A polícia de Minas Gerais chegou, nesta quarta-feira (7), a uma casa na cidade de Vespasiano (MG), onde estaria o corpo de Eliza Samudio. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, as equipes chegaram ao local orientadas pelo menor que prestou depoimento, na terça-feira (6), no Rio de Janeiro. Ele foi levado para Minas Gerais e acompanha os agentes.
A rua foi isolada e os policiais aguardam um mandado de busca para entrar no imóvel. Curiosos começam a se aglomerar perto da barreira policial.
Segundo os vizinhos, a casa pertence a um ex-policial afastado por mau comportamento, que tem três filhos. Os moradores da região dizem que o imóvel abriga cães bravos. No portão, há uma placa de alerta sobre os cachorros.
A casa fica perto da lagoa onde bombeiros realizaram buscas no início desta semana. A polícia havia recebido uma denúncia de que o corpo de Eliza foi jogado na lagoa.
Eliza Samudio está desaparecida há quase um mês. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, no ano passado, e brigava, na Justiça, pelo reconhecimento da paternidade do filho de 4 meses, que seria do jogador. O atleta é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza.
Nesta quarta, a Justiça do Rio decretou a prisão de Bruno e de um amigo dele, Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão. Em referência ao mesmo caso, a Justiça de Minas Gerais expediu sete mandados de prisão e um mandado de internação provisória. O nome de Macarrão está nesta lista. Cinco pessoas foram presas. Bruno e Macarrão são considerados foragidos, segundo a polícia.
Um dos advogados do atleta, Michel Assef Filho, já afirmou que vai entrar com pedido de habeas corpus.
Além de Macarrão, o advogado Firpe representa Dayane Souza, mulher de Bruno, e outras duas pessoas que foram alvos de mandados de prisão. Dayane foi presa em casa, em Belo Horizonte.
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o desaparecimento de Eliza Samudio, que teve um relacionamento com o goleiro Bruno no ano passado e tentava provar, na Justiça, que deu à luz um filho do jogador. Ela sumiu no início de junho.
Depoimento no Rio
As prisões foram decretadas depois do depoimento de um menor, no Rio de Janeiro. De acordo com um inspetor da Divisão de Homicídios, o adolescente confirmou que a jovem está morta. Ele, no entanto, não teria dito como isso aconteceu.
No mesmo depoimento, o menor teria dito que participou do sequestro de Eliza. Segundo a polícia, o menor disse que entrou em um carro, com Macarrão, e acabou agredindo Eliza com uma coronhada na cabeça. A arma usada na agressão seria uma pistola e pertenceria a Macarrão. Os dois teriam levado a jovem para Minas Gerais. Firpe negou envolvimento de Macarrão.
Duas delegadas de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Alessandra Wilke e Ana Maria Santos, estão no Rio acompanhando as buscas pelos foragidos.
0 comentários:
Postar um comentário