir o vírus para o bebê através do leite

 
Outras formas de disseminação do vírus são raras e incluem lesão acidental por agulha, inseminação artificial com sêmen doado por infectado e transplante de órgãos com órgãos infectados.

 

 
A infecção pelo HIV NÃO é transmitida por:

  • Contato casual como abraçar
  • Mosquitos
  • Participação em esportes
  • Tocar objetos tocados anteriormente por uma pessoa infectada pelo vírus

 
A AIDS e a doação de sangue ou órgãos:
  • A AIDS NÃO é transmitida para uma pessoa que DOA sangue ou órgãos. As pessoas que doam órgãos para transplantes nunca estão em contato direto com aqueles que os recebem. Da mesma maneira, uma pessoa que doa sangue não entra em contato com a pessoa que recebe. Em todos esses procedimentos, são utilizadas agulhas e utilizados instrumentos esterelizados

 
  • Entretanto, o HIV pode ser transmitido para uma pessoa que RECEBE sangue ou órgãos de um doador infectado. Para reduzir o risco, os bancos de sangue e os programas de doação de órgãos examinam doadores, sangue e tecidos exaustivamente

 
As pessoas com maior risco de contrair HIV são:

  • Usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas
  • Bebês nascidos de mães com HIV que não receberam o tratamento contra o HIV durante a gravidez
  • Pessoas que praticam sexo sem proteção, principalmente com outras que têm comportamento de alto risco, que sejam HIV positivos ou que tenham AIDS
  • Pessoas que receberam transfusões de sangue ou produtos coagulantes entre 1977 e 1985 (antes que os exames do vírus se tornassem uma prática padrão)
  • Parceiros sexuais de pessoas que participam de atividades de alto risco (como o uso de drogas injetáveis ou o sexo anal).
Sintomas

 
A AIDS começa com a infecção pelo HIV. As pessoas infectadas podem não ter sintomas de HIV por 10 anos ou mais, mas ainda assim podem transmitir a infecção para outros durante esse período sem sintomas da doença. Se a infecção não é detectada e tratada, o sistema imunológico gradativamente se debilita e a AIDS se desenvolve.

 

A infecção aguda pelo HIV progride com o tempo (normalmente de algumas semanas a meses) para uma infecção assintomática (sem sintomas) e, depois, para uma infecção sintomática precoce por HIV. Posteriormente, ela progride para a AIDS (infecção avançada por HIV com contagem de células T CD4 abaixo de 200 células/mm3).

 

Quase todas as pessoas infectadas pelo HIV, se não tratadas, desenvolvem AIDS. Existe um pequeno grupo de pacientes que desenvolve a AIDS muito lentamente ou que nunca a desenvolvem. Esses pacientes são chamados de não progressores e podem ter uma diferença genética que impede que o vírus danifique seu sistema imunológico.

 

Os sintomas da AIDS são principalmente o resultado de infecções que normalmente não se desenvolvem em indivíduos com sistemas imunológicos saudáveis. Elas são chamadas de infecções oportunistas.

 

As pessoas com AIDS tiveram seu sistema imunológico atacado pelo HIV e são muito suscetíveis a essas infecções oportunistas.

 

Os sintomas comuns são:

  •  Calafrios
  •  Febres
  •  Suor (principalmente durante a noite)
  •  Glândulas linfáticas inchadas
  •  Fraqueza 
  •  Perda de peso

 
Observação: A infecção inicial com HIV pode não produzir sintomas. Algumas pessoas, entretanto, apresentam sintomas similares à gripe, como febre, exantema, dor de garganta e linfonodos inchados, normalmente de 2 a 4 semanas depois de contrair o vírus. Algumas pessoas com infecção por HIV se mantém sem sintomas durante anos, entre a exposição ao vírus e o desenvolvimento da AIDS.

 

 

Exames e testes

 
A seguir, uma lista das infecções e dos tipos de câncer relacionados à AIDS que as pessoas com a doença podem ter à medida que a contagem de CD4 diminui. Anteriormente, a AIDS era definida como ter uma infecção por HIV e contrair uma dessas doenças adicionais. Hoje em dia, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention), uma pessoa pode ser diagnosticada com AIDS se tiver uma contagem de células CD4 abaixo de 200 células/mm3, mesmo se não tiver uma infecção oportunista.

 

A AIDS também poderá ser diagnosticada se uma pessoa desenvolver uma das infecções oportunistas e tipos de câncer que ocorrem mais frequentemente em pessoas infectadas pelo HIV. Essas infecções são incomuns em pessoas com um sistema imunológico saudável.

 

As células CD4 são um tipo de célula imunológica. Elas também são chamadas de "células T" ou "células auxiliares".

 

Muitas outras doenças e seus sintomas podem desenvolver-se, além das relacionadas aqui.
 

 

Comuns com contagem de CD4 abaixo de 350 células/mm3:

  •  Vírus da herpes simples – causa úlceras/pequenas bolhas na boca ou nos genitais, acontece mais frequentemente e normalmente com maior gravidade em pessoas infectadas pelo HIV do que em pessoas sem infecção por HIV

  •  Tuberculose – infecção pela bactéria da tuberculose que afeta os pulmões, mas pode afetar outros órgãos como o intestino, o revestimento do coração ou dos pulmões, cérebro ou revestimento do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal)

  •  Candidíase oral ou vaginal – infecção por fungos na boca ou na vagina

  •  Herpes-zóster (cobreiro) – úlceras/pequenas bolhas em uma placa da pele, causadas pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo vírus que causa a varicela (catapora)

  •  Linfoma não Hodgkin – câncer dos linfonodos

  •  Sarcoma de Kaposi – câncer de pele, pulmões e intestinos associados ao herpes-vírus (HHV-8). Pode acontecer com qualquer contagem de CD4, mas é mais provável em baixos níveis de CD4 e mais comum em homens do que em mulheres

 
Comuns com contagem de CD4 abaixo de 200 células/mm3:

  • Pneumonia por Pneumocystis carinii, "pneumonia PPC", agora chamada de pneumonia por Pneumocystis jiroveci, causada por um fungo
  • Candidíase esofágica – infecção dolorosa do esôfago provocada por fungos
  • Angiomatose bacilar – lesões na pele causadas por uma bactéria chamada Bartonella, que podem ser adquiridas por arranhões de gato

 
Comuns com contagem de CD4 abaixo de 100 células/mm3:
  • Meningite criptocócica – infecção por fungos da membrana do cérebro
  • Demência por HIV – deterioração da função mental, causada pelo próprio HIV
  • Encefalite por toxoplasma – infecção do cérebro por um parasita chamado de Toxoplasma gondii, que é frequentemente encontrado nas fezes dos gatos; causa lesões no cérebro
  • Leucoencefalopatia multifocal progressiva – uma doença do cérebro causada por um vírus (chamado vírus JC) que resulta em um declínio severo das funções mentais e físicas
  • Síndrome de emaciamento – perda extrema de peso e do apetite, causadas pelo próprio HIV
  • Diarreia por Cryptosporidium – diarreia extrema causada por um dos parasitas que afeta o trato gastrointestinal

 
Comuns com contagem de CD4 abaixo de 50/mm3:

 

  • Mycobacterium avium – uma infecção do sangue causada por uma bactéria relacionada à tuberculose

  • Infecção por citomegalovírus – uma infecção viral que pode afetar quase qualquer um dos sistemas de órgãos, principalmente o intestino grosso e os olhos

 
Além da contagem de CD4, um exame chamado nível de RNA do HIV (ou carga viral) pode ser usado para monitorar os pacientes. Os exames básicos de laboratório e o teste de Papanicolau cervical são importantes para monitorar a infecção por HIV, devido ao aumento do risco de câncer cervical em mulheres com o sistema imunológico comprometido. O Papanicolau anal, para detectar câncer em potencial, também pode ser importante para homens e mulheres infectados, mas seu valor não foi comprovado.

 

 
Tratamento

 
Atualmente, não existe cura para a AIDS. Contudo, existe uma série de tratamentos disponíveis que podem ajudar a manter os sintomas controlados e melhorar a qualidade de vida das pessoas que já desenvolveram os sintomas.

 

A terapia antirretroviral suprime a replicação do HIV no organismo. Uma combinação de várias drogas antirretrovirais, chamada de terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), se mostrou muito eficaz na redução do número de partículas HIV na corrente sanguínea. Isso é medido pela carga viral (quantidade de vírus encontrada no sangue). Impedir a replicação do vírus pode aumentar a contagem de células T e ajudar o sistema imunológico a se recuperar da infecção por HIV.

 

A HAART não é uma cura para o HIV, mas se mostrou muito eficaz nos últimos 12 anos. As pessoas em tratamento com HAART, com níveis reduzidos de HIV, podem ainda assim transmitir o vírus por meio do sexo ou compartilhando agulhas. Existem boas evidências de que se os níveis de HIV permanecerem reduzidos e a contagem de CD4 permanecer alta (acima de 200 células/mm3), a vida poderá ser prolongada e aprimorada significativamente.

 

Porém, o HIV pode tornar-se resistente à HAART, principalmente em pacientes que não tomam os medicamentos diariamente nos horários indicados. Existem exames genéticos disponíveis para determinar se uma cepa do HIV é resistente a uma droga específica. Essas informações podem ser úteis para determinar a melhor combinação de drogas para cada pessoa e ajustar o regime de drogas se ele começar a falhar. Esses exames devem ser realizados cada vez que uma estratégia de tratamento começar a falhar e antes de começar o tratamento.

 

Quando o HIV se torna resistente à HAART, outras combinações de drogas devem ser usadas para tentar suprimir a cepa resistente do HIV. Existe uma série de novas drogas no mercado para tratar o HIV resistente.

 

O tratamento com a HAART tem complicações. A HAART é uma combinação de diferentes medicamentos, cada um com seus próprios efeitos colaterais.

 

Alguns efeitos colaterais comuns são:

 
  • Concentração de gordura nas costas ("giba") e abdôme
  • Mal-estar geral
  • Dor de cabeça
  • Náuseas
  • Fraqueza

 
Quando usados por muito tempo, esses medicamentos aumentam o risco de ataque cardíaco, talvez por aumentar os níveis de gordura e glicose (açúcar) no sangue.

 
Qualquer médico que prescrever a HAART deve observar o paciente atentamente para detectar possíveis
efeitos colaterais. Além disso, exames de sangue de rotina medindo a contagem de CD4 e a carga viral do HIV devem ser feitos a cada 3 meses. O objetivo é obter a contagem de CD4 o mais próximo possível da normal e reduzir a quantidade de vírus HIV no sangue a um nível em que não possa ser detectado.

 
Outros medicamentos antirretrovirais estão sendo investigados. Além disso, os fatores de crescimento que estimulam o crescimento celular, como a eritropoietina (Epogen) e o filgrastim (G-CSF ou Neupogen) são usados algumas vezes para tratar a anemia e a baixa contagem de leucócitos associados à AIDS.

 
Também são usados medicamentos para prevenir infecções oportunistas (como a pneumonia Pneumocystis jiroveci) caso a contagem de CD4 seja suficientemente baixa. Isso mantém os pacientes com AIDS mais saudáveis por períodos mais longos. As infecções oportunistas são tratadas quando ocorrem.

 
Grupos de apoio

 
Muitas vezes, participar de grupos de apoio, em que os membros compartilham experiências e problemas, pode ajudar a diminuir o estresse emocional de doenças devastadoras.

 
Evolução (prognóstico)

 
No momento, não existe cura para a AIDS. Ela é sempre fatal quando não há tratamento. Nos Estados Unidos, a maioria dos pacientes sobrevive por muitos anos depois do diagnóstico devido à disponibilidade da HAART. A HAART aumentou drasticamente o tempo de sobrevivência das pessoas com HIV.

 
A pesquisa sobre tratamentos medicamentosos e o desenvolvimento de vacinas continua. Contudo, os medicamentos para o HIV não estão sempre disponíveis nos países em desenvolvimento, onde a epidemia é mais devassadora.

 
Complicações

 
Quando uma pessoa é infectada com o HIV, o vírus começa lentamente a destruir o sistema imunológico da pessoa. A velocidade desse processo difere em cada indivíduo. O tratamento com a HAART pode ajudar a reduzir ou interromper a destruição do sistema imunológico.

 
Uma vez que o sistema imunológico é gravemente afetado, a pessoa tem AIDS e está suscetível a infecções e cânceres que a maioria dos adultos saudáveis não teria. Entretanto, o tratamento antirretroviral ainda pode ser muito eficaz, mesmo nesse estágio da doença.

 

 
Ligando para o médico

 
Marque uma consulta com seu médico se tiver algum dos fatores de risco para a infecção por HIV ou se desenvolver os sintomas da AIDS. Por lei, o exame de AIDS deve ser confidencial. Seu médico analisará os resultados do exame com você.

 
Prevenção

 
Consulte o artigo sobre sexo seguro para saber como reduzir a probabilidade de adquirir ou transmitir o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis

 
Não utilize drogas ilícitas nem compartilhe agulhas ou seringas. Agora, muitas comunidades têm programas de intercâmbio de agulhas, em que você pode desfazer-se das seringas usadas e obter seringas novas esterilizadas. Esses programas também oferecem referências para o tratamento da dependência

 
Evite o contato com o sangue de outra pessoa. Roupas, máscaras e óculos protetores podem ser apropriados para atender pessoas feridas

 
Qualquer pessoa que tenha um exame positivo de HIV pode transmitir a doença e não deve doar sangue, plasma, órgãos nem esperma. As pessoas infectadas devem contar a qualquer parceiro sexual que possuem HIV positivo. Elas não devem trocar líquidos durante a atividade sexual e devem usar todas as medidas preventivas (como preservativos) para dar ao parceiro a máxima proteção

 
As mulheres HIV positivas que queiram engravidar devem buscar aconselhamento sobre o risco para o feto e os métodos para evitar que o bebê seja infectado. O uso de certos medicamentos reduz drasticamente a probabilidade de que o bebê seja infectado durante a gravidez

 
O Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos recomenda que as mulheres infectadas por HIV evitem amamentar para impedir que o HIV seja transmitido a seus bebês pelo leite materno

 
As práticas de sexo seguro, como o uso de preservativos de látex, são altamente eficazes em prevenir a transmissão do HIV. PORÉM, existe um risco de adquirir a infecção mesmo com o uso de preservativos. A abstinência é a única forma segura de evitar a transmissão sexual do HIV

 

DSTs e nichos ecológicos

 
O comportamento sexual mais arriscado é o sexo anal receptivo desprotegido. O comportamento sexual menos arriscado é receber sexo oral. Praticar sexo oral em um homem está associado a algum risco de transmissão do HIV, mas é menos arriscado que a relação sexual vaginal desprotegida.

 
A transmissão da mulher para o homem é muito menos provável do que a transmissão do homem para a mulher. Praticar sexo oral em uma mulher que não esteja em seu período menstrual tem um baixo risco de transmissão.

 
Os pacientes HIV positivos que tomam medicamentos antirretrovirais têm menos probabilidade de transmitir o vírus. Por exemplo, as mulheres grávidas que estão em tratamento efetivo no momento do parto e que têm níveis indetectáveis de carga viral transmitem o HIV para seus bebês em menos de 1% das vezes, comparado com cerca de 20% das vezes quando os medicamentos não são utilizados.

 
O fornecimento de sangue dos Estados Unidos é um dos mais seguros do mundo. Praticamente todas as pessoas infectadas com HIV por transfusões de sangue receberam essas transfusões antes de 1985, ano em que passou a ser feito o exame de HIV em todo o sangue doado.

 
Se você acha que foi exposto ao HIV, procure atendimento médico IMEDIATAMENTE. Existem algumas evidências de que um tratamento imediato com drogas antivirais pode reduzir a probabilidade de que você seja infectado. Isso é chamado de profilaxia pós-exposição (PEP) e tem sido utilizado para impedir a transmissão para trabalhadores da área da saúde feridos por agulhas.

 
Há poucas informações disponíveis sobre a eficácia da PEP para pessoas expostas ao HIV por meio de atividade sexual ou uso de drogas injetáveis. Contudo, se você acha que foi exposto, converse sobre a possibilidade com um especialista informado (consulte as organizações locais de AIDS para obter as informações mais recentes) o mais breve possível. Qualquer pessoa vítima de estupro deve ter acesso à PEP e considerar seus potenciais riscos e benefícios.

 
Referências

 
Piot P. Human immunodeficiency virus infection and acquired immunodeficiency syndrome: A global overview. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2007:chap 407.

 
Del Rio C, Curran JW. Epidemiology and prevention of acquired immunodeficiency syndrome and human immunodeficiency virus infection. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, eds. Principles and Practice of Infectious Diseases. 7th ed. Philadelphia, Pa: Elsevier Churchill Livingstone; 2009:chap 118.

 
Sterling TR, Chaisson RE. General clinical manifestations of human immunodeficiency virus infection (including the acute retroviral syndrome and oral, cutaneous, renal, ocular, metabolic, and cardiac diseases). In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, eds. Principles and Practice of Infectious Diseases. 7th ed. Philadelphia, Pa: Elsevier Churchill Livingstone; 2009:chap 121.

 
Atualizado em 9/6/2011, por: David C. Dugdale, III, MD, Professor of Medicine, Division of General Medicine, Department of Medicine, University of Washington School of Medicine; and Jatin M. Vyas, MD, PhD, Assistant Professor in Medicine, Harvard Medical School, Assistant in Medicine, Division of Infectious Disease, Department of Medicine, Massachusetts General Hospital. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, A.D.A.M., Inc.

 

Saiba mais sobre a AIDS


Hoje é o Dia Mundial Contra a Aids. E por conta disso foram divulgados muitos estudos sobre a doença. São inúmeras as reportagens que abordam desde os grupos que estão sob maior risco de contágio até as medidas que cada país está tomando para conter o avanço do número de casos.

Abaixo está o vídeo que a emissora BBC disponibilizou para esse dia tão importante


Vaticano se manifesta

O Vaticano pediu, esta quinta-feira (1), acesso às terapias contra a Aids para "todas as camadas da sociedade" e defendeu novamente a "abstinência" e a "fidelidade conjugal" como métodos para evitar o contágio.

Em mensagem divulgada por ocasião do Dia Mundial contra a Aids, o Conselho Pontifício para a Saúde reconheceu que muitas vítimas que morreram devido à doença teriam podido se salvar "se tivessem tido um tratamento adequado, como o conhecido como terapia antiretroviral".

Na mensagem, a Igreja católica pede acesso "universal" aos tratamentos para "todos os povos e para todas as camadas sociais".

O comunicado, assinado pelo arcebispo Zygmunt Zimowski, presidente do conselho pontifício, também pede para promover "a prevenção da transmissão de mãe para filho e a educação para estilos de vida que incluam uma abordagem correta e responsável da sexualidade".

- Este também é um momento privilegiado para relançar a luta contra o preconceito social - acrescentou.

Calcula-se que 1.800.000 pessoas tenham morrido a cada ano vítimas da Aids, principalmente na África, o continente mais castigado pela doença e onde vivem 22,9 dos 34 milhões de contaminados no mundo.

- Não se justifica mais a transmissão da infecção de mães para filhos - afirmou o representante do Vaticano.

Para a hieraquia da Igreja, "continua sendo fundamental a formação e a educação de todos e, em particular, das novas gerações, a uma sexualidade baseada em 'uma antropologia ancorada no direito natural e iluminada pela Palavra de Deus'", destacou o texto.

- A Igreja pede um estilo de vida que privilegie a abstinência, a fidelidade conjugal e o repúdio à promiscuidade sexual (...) para conseguir um desenvolvimento integral da pessoa - reiterou a nota.

A Igreja, mais do que condenar o uso do preservativo como método de prevenção, o que é rejeitado por organizações internacionais e humanitárias, exige "uma resposta médica e farmacêutica", ao mesmo tempo em que reconhece que se trata de um problema "antes de mais nada ético", segundo a "Exortação Apostólica" para a África assinada em novembro passado pelo papa Bento XVI.

O tema gerou discussão, sobretudo depois que em 2009, durante sua primeira viagem à África, o Papa rejeitou o uso do preservativo para lutar contra a Aids porque "agrava o problema", gerando uma chuva de reações negativas de vários países.


No ano passado, Bento XVI surpreendeu ao aceitar o uso de preservativos tanto por mulheres quanto por homens para evitar a propagação da Aids através da prostituição, em um livro entrevista apresentado oficialmente no Vaticano.

A abertura do Papa ao uso do preservativo "em certos casos", embora não questione sua proibição na doutrina da Igreja, foi um passo importante.

China alerta

A China comemorou nesta quinta-feira (1) com diversas atividades públicas o Dia Internacional da Aids, e as autoridades de saúde estatais aproveitaram para alertar sobre o rápido aumento do vírus HIV em uma faixa etária que até o momento não havia recebido muita atenção, a terceira idade.

Ver em tamanho maiorAções do Dia de Luta Contra a Aids no mundoFoto 21 de 38 - Mulher coloca preservativo em quadro durante evento de conscientização no Dia Mundial de Luta contra Aids em Seoul, Coreia do Sul Mais AP Photo/Lee Jin-manSegundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, publicado em ocasião do Dia Mundial da Aids, o número de soropositivos acima dos 60 anos no país subiu de 483 em 2005 para 3031 em 2010, representando 8,9% do total, quando há meia década eram 2,2%.

De acordo com o responsável de prevenção da Aids da instituição, Wu Zunyou, entrevistado pela agência oficial "Xinhua", muitos idosos que contraem a Aids são homens aposentados, muitos deles viúvos, que recorrem à prostituição e não usam preservativos.

- Devido à melhora das condições de vida e de saúde pública, o período de atividade sexual dos idosos se prolongou, o que fez com que a terceira idade se consolidasse como grupo de risco - explicou Wu.

Números do Ministério da Saúde chinês indicam que no país há 780 mil soropositivos, dos quais 154 mil desenvolveram a doença. Neste ano, as mortes por Aids subirão para 28 mil no país, o que representa uma redução de 60% em relação a 2010.

As próprias autoridades reconhecem, no entanto, que os números oficiais podem ser muito menores que os reais - organizações internacionais falam de milhões de infectados na China - já que devido ao desconhecimento da doença, muitas pessoas são portadoras do HIV e não sabem, e em algumas regiões, principalmente as rurais, a doença é um tabu que alguns escondem.

Cerca de 60% dos casos na China são transmitidos por relações sexuais - as autoridades continuam indicando os homossexuais como um grupo de alto risco -, com progressiva queda de contágios por consumo de drogas e transfusões realizadas de forma inadequada (principal causa do aumento do vírus nos anos 1980 e 1990).

O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, ressaltou em entrevista à "Xinhua" que a China apresentou bons progressos na redução dos casos de Aids entre o grupo dos consumidores de drogas, e que é nessa área que a comunidade internacional pode prestar maior colaboração.

Já os especialistas locais afirmam que o país pode ajudar com as pesquisas que faz para usar a milenar medicina tradicional chinesa no tratamento de pacientes.

Com esse objetivo, foi criado em 2004 um Centro de Tratamento e Prevenção da Aids com medicina tradicional chinesa, que tratou 17 mil pacientes e também realizou programas na África Ocidental, uma das regiões do mundo mais castigadas pela doença.

- A medicina tradicional chinesa teve um papel muito importante em aliviar sintomas (da Aids) como febre, fadiga, tosse e perda de apetite - afirmou o subdiretor do centro, Wang Jian, que defende que o desenvolvimento das células infectadas nos pacientes tratados é mais lento.

Verbas paradas em Pernambuco

Estão parados cerca de R$ 8 milhões em verbas do Ministério da Saúde que deveriam ser utilizados em ações de prevenção e controle do HIV/Aids em Pernambuco, segundo a ONG Gestos (Soropositividade, Comunicação e Gênero). De acordo a ONG, o Estado é o que possui, proporcionalmente, maior incidência da doença no Nordeste, com 18 mil casos.

A Coordenadora de Políticas Estratégicas da Gestos, Alessandra Nilo, diz que apenas 63,76% dos R$ 37,5 milhões, repassados à Pernambuco desde o início do Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS foram utilizados. A taxa é a menor do Nordeste, em Alagoas, por exemplo, 99,88% dessa verba foi movimentada. A denúncia se baseia em informações disponíveis no próprio site do Ministério da Saúde.

- Essa situação é um absurdo. Os recursos destinados à prevenção no país caíram em torno de 50% em relação ao que se utiliza para o tratamento da doença. Mas a questão que mais preocupa, é que hoje em dia, os Estados e municípios recebem recursos e não utilizam, o que mostra que a AIDS saiu do patamar de prioridades do Governo - afirmou a coordenadora da ONG.

Para o coordenador do programa estadual DST/Aids, François Figueiroa, a “burocracia” para o uso do dinheiro público é o principal motivo para explicar o dinheiro acumulado nos cofres do Estado.

Segundo ele, atualmente há 17 projetos voltados para prevenção, assistência jurídica e tratamento do HIV/Aids em Pernambuco.

- Esses números são apenas uma fotografia do momento, o que não significa que ele esteja parado, mas sim em processo de uso - garantiu Figueiroa.

No Brasil, R$ 140,3 milhões repassados até agosto desse ano pelo Ministério da Saúde para os Planos de Ações e Metas estão parados nas contas dos Fundos Estaduais e Municipais do país.

Brasil apresenta bons resultados na luta contra a Aids

Hoje, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra Aids. No Brasil, cerca de 600 mil pessoas estão infectadas com o vírus HIV, mas nem todos desenvolveram a doença. Em média, a pessoa infectada demora entre oito e 10 anos para começar a desenvolver os sintomas da Aids.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento antirretroviral gratuito, atendendo hoje cerca de 97% dos brasileiros diagnosticados como portadores do vírus e da doença, e, segundo o Ministério da Saúde, a epidemia tem se mantido estável nos últimos anos. Os dados são positivos, já que no caso da infecção vertical (de mãe para filho), por exemplo, houve uma diminuição de 41% nos casos de 1998 a 2010.

Nesse ano, o Brasil passou a integrar a Rede Global HIV Drug Resistance Network (HIVResnet), da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a certificação do Laboratório de AIDS e Imunologia Molecular do Instituto Oswaldo Cruz. Com isso, o país passa a ser considerado Centro de Referência em Resistência à Aids, sendo o primeiro país da América do Sul e o segundo da América Latina credenciado na Rede.

Cresce contágio entre homossexuais e mulheres jovens

A prevalência da Aids no Brasil se mantém estável, mas o aumento dos casos em grupos específicos, como o de jovens homossexuais e de mulheres de 13 a 19 anos, é motivo de preocupação, como mostram os dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde. Essas populações são o foco da campanha que o governo lança no dia 1º, Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

O levantamento mostra que há 630 mil pessoas com Aids no país - o que equivale a cerca de 0,6% da população. Entre 2009 e 2010, o número de casos novos notificados teve leve redução, de 18.8/100 mil habitantes para 17,9/100 mil habitantes. Outra boa notícia é a redução da taxa de mortalidade: em 12 anos, a taxa de incidência baixou de 7,6 para 6,3 a cada 100 mil pessoas, uma queda de 17%.


Gays e garotas

Para alguns grupos específicos, no entanto, a incidência aumentou. Entre jovens homossexuais, passou de 24,3 casos por 100 mil habitantes para 26,9.

A prevalência da doença entre os jovens gays de 18 a 24 anos, hoje, é de 4,3%. Segundo a pesquisa, a chance de um rapaz homossexual estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior em relação aos jovens em geral.

O aumento dos casos em garotas de 13 a 19 anos é outro ponto que preocupa o Ministério da Saúde. Esse grupo foi o único no qual as mulheres ultrapassaram os homens no ano passado (2,9 casos contra 2,5 por 100 mil habitantes).

- O maior aumento (em termos de vulnerabilidade) foi entre jovens gays, jovens travestis e mulheres de 13 a 19 anos; isso chama muito a atenção - destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A tendência do crescimento da doença entre o público jovem é mundial. Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, divulgado na última segunda-feira (21), mostra que, apenas em 2010, houve mais de 7.000 novas infecções por dia em todo o mundo, dos quais 34% entre jovens de 15 a 24 anos.


Homens e mulheres

A pesquisa mostrou, ainda, que a diferença entre homens e mulheres infectados é cada vez menor. Em 1989, eram seis homens para cada mulher infectada. Em 2010, a razão é de 1,7 homem para cada mulher.

Na faixa etária acima de 50 anos, a taxa de incidência de Aids em mulheres aumentou quase 76% entre 1998 e 2010 (de 5,8 por 100 mil habitantes para 10,2). Nos homens dessa faixa etária, passou de 14,5 casos por 100 mil habitantes para 18,8 no mesmo período.

Queda em transmissão de mãe para filho

Um dos resultados apontados como consequência de campanhas foi a diminuição da transmissão vertical – quando a mãe infectada passa o vírus para o bebê. Houve uma queda de mais de 40% entre 1998 a 2010, segundo o Ministério.

- O acesso das mulheres ao diagnóstico no pré-natal foi fundamental - afirmou o coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer.


Relatório aponta que sexo sem proteção entre homens pode reativar epidemia

O sexo sem proteção entre homens e a falta de programas nacionais de prevenção e tratamentos dirigidos estão reativando a epidemia de Aids na América Latina, onde atualmente há 1,5 milhão de infectados com o vírus HIV.

A afirmação aparece na conclusão do relatório sobre a resposta global ao HIV/aids elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o órgão das Nações Unidas para a Aids (Unaids), apresentado nesta quarta-feira em Genebra.

Contrariando uma tendência mundial, que registrou queda de 15% de portadores do HIV nos últimos cinco anos, a América Latina registrou considerável aumento. O número total de portadores passou de 1,3 milhão, em 2001, para 1,5 milhão, em 2010.

Ver em tamanho maiorAções do Dia de Luta Contra a Aids no mundoFoto 13 de 38 - Laço vermelho é colocado em frente à Casa Branca em Washington, nos Estados Unidos, em apoio ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids. No país cerca de 3/4 dos americanos tem o vírus da Aids, mas não tomam os medicamentos, o que aumenta riscos de morte e transmissão da doença Mais Saul Loeb / AFPEsse dado, que aparentemente é negativo, possui outro lado que deve ser exaltado. Além do maior número de contaminados, o relatório evidência aumento de pessoas que receberam tratamento antirretroviral, o que derrubou o número de óbitos em consequência da Aids.

Em 2010, o número de mortes na região foi de 67 mil, quantia inferior aos 83 mil do período entre 2001 e 2003. Neste mesmo período, ocorreu uma queda da incidência do HIV entre os menores de 15 anos: de 47 mil portadores, em 2001, para 42 mil, em 2010.

O relatório mostra ainda queda na taxa de novos infectados, de 6,3 mil anuais para 3,9 mil, e de mortes relacionadas à Aids, que recuou de 4,4 mil para 2,7 mil anuais, entre 2001 e 2010.

Neste contexto de dados positivos, a preocupação da ONU é com a propagação do vírus entre os homens que mantém relações com iguais, grupo em que a prevalência do vírus foi de 10% em nove dos 14 países da região na última década.

As taxas de portadores entre os homens gays chegam a 21% na Bolívia, 19% em regiões como Colômbia e Uruguai, e de 12% em dez cidades do Brasil.


Pelo relatório, os homens gays que fazem sexo sem proteção na América Latina possuem 33% mais possibilidades de contrair o HIV que a média da população masculina.

O problema de contágio não é restrito aos gays, destaca o relatório, isso porque muitos destes homens também mantêm relações sexuais com mulheres de maneira habitual.

Os autores do estudo da ONU denunciaram a escassez de programas nacionais que priorizem a prevenção da doença neste grupo social. O Peru é o único país que dedicou mais de 5% de seu investimento à prevenção nesse grupo.

Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de luta contra o HIV na OMS, assinalou que estes países devem superar o estigma sobre as relações homossexuais com campanhas contra a homofobia, uma medida que já apresentou resultados positivos no México, Brasil e Argentina.

Hirnschall declarou que esse estigma recai sobre os transexuais, um coletivo pouco informado em relação à incidência do HIV. O relatório cita um estudo feito em 13 cidades da Argentina, que revelou taxas alarmantes de incidência do HIV entre os transexuais, já que 34% deste grupo que se prostituem são portadores do vírus.

 
Galera vamos pensar que a AIDS é uma doença séria e que SEMPRE devemos usar camisinha nas relações sexuais. Lembre-se que alguns minutos de prazer sem proteção pode gerar o resto da vida de cuidados e medicamentos diários. USEM CAMISINHA SEMPRE.

Dia Mundial contra a AIDS