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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Miguel Falabella não comemora centésima apresentação de peça

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Na noite desta quinta-feira, 22, após a centésima apresentação da peça “A gaiola das loucas”, Miguel Falabella lamentou bastante emocionado, a morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães.


- Depois dessa tragédia, não ficamos com vontade de comemorar. Estou exausto de tanto chorar e sem o menor clima para festa - afirmou o ator com a voz embargada.

Falabella e Cissa, que são amigos há quinze anos, trabalharam juntos por um longo período no “Vídeo Show”:

- Lembro com muito carinho de Rafael nos bastidores do programa. Ele era bem pequeno e a gente brincava muito, principalmente quando ele se esforçava para dizer que a mãe era a garota que arrebenta o coco mas não arrebenta a sapucaia - relembrou.

Sobre a fatalidade, Miguel ressaltou o ato do motorista que atropelou Rafael, como imprudente e covarde:

- Foi um ato inconsequente de garotos imbecis. Uma brutalidade, um crime estúpido onde os culpados ainda estão impunes. Precisamos educar o nosso país contra esse tipo de tsunami. Esse acontecimento foi sim uma tsunami em nossas vidas.

O ator, que muitas vezes pensou em deixar o Brasil para morar no exterior, disse que ainda prefere acreditar num futuro melhor para a população.

Acompanhada pelo pai e o irmão, Grazi Massafera demonstrou sua indignação com poucas palavras:

- É um momento triste, fiquei sensibilizada.

A atriz relembrou ainda, o caso do menino Wesley, vítima de bala perdida no Rio.

Diogo Vilela, que perdeu a mãe há vinte dias, também estava sensibilizado:

- Tentamos comemorar a vida hoje. Estamos muito tristes com todo esse sofrimento. Faz 20 dias que perdi a minha mãe e o teatro me ajudou muito a ter mais força.

No intervalo do primeiro ato, Zezé Polessa, que esteve no velório de Rafael, comentou o caso:

- Estamos vivendo um momento muito triste e o humor ajuda a aliviar um pouco nessas horas. Todos ficamos mexidos por dentro pois é muito difícil saber que vivemos numa cidade com a polícia agindo dessa maneira. Foi uma tragédia, mas estamos convictos de que a Cissa vai superar. Ela é uma mulher imensa, que cabe em si a dor e a indignação, mas também a ação. Tem muita coisa a se fazer ainda - desabafou Zezé.

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