Três laboratórios russos anunciaram nesta segunda-feira que uniram esforços para desenvolver a vacina mais efetiva até o momento contra o vírus da Aids (HIV), que já provou sua inocuidade em seres humanos, informou um dos pesquisadores.
- Com uma modesta efetividade de 30%, a vacina pode salvar um milhão de vidas ao ano - afirmou o responsável do Departamento de Aids do Instituto de Imunologia da Rússia, Igor Sidorovich.
Os especialistas consideram que a efetividade da nova vacina, elaborada com fundos estatais, será de 30% se o paciente receber seis doses anuais.
Em 2007, o Governo russo investiu 23,5 milhões de euros na pesquisa de vacinas contra o HIV e os responsáveis do projeto prevêm mais uma leva de investimentos antes de fim de ano, explicou Yevgeny Stavsky, chefe do centro Vector, de Novosibirsk, que participa do desenvolvimento da vacina.
- Vamos começar agora a fase principal e mais cara do processo - disse Stavsky, que acrescentou que o trabalho conjunto dos três laboratórios acelerará a pesquisa, simplificando o processo.
Até o momento, cada um dos participantes desenvolvia sua vacina em seus respectivos centros em Moscou, São Petersburgo e Novosibirsk.
Por volta de 500 portadores do HIV foram selecionados para participar dos testes de laboratório da vacina, que já demonstrou sua inocuidade em humanos.
Sidorovich ressaltou que, até o momento, só uma vacina contra o HIV desenvolvida nos Estados Unidos e provada na Tailândia demonstrou sua efetividade relativa.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 33 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV no mundo todo, das quais metade tem entre 15 e 24 anos.
Além disso, acredita-se que o número de portadores de HIV aumenta em 2,7 milhões a cada ano.
Na Rússia, o número de pessoas infectadas com o HIV cresce 10% cada ano e supera atualmente meio milhão.
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