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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Criança que sobreviveu a desastre aéreo pode ter alta amanhã

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A criança holandesa que é a única sobrevivente da queda de avião na Líbia da última quarta-feira (12) pode deixar o hospital e seguir para a sua casa neste sábado (15).

Ruben Van Assouw, de nove anos de idade, estava preso em sua poltrona quando foi encontrado pelas equipes de resgate. Ele foi localizado em um deserto de areia com destroços do avião espalhados pela região.

- Eu não sei como cheguei lá - disse Ruben de seu leito no hospital em uma entrevista feita por telefone ao jornal holandês "De Telegraaf". - Eu quero tomar um banho, me vestir e ir embora - disse.

A entrevista fez com que o ministério do Exterior holandês exigisse maior segurança no hospital para preservar a privacidade do garoto. O jornal disse que um médico entregou seu telefone celular ao garoto para que ele fosse entrevistado por um repórter.

Um dos médicos que tratam de Ruben disse que a sua situação é estável e ele pode voltar para casa no sábado.

- A situação é estável - disse o médico orotpedista Sadig Bendala. - Ele está ok e não está piorando. O garoto está melhorando progressivamente - disse.

O menino Ruben, natural de Tilburg (sul da Holanda), voltava de um safári na África do Sul com o irmão Enzo, de 11 anos, a mãe Trudy, 41, e o pai Patrick, 40, todos mortos na tragédia. Ruben quebrou as duas pernas.

Piloto não apontou problemas técnicos antes de acidente

O piloto do avião da Al Afriqiyah que caiu na quarta-feira perto de Trípoli, com um saldo de 103 mortos e um sobrevivente, não assinalou nenhum problema técnico na aeronave antes do acidente, informou nesta sexta-feira o presidente da comissão investigadora, Neji Dhau.

- O piloto não assinalou problema algum. Até o último momento, as coisas transcorreram normalmente entre o piloto e a torre de controle - declarou Dhau.

- O que posso confirmar no momento é que o avião se chocou no chão antes de chegar à pista -acrescentou. Dhau também afirmou que os investigadores não descartam nenhuma hipótese no momento.

Segundo as convenções internacionais, a Líbia deve coordenar a investigação, na qual também participa a França o país construtor da aeronave comprada pela companhia líbia Al Afriqiyah.

A comissão investigadora está integrada principalmente por dois especialistas franceses do Birô de Investigações e Análises (BEA, um organismo francês), cinco funcionários do construtor aeronáutico Airbus, assim como investigadores líbios, sul-africanos e observadores holandeses.

Nesta sexta se unirão a esta comissão especialistas americanos do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB), já que o motor e o sistema de navegação do avião acidentado são de fabricação americana.

Por outro lado, a companhia aérea anunciou que a bordo do avião se encontravam 67 holandeses, 13 sul-africanos e 13 líbios, incluindo 11 tripulantes.

O Airbus A330 procedente de Johannesburgo também transportava quatro belgas, dois austríacos, um alemão, um britânico, uma francesa e um zimbabuano, segundo comunicado da empresa publicado em seu site.

A nacionalidade de um dos passageiros ainda não foi determinada.

"A Al Afriqiyah expressa sua gratidão a todos os que transmitiram suas condolências às vítimas e agradece ao pessoal do aeroporto que participou na busca das vítimas", concluiu o comunicado.

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