E veio aquele beijo! Foi depois que Lalo (Ezequiel Castaño), revelação do futebol argentino, teve uma crise de angústia ao imaginar que o temperamento explosivo, o histórico de encrencas e a tumultuada relação com Giselle (Florencia Peña) fariam recair sobre ele a suspeita do assassinato dela.
Pior. Lalo acha que ninguém se importa com sua sorte. O veterano craque da bola "Flaco" Rivero (Cristian Sancho) quis demonstrar que se importa. Muito! Com ingredientes de trama policial movida pela dúvida "Quem matou Giselle?", a novela "Botineras" (marias-chuteira) exibiu o beijo gay que causou "frisson" entre noveleiros argentinos.
Castaño e Sancho, atores héteros e famosos, tornaram-se figurinhas constantes nas capas de revistas e nos programas da tarde na televisão. Desde o início do romance entre os jogadores, a audiência de "Botineras" cresce, conforme medição dada à Folha pelo Ibope.
Com a evidência do interesse do público, o folhetim, que tem apenas dois capítulos gravados de frente em relação ao que está no ar, destacou as cenas de amor de Lalo e "Flaco".
A primeira transa começou com um desvestindo o outro e terminou com a câmera captando do alto a imagem deles nus, abraçados na cama.
- Parti do princípio de que um gay é um homem. Evitei amaneiramentos. Se caíssemos no clichê, a história de amor não seria vista com respeito - diz Sancho, que também é modelo de campanhas de roupa íntima.
Castaño, 28, é um rosto conhecido na TV há 15 anos, desde que começou a atuar em "Chiquititas". "Com Lalo, tenho a oportunidade de mostrar muito do que aprendi como ator ao longo desse tempo."
Nesta altura da trama, "Flaco" vive o conflito de querer amar Lalo sem machucar a linda mulher e os dois filhos.
Não se sabe o fim da história. "Mas acho que 'Flaco' vai hastear cada vez mais essa bandeira emocional de honestidade com seus sentimentos e sua sexualidade", diz Sancho. Ou seja, "Botineras" vai seguir ao ritmo de "bésame mucho más".
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