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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Família de Mércia nega envolvimento de advogada com tráfico de drogas

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A família de Mércia Nakashima voltou a negar nesta sexta-feira (23) que a advogada tivesse envolvimento com tráfico de drogas, hipótese cogitada pela defesa do suspeito de sua morte, o advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza. O irmão de Mércia, Marcio Nakashima, prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no início desta tarde.

Márcio foi chamado pelo delegado Antônio de Olim, responsável pelas investigações, para esclarecer como o carro de sua irmã foi apedrejado. Para a defesa de Mizael, o incidente teria sido causado por um suposto envolvimento com tráfico de drogas.

- Se for assim todo mundo no meu condomínio tem envolvimento com traficante. E a Mércia nunca bebeu, nunca fumou, ela tinha um cuidado especial com a alimentação, e até o Mizael disse isso, foi perguntado se era de conhecimento dele e ele falou ‘não, a Mércia não usava droga’.

Segundo ele, o carro de Mércia foi atingido depois de uma briga entre crianças do condomínio e do lado de fora por causa de pipa.

- Começaram a jogar pedras dentro do condomínio, e atingiu não só o carro da Mércia como também outros carros. Não só naquele dia, como antes e depois também - explicou ele, que também esclareceu que o ocorrido foi registrado no livro de ocorrências do condomínio, que mudou algumas regras após o incidente.

Para o irmão de Mércia e para o advogado da família, Alexandre de Sá Domingues, a hipótese lançada pela defesa do suspeito do crime é um “ato de desespero”.
 
- Essa argumentação de trazer suspeitas sobre o comportamento da Mércia, a essa altura, foi uma tentativa muito triste da defesa, sem nenhum fundamento, mas eu já adverti a família, que se prepare - disse Domingues.

Na manhã desta sexta, o dono do chip de celular que a polícia acredita ter sido usado por Mizael para fazer 16 ligações no dia do desaparecimento dela prestou depoimento. Os telefonemas foram para Evandro Bezerra Silva, outro suspeito do crime.

O dono do aparelho, repositor José Waldy da Silva, disse que vendeu o celular para um homem que trabalha na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Zona Oeste de São Paulo. O repositor garantiu que não vê essa pessoa há mais de seis meses. Policiais do DHPP seguiram com José Waldy até o Ceagesp para tentar localizar o comprador.

Para a defesa da família de Mércia, o depoimento do repositor mostra mais uma vez que Mizael está mentindo.

- O Mizael desde o começo vem sendo surpreendido. A cada informação nova, cada prova nova que a polícia consegue contra ele, ele inventa a desculpa que dá na cabeça. Ele diz que comprou em uma loja, já com o registro de outra pessoa, não sabe onde está o celular. É estranho - disse o advogado Domingues.

Telefonemas

Durante depoimento à polícia na terça-feira (20), o delegado pediu que Mizael colocasse em um papel os números de todos os telefones que possuía. Ele escreveu apenas que já havia fornecido essa informação em outros depoimentos.

O delegado, então, apresentou um registro de ligações e afirmou que Mizael usava um celular que não foi informado à polícia. O investigado se explicou, falando que havia comprado um chip em uma loja. O vendedor disse que só havia um chip disponível, já cadastrado em nome de alguém. Foi pelo telefone omitido, segundo a polícia, que Mizael ligou 16 vezes para Evandro no dia em que Mércia desapareceu. Ele negou.

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