Os hackers que atacaram o Google no final do ano passado tiveram acesso ao sistema que controla as senhas dos serviços online da empresa. O programa guardado a sete chaves é considerado uma "joia da coroa" no Google, segundo o New York Times, pois permite que usuários e funcionários utilizem uma única senha para operar diversos serviços, como o Gmail, Picasa, YouTube, Blogger, Orkut e outros que o Google vende para empresas, governos e instituições de ensino.
O sistema de senhas roubado se chama "Gaia", em homenagem a deusa grega da Terra. O Google garante que os invasores não tiveram acesso a nenhuma informação pessoal de usuários do Gmail e que a segurança foi reforçada assim que a invasão foi descoberta.
No entanto, o roubo dá aos invasores a possibilidade de descobrir fragilidades das quais o Google talvez não tenha conhecimento, afirmou o jornal, citando especialistas independentes na área de informática.
O ciberataque começou com uma mensagem instantânea enviada para um funcionário do Google na China através do MSN, informa a fonte do New York Times. Ao clicar num link, ele foi direcionado a um site infectado, que acabou abrindo o acesso ao seu computador e dali para máquinas de desenvolvedores de software da empresa na Califórnia.
O Google revelou a invasão em 12 de janeiro, afirmando ter detectado "um ataque altamente sofisticado e com alvo em nossa estrutura corporativa, originário da China, que resultou no roubo de propriedade intelectual do Google".
A invasão gerou uma disputa política entre a China e o Google , que acabou fechando sua ferramenta de buscas no país no início de abril. Sem entrar em detalhes, o Google admitiu que teve propriedade intelectual roubada durante os ataques. Pelo menos outras 20 empresas também foram vítimas de invasão.
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