O goleiro Bruno, do Flamengo, e o amigo e funcionário Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, se entregaram por volta das 17h desta quarta-feira, na sede da Polinter, no Andaraí, Zona Norte do Rio.
Ele chegaram acompanhados do advogado Michel Assef Filho, do chefe do Setor de Investigações da Polinter, Ricardo Wilke, e da delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem, responsável pelo inquérito do desaparecimento de Eliza Samudio, 25 anos, com quem o goleiro teria um bebê de quatro meses.
O jogador e o amigo vão fazer exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML) e em seguida serão levados para a Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que investiga o caso. De acordo com o delegado, Felipe Ettore, Bruno é o mandante do sequestro de Eliza. "Só o avanço das investigações vão dizer se o sequestro foi para matar a jovem", disse.
Segundo o delegado, Eliza foi levada para Minas Gerais, onde foi estrangulada e morta. "A vítima foi arrebatada e teve sua liberdade cerceada. Bruno se aproveitou disso", finalizou.
Na madrugada desta quarta-feira, a Justiça acatou o pedido de prisão temporária de cinco dias expedido contra o jogador.
Sangue encontrado no carro é de Eliza
O sangue encontrado no carro de Bruno é mesmo da estudante Eliza, segundo informou uma fonte do Instituto de Criminalística (IC) de Minas Gerais, nesta quarta-feira.
Ainda nesta manhã, Sônia de Fátima Moura, mãe da jovem, realizou a coleta de amostras de DNA no IC em Belo Horizonte, para comparar o código genético dela com o extraído de manchas de sangue encontradas no carro do goleiro.
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá.
A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade.
O bebê foi entregue ao avô materno. O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
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