- O personagem a morrer nunca mudou. Eu é que menti para o Werner.
Assim, às gargalhadas, o autor Silvio de Abreu confessou ter feito uma pegadinha com Werner Schünemann ao ter dito ao ator que Saulo não morreria em “Passione”. A revelação foi feita numa entrevista coletiva, na manhã de ontem, em São Paulo, dois dias após o assassinato do personagem.
- Se eu contasse, podia perder o suspense. Quando mandei o capítulo da morte para ele, Werner disse: “Você falou que eu não ia morrer”. Eu respondi: “Eu me enganei”. Eu costumo omitir, mas, dessa vez, eu menti mesmo - revela o autor, que estava acompanhado do “assassinado” e da diretora Denise Saraceni.
Werner também falou sobre o suspense:
- Recebi uma ligação. Quando atendi, uma voz me disse: “Você está com muita raiva de mim?”. Sabia que era o Silvio. Mas gostei de ele ter mantido segredo, porque corria o risco de eu entregar num olhar, num gesto, numa entonação de uma frase...
Silvio jurou que a morte de Saulo já estava na sinopse e que mandou um capítulo falso com o fim de Diana (Carolina Dieckmann) de propósito.
- Só mandei a Diana para fazer confusão, sabia que ia vazar. E quis mesmo gravar cinco mortes para chamar maior atenção para novela, o que conseguimos. Mesmo no meio do feriado, batemos o recorde (41 pontos no ibope) - comemora o autor, que deixa claro que a cena da morte de Saulo exibida no “Fantástico” foi para enganar.
Quem explica é a diretora:
- A ideia foi minha. Não achei justo o público ver na novela um repeteco do que assistiu no domingo. Avisei ao Silvio que ia fazer alguma coisa para preservar o impacto da morte. Assim, foram gravadas duas cenas, uma falsa e outra verdadeira.
O autor diz que ainda não sabe se revela antes do último capítulo quem é o grande criminoso de “Passione”.
- A princípio seria no final, mas não estou certo disso. Trabalho com a intuição. Vou levando, se não aguentar, revelo antes - diz ele, que não dá nenhuma pista sobre o assassino: - Só digo que todo mundo é culpado e que a morte do Saulo tem relação com a do Eugênio (Mauro Mendonça). Aos poucos, vou limpando a área até ficarem apenas quatro ou cinco possíveis assassinos.
Certo mesmo é que, em breve, haverá mais uma morte.
- O próximo assassinato não tem a ver com a história policial. Está ligado a uma trama melodramática. Mas já adianto que não será Danilo (Cauã Reymond) a morrer. E não vai demorar a acontecer. Daqui a três semanas vai ao ar, e, inclusive, será mostrado o executor. Mas serão apenas três mortes para esta novela. E aviso que na mesma época será revelada também a identidade do pai da Fátima (Bianca Bin).
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