A Justiça aceitou a denúncia (acusação formal) do Ministério Público contra Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, o Cadu, por duplo homicídio duplamente qualificado, contra o cartunista Glauco e seu filho Raoni. O crime ocorreu na madrugada de 12 de março, e o rapaz confessou os crimes.
A denúncia foi apresentada segunda-feira (19) pelo promotor de Justiça do Júri de Osasco (Grande SP), e o juiz José Marcos Silva aceitou a acusação no dia seguinte. Devido ao feriado de ontem, no entanto, o caso foi divulgado somente nesta quinta.
Agora, a Justiça deve marcar depoimentos antes de decidir se Cadu irá a júri pelas mortes. De acordo com informações do TJ (Tribunal de Justiça), ainda não há data marcada para a primeira audiência. O processo está sob segredo de Justiça.
Denúncia
Na denúncia, o promotor diz que Cadu matou Glauco e o filho por motivo torpe e de maneira que não possibilitou a defesa da vítima. O Ministério Público ainda pediu um exame de sanidade mental de Cadu. Se ficar comprovado que Cadu tem problemas mentais, ele não deve ir a júri popular. Não há confirmação, no entanto, se o juiz determinou que Cadu faça o exame.
O estudante Felipe de Oliveira Iasi, 23, que levou Cadu até a casa de Glauco no dia do crime, não foi denunciado por nenhum crime. Segundo o promotor, não há ainda elementos para uma ação contra ele, mas seu caso continua sob investigação.
Caso
Glauco e Raoni foram mortos a tiros na casa do cartunista, em Osasco. Segundo as testemunhas, o suspeito chegou ao local e rendeu, primeiro, a enteada de Glauco, que mora em uma casa no mesmo terreno. Cadu era conhecido da família por já ter frequentado a igreja Céu de Maria, que segue os princípios do Santo Daime e foi fundada por Glauco.
Segundo o relato das testemunhas, Cadu estava transtornado e delirava. Ele estava armado com uma pistola automática e uma faca. Glauco tentou negociar com Nunes e chegou a ser agredido. No meio da discussão, porém, Raoni chegou ao local de carro. Em seguida, Cadu atirou contra pai e filho. Os dois chegaram a ser atendidos no hospital, mas não resistiram e morreram.
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