A contadora Claire Thibout, que trabalhou para Patrice de Maistre, gestor da fortuna de Liliane Bettencourt, herdeira do grupo L’Oréal, voltou atrás em alguns pontos de suas declarações sobre contribuições da empresária para um suposto caixa 2 de campanha do presidente da França, Nicolas Sarkozy.
Thibout, de acordo com o jornal parisiense Le Monde, retirou a declaração de que as transferências de 50 mil euros para representantes do partido União por um Movimento Popular (UMP), o mesmo de Sarkozy, eram feitas com uma periodicidade mensal. Ela disse que se referia um episódio em particular, o mesmo que uma investigação francesa apontou existir.
Em pânico, Thibout se refugiou na casa de familiares no sul da França, informou o Monde. Ela também acusou o primeiro veículo a que deu entrevista, o Mediapart, de “fantasiar” sobre as acusações.
O Mediapart nega tais fantasias e divulgou que as declarações foram gravadas e Thibout fez as acusações em duas ocasiões, com uma outra testemunha além do repórter que a entrevistou.
Ela também negou ter dito que lhe disseram que o dinheiro envolvido iria especificamente para a campanha de Sarkozy.
As declarações da contadora levantaram suspeitas de que o atual presidente tenha sido eleito com a ajuda de práticas irregulares em sua campanha. Por outro lado, a herdeira da L’Óréal teria cedido as quantias para fugir da malha fina francesa.
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