Depois de Lady Di, em “Carandiru” (2003), o ator brasileiro Rodrigo Santoro volta a interpretar outro personagem gay no cinema. No entanto, desta vez, não se trata de uma super-produção nacional, mas, de um filme independente norte-americano bastante ousado. Em “O Golpista do Ano”, de Glenn Ficarra e John Recqua, que chega aos cinemas do Brasil na próxima sexta, o ator faz papel do namorado de Jim Carrey, um policial que abandona mulher, filha e trabalho depois de sofrer um acidente de carro, e decide assumir sua homossexualidade e passa a viver de golpes, o que o leva para cadeia, onde conhece seu grande amor, interpretado por Ewan McGregor.
- Trabalhar com Carrey foi uma experiência extraordinária, literalmente. Além do comediante, conheci um grande ator com um enorme talento e com uma criatividade absolutamente singular - conta o brasileiro em entrevista.
Porém, Santoro explica que no set eles não deram muitas risadas, pois seu personagem participa das cenas mais dramáticas do longa.
- Estávamos sempre concentrados nisso. Mas posso dizer que ele é um camarada muito bem humorado e bastante generoso.
Para conseguir o papel, Santoro nem precisou fazer testes, ele foi convidado pelos produtores do filme, que conheciam o seu trabalho de outras produções brasileiras.
- Eu sei que tinham visto não só ‘Carandiru’, mas também como ‘Bicho de sete cabeças’ e ‘Abril despedaçado’.
Santoro até acredita que a sua preparação para o personagem do filme de Hector Babenco o tenha ajudado na hora de compor esse novo papel.
A primeira exibição de “O Golpista do Ano” aconteceu no Festival de Sundance do ano passado, onde foi exibido fora de competição e muito bem recebido. Desde então, o filme tem passado por diversos festivais, inclusive a Mostra de Cinema de São Paulo, mas só deve estrear nos EUA em julho.
Atualmente, Santoro está rodando seu novo filme, “Heleno”, baseado na vida do jogador de futebol Heleno de Freitas (1920-1959). Além de protagonizar o longa, dirigido por José Henrique Fonseca, o ator também assina como produtor do longa, que ainda não tem data de estreia.
- O que me atraiu para fazer o filme, além das coisas que a razão não explica, foi uma grande história e uma personagem muito interessante vivendo em um Rio de Janeiro dos anos de 1940.
Embora tenha feito bastante preparação com o ex-jogador Claudio Adão para as cenas em que precisa estar com a bola no pé, Santoro ressalta que o filme irá além da imagem de boleiro de Heleno.
-Fiz uma preparação intensa de futebol. Mas o foco do filme é a trajetória de um homem, que também foi um grande jogador de futebol.
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