A babá da menina de 5 anos, que está internada em estado gravíssimo num hospital do Rio com suspeita de maus-tratos, contou à polícia que a criança não tinha nenhum ferimento antes de ser entregue ao pai. Ela foi ouvida nesta sexta-feira (23) na Delegacia de Apoio a Criança e ao Adolecente Vítima (Dcav), no Centro do Rio.
A mãe e o pai da menor trocam acusações sobre o que teria causado as marcas na filha.
A babá trabalhava para a mãe da menina, que mora em São Paulo, e cuidou da criança desde que ela era um bebê. Segundo o delegado Luiz Henrique Marques, ela disse ainda que a menina não teve convulsões e nem aparentava ter problemas neurológicos durante o tempo em que morou com a mãe.
O médico da menina, que foi levado pela mãe à polícia, confirmou as declarações da babá e disse que ficou surpreso com a notícia da internação da criança. O delegado investiga o que causou a marca que a menina tem nas nádegas.
- Estamos ainda trabalhando para esclarecer se a marca é uma queimadura ou escoriação. Também precisamos entender como ela pode ter sido causada - revelou Luiz Henrique Marques.
Pai diz que filha foi entregue com ferimentos
O pai da menina tambem já foi ouvido pela polícia.
- Neste momento estou preocupado com a minha filha. Não é a primeira vez que ela (a mãe) faz esse tipo de acusação - disse o pai na quinta-feira (22), quando esteve na delegacia. Segundo ele, a menina já chegou com os ferimentos.
A mãe nega as acusações.
- Eu entreguei a menina no dia 24 de maio linda. A criança mais adorável do mundo, linda - contou.
Briga na Justiça
Desde o nascimento, os pais brigam na Justiça para ficar com a filha. Em maio, o pai conseguiu a guarda da criança alegando alienação parental, porque a mãe estaria colocando a menina contra ele. A mãe ficou 90 dias proibida de vê-la.
Em depoimento, o pai e a madrasta disseram que ela sofreu quatro convulsões este mês e teria sido levada ao hospital, onde fora medicada e liberada em seguida. No último sábado (17), contou o pai, ao retornar a uma unidade de saúde desacordada, a menina teve alta. Os médicos teriam alegado que ela estava sob o efeito de sedativos.
No dia seguinte, ele a teria levado para outro hospital, de onde ela fora transferida para a clínica em que segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
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