Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo não tem condições de arcar com gastos relativos à saúde, e cerca de 100 milhões caem na pobreza todos os anos por causa desse tipo de gasto, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta segunda-feira.
Em relatório sobre a questão do atendimento médico, a agência das Nações Unidas para o setor da saúde afirmou que todos os países - ricos ou pobres - poderiam se empenhar mais na tarefa de oferecer atendimento universal.
O texto propõe que os governos melhorem a eficiência dos seus sistemas de saúde e usem novos impostos e medidas inovadoras de arrecadação para financiar isso.
A Índia, por exemplo, poderia arrecadar US$ 370 milhões por ano se impusesse uma taxa de 0,005 % sobre transações cambiais.
O Gabão, no ano passado, obteve US$ 30 milhões para a saúde com a adoção de um imposto de 1,5 % sobre empresas que fazem remessas financeiras, e 10% sobre operadores de telefonia celular.
Segundo a OMS, 20% a 40 % dos gastos com saúde acabam sendo desperdiçados - na compra de medicamentos caros e desnecessários, ou pela ineficiência hospitalar, por exemplo.
O estudo acrescenta que metade de todos os remédios no mundo são prescritos, distribuídos ou vendidos inadequadamente, e que metade dos pacientes não tomam os remédios conforme a receita.
O melhor uso dos medicamentos poderia representar uma economia de até 5 % nos gastos nacionais com saúde, diz a OMS.
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