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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Taxista é preso por vender drogas

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A Polícia Civil do Rio divulgou, nesta sexta-feira (14), uma gravação telefônica autorizada pela Justiça que revela uma conversa entre o taxista Sandro Teixeira, de 38 anos, suspeito de vender drogas, e um cliente. Ele foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (13), em Copacabana, na Zona Sul da cidade.

O objetivo do motorista não era pegar passageiros. O trabalho dele era outro: vender drogas. De acordo com a 14ª DP (Leblon), ele é suspeito de levar drogas na casa dos clientes, uma espécie de “disque-drogas” para usuários da Zona Sul. O homem era investigado há dois meses.

Os investigadores só conseguiram chegar a Sandro porque uma família resolveu denunciar. Cansados de ver o filho consumindo a droga vendida pelo traficante, eles resolveram dar um basta e chamaram os agentes. A polícia ainda procura outros envolvidos do no esquema de venda de drogas.

A gravação mostra que os pedidos eram frequentes:

Cliente: “Tu chega aqui no Humaitá, cara?”

Taxista: “O que você queria?”

Cliente: “Quero o de 50 (cocaína). Onde você está?”

Taxista: “’Tô’ em Copa (Copacabana).”

Cliente: “Sabe a Pompeu Loureiro?”

Taxista: “Sei, sei.”

Cliente: “Dá pra trazer um de 25 (cocaína) pra mim, que eu te pago aqui?”

Na noite de quinta-feira (13), os policiais seguiram Sandro mais uma vez. As ligações não param e ele negocia, enquanto dirige:

Cliente: “Sandro?”

Taxista: “O que é que manda?”

Cliente: “’Tô’ aqui em Ipanema. Queria saber se você consegue da verdinha (maconha) pra mim?”

Taxista: “Hoje não.”

Suspeito não reagiu à prisão

Os agentes esperaram o momento certo para agir. O motorista foi preso quando chegava em Copacabana, em frente à casa de mais um comprador. De acordo com a polícia, Sandro não reagiu à prisão. Ele e o cliente foram levados para a delegacia. O comprador foi autuado por estar com a droga.

Segundo o delegado Fernando Veloso, o suspeito vendia drogas desarmado. Ele será indiciado por tráfico de drogas. Em depoimento, de acordo com a polícia, ele admitiu o crime e pode pegar mais de dez anos de prisão.

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