O financiamento no cartão de crédito, o tipo mais caro do mercado, cresceu mais de 50% nos últimos doze meses entre os consumidores brasileiros. Muitas pessoas, entretanto, estão caindo no chamado crédito rotativo, principalmente os novos usuários de cartão.
A gerente do Pacet (Posto Avançado de Conciliação Extraprocessual do Trabalhador), Roseli Maria Saccardo, faz um alerta para os riscos do financiamento.
- A grande maioria não tem a consciência de que pagando o [valor] mínimo, o [saldo a pagar] que sobrou vai ter juros em cima daquilo que ela comprou depois.
Hoje, há mais de 130 milhões de cartões nas mãos dos consumidores dos mais diversos níveis de renda. Nas classes D e E, um terço dos brasileiros já tem cartão de crédito e, esses, talvez pela falta de hábito, acabam caindo com mais facilidade no crédito rotativo.
De acordo com dados divulgados pela Fecomércio (Federação do Comércio de São Paulo) em fevereiro, o cartão de crédito lidera o ranking das dívidas dos paulistanos, respondendo por 68% do total. Entre as demais modalidades de financiamento ao consumidor, destacam-se os carnês (31%), o crédito consignado (10%), o cheque especial (10%) e o financiamento de veículos (10%).
A pesquisa mostra que 45% dos endividados têm pagamentos atrasados há mais de 90 dias. Outros 53% têm contas em atraso por um período de até três meses. O tempo médio em dias de atraso é de 64 dias.
Mais da metade das famílias endividadas asseguram ter entre 11% e 50% da sua renda comprometida com dívidas em fevereiro, ante 63% verificados em janeiro.
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