O delegado Antonio de Olim, responsável pelo inquérito que apura a morte de Mércia Nakashima, afirmou que até quarta-feira (14) o principal suspeito do crime, Mizael Bispo de Souza, será indiciado por homicídio qualificado. Ele também terá a prisão preventiva pedida. Mizael, que é ex-namorado da vítima e já teve a prisão temporária decretada, está foragido.
Em entrevista nesta segunda (12) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, no Centro de São Paulo, Olim e o diretor do DHPP, Marco Antônio Desgualdo, afirmaram ter certeza da culpa de Mizael. E, assim que o prenderem, farão uma acareação entre o ex de Mércia e o vigia Evandro Bezerra Silva, preso suspeito de envolvimento no crime.
- Ele (Mizael) vai ser indiciado. O crime é substancioso, foi bárbaro e impossibilitou a defesa da vítima - disse Desgualdo.
Olim revelou que na manhã desta terça (13) pretende colocar frente a frente Evandro Bezerra Silva e um homem que já foi ouvido pela polícia e era conhecido do vigia. De acordo com o delegado, o vigia pediu dinheiro a ele. Olim, no entanto, não deu detalhes dessa relação entre os dois.
Segundo as investigações, a advogada foi assassinada no dia 23 de maio e o corpo dela foi jogado em uma represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. Mércia foi encontrada no dia 11 de junho, um dia depois de os bombeiros retirarem do fundo da represa o carro dela. Para a polícia, a motivação do crime foi ciúme.
Ligações
Em depoimento, o vigia contou que apenas foi buscar de carro Mizael na represa de Nazaré Paulista e não participou diretamente do crime. No entanto, para a polícia, a participação de Silva é certa. “Não tem como negar. A casa caiu, como se diz no jargão. Ele sabia que a Mércia ia ser morta porque o Mizael disse que a mataria”, afirmou Desgualdo.
Segundo ele, o rastreamento das ligações que revelariam os horários das conversas entre Silva e Mizael no dia do crime funciona como “prova objetiva”e “não há dúvidas” de que os dois têm envolvimento na morte da advogada.
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