O Ministério da Saúde registrou do dia 1º de janeiro até o dia 3 de abril, 447.769 casos de dengue em todo o país. O número representa um incremento de 79,85% em relação ao mesmo período de 2009, quando foram notificados 248.970 casos. O balanço foi divulgado na tarde desta segunda-feira (10).
O levantamento indica ainda que 81% das notificações de dengue nas 13 primeiras semanas de 2010 estão concentradas em sete Estados, sendo que seis deles apresentam alta incidência em relação ao total da população. São eles: Acre (3.157,3 casos por 100 mil habitantes), Mato Grosso do Sul (2.507,8 casos/100 mil hab), Rondônia (1.585,1 casos/100 mil hab), Goiás (1.114,9 casos/100 mil hab), Mato Grosso (998,3 casos/100 mil hab) e Minas Gerais (490,5 casos/100 mil hab).
São Paulo também registrou incremento nos casos em relação ao ano passado. O Estado passou de incidência baixa (6,5 casos/100 mil hab) para média, com 152,6 casos/100 mil hab.
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil hab), média (de 100 a 300 casos/100 mil hab) e alta (mais de 300 casos/100 mil hab).
Em números absolutos, os sete Estados que respondem pela maior parte dos casos de dengue notificaram juntos 362.307 casos, do total de 447.769 registrados.
Outro dado que chama a atenção é o fato de que seis municípios concentram 28% dos registros de dengue no país: Goiânia (7,5%), Campo Grande (7,1%), Belo Horizonte (5,2%) Rio Branco (4,1%), Ribeirão Preto (2,6%) e Porto Velho (1,6%). Segundo o estudo, com exceção de Ribeirão Preto e Belo Horizonte, atualmente os demais apresentam tendência de redução de casos.
Casos graves e mortes
Até 3 de abril, foram registrados 2.561 casos graves de dengue (746 casos de febre hemorrágica do vírus e 1.815 casos de dengue com complicações). Segundo o relatório, isso representa uma redução de 30,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 3.695 casos graves de dengue.
Ainda de acordo com o ministério, até o dia 3 de abril deste ano houve queda de 7,8% nas mortes. Este ano foram registradas 117 mortes, enquanto que no ano passado foram 127. Entretanto, as Secretarias Estaduais de Saúde informam que outros 82 óbitos suspeitos de dengue estão sendo investigados laboratorialmente.
O governo atribui a elevação de registros de casos neste ano ao aumento do calor e da chuva em todo o país. Outro fator apontado é a maior circulação do sorotipo viral DEN-1, presente com maior intensidade na década de 90 e que voltou a se disseminar em alguns Estados no final do ano passado. Circulam no país também os sorotipos DEN-2 e DEN-3.
Segundo o Ministério da Saúde, os recursos para ações de controle da dengue e de outras doenças, que têm repasse mensal aos Estados, foram mantidos, e o aporte extra de R$ 128 milhões feito em 2009 foi incorporado ao Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, orçado em R$ 1,02 bilhão para 2010.
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