MENU

quinta-feira, 10 de março de 2011

Polícia descarta envolvimento de parentes no assassinato da menina Lavínia

with 0 comentários
Após ouvir os depoimentos de parentes da menina Lavínia Azeredo, de 6 anos, que foi encontrada morta num hotel em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o delegado Luciano Zahar, da 60ª DP (Campos Elíseos) descartou, na noite desta quarta-feira (9), o envolvimento da família no crime. Segundo ele, a fase de inquérito já está praticamente concluída, faltando apenas juntar as provas.

- O caso está praticamente esclarecido, só faltam dados técnicos para acrescentar. Definitivamente está descartada a participação de outras pessoas no crime. Não resta a menor sombra de dúvida que Luciene (suspeita no crime) conhecia a casa e, por ser uma pessoa que tinha envolvimento com a família, conseguiu tirar a Lavínia de casa - afirmou Zahar.

De acordo com a polícia, Luciene Reis, amante do pai da menina, confessou ter matado a menina, após o sumiço da criança no dia 28 de fevereiro. A provável causa da morte foi asfixia, já que a menina foi encontrada com o cadarço do tênis enroscado no pescoço, debaixo do colchão do quarto do hotel. Para o delegado, Luciene premeditou o crime e fez tudo sozinha.

Os depoimentos começaram por volta das 14h e terminaram por volta das 22h. Os inspetores pretendiam esclarecer como a criança foi retirada de casa. A família da Lavínia mora no mesmo terreno de outros 10 parentes. Para alcançar o quarto da menina seria necessário passar pela garagem e subir dois lances de escada.

A polícia ouviu o pai de Lavínia, Rony dos Santos Oliveira, a mãe Andréia Azeredo, o avô Adão do Carmo de Oliveira e a tia Roselaine Oliveira.

- A nossa grande preocupação eram as acusações contra a família. Nós estávamos preocupados se iriam prejudicar algum integrante da família. Hoje tudo veio à tona e matou qualquer suspeita - disse Ângelo Máximo, advogado da família.

Reconstituição

O delegado também descartou a informação de que Andréia teria entregado Lavínia a Luciene. Segundo ele, o pai da menina, Rony, afirmou que dormiu com a mulher e que não havia possibilidade dela ter saído da cama. A Polícia Civil pretende fazer uma reconstituição do crime após juntar todas as provas técnicas. Ainda não há previsão de quando será feita esta reconstituição.

Ainda segundo Zahar, uma nova testemunha se apresentou espontaneamente e contou que teria visto Luciene com Lavínia na rua, por volta das 4h30, no dia do crime. A princípio, a polícia suspeitava que o crime teria sido motivado por dinheiro, já que Luciene sabia que Rony tinha R$ 2 mil guardados em casa. No entanto, o delegado acredita que a morte foi provocada por vingança passional.

Homicídio triplamente qualificado

Luciene tinha sido indiciada por sequestro seguido de morte, no entanto, com as investigações, a polícia entendeu que a amante premeditou a morte da criança, por isso, ela vai responder por homicídio triplamente qualificado e pode pegar mais de 30 anos de prisão. Para alcançar o quarto da menina seria necessário passar pela garagem e subir dois lances de escada.

A polícia deve receber nesta quinta-feira (10) os laudos de perícias feitas no local do crime e na casa da menina. Antes do depoimento, a tia de Lavínia afirmou não ter ouvido nada no dia em que a menina foi levada de casa por Luciene. Roselaine disse ainda não entender a razão de ter sido chamada para depor na delegacia.

0 comentários:

Postar um comentário