No que se refere à remoção de conteúdo, o Brasil também é líder, com 291 pedidos. Depois aparecem Alemanha (188), Índia (142) e Estados Unidos (123). O levantamento não leva em conta os dados sobre a China, país que aplica forte censura sobre o conteúdo da internet e que inclusive motivou o Google a produzir a ferramenta. No mês passado, a empresa decidiu deixar de filtrar os resultados que aparecem quando alguém faz buscas em seu site no país e redirecionou as pesquisas para os servidores de Hong Kong.
Félix Ximenes, diretor de comunicação do Google no Brasil, diz que a China não foi incluída porque o conteúdo era totalmente filtrado, sem que houvesse pedidos específicos do governo, o que impede a contagem. Ximenes diz que o objetivo é "aumentar a transparência sobre o fornecimento de dados para os governos".
Ele diz que, entre os motivos para o Brasil liderar a lista, está o fato de a empresa ter serviços populares no país, como o Orkut, em que o conteúdo é produzido pelos próprios internautas, e não pela empresa, o que aumenta o risco de crimes, por exemplo. Com isso, a companhia é acionada pela Justiça para remover o conteúdo e revelar a identidade do infrator.
O executivo do Google preferiu não dizer diretamente se o alto volume de pedidos de remoção é bom ou ruim para a presença da empresa no Brasil.
– Se for um pedido para controlar abusos é bom. Se for para restringir a voz de alguém é ruim.
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