MENU

domingo, 2 de maio de 2010

Como lidar com parceiros usários de drogas

with 1 comentários
Ninguém está livre de se envolver com um parceiro que traga consigo complicações, manias, vícios e dependências. O envolvimento com drogas, em qualquer grau de relacionamento, é sempre uma questão delicada de se tratar. Quando se descobre que o assunto envolve a pessoa amada, o chão desaba completamente. Diante desse cenário, poucas são as opções se a pessoa não reconhecer que tem um problema e se mostrar disposto a resolver.

Não existe uma fórmula específica para manter um bom relacionamento com pessoas que tenham problemas relacionados ao uso de entorpecentes. Nesses casos, o comportamento de ajuda deve sempre ser estimulado.

- Ajudar um indivíduo dependente não significa minimizar o seu comportamento ou tentar justificar com crenças pessoais. O importante é revelar para o parceiro o quanto você está preocupado com o consumo de substâncias, o quanto isso tem prejudicado o relacionamento e propor a procura de ajuda - diz psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor da Universidade de São Paulo.

Daí em diante, um campo de resoluções se abre. Se ele topar a ajuda e começar a se tratar, a força do parceiro pode ser crucial para o sucesso do tratamento. Se a resposta for negativa, então vale se perguntar: quero me manter na relação? Para responder, além do afeto, é preciso considerar duas hipóteses: aceitar a condição do parceiro, sem impor cobranças, e aguentar as consequências mesmo sabendo dos limites que essa situação traz; ou terminar o relacionamento.

Os dois lados

A advogada Luana*, 28 anos, namorava há um ano e três meses um rapaz que fumava maconha.

- No início do namoro, pensei que com o tempo ele deixaria a droga para ficar comigo, porque eu não gosto e sei que poderia fazer mal para ele. Certa vez, ele até disse que iria parar, mas isso nunca aconteceu. Como aquilo estava fazendo muito mal para mim - cheguei a perder 10 kg nesse período e quase entrei em depressão -, resolvi terminar definitivamente depois de sete rompimentos de pouca duração. Já estamos separados há dois anos. Ele é uma pessoa maravilhosa, mas agora está viciado em diversas drogas.

Na novela “Viver a Vida”, da TV Globo, a personagem Renata (Bárbara Paz), que sofre de anorexia alcoólica (quando a pessoa substitui a comida por álcool) tem sorte com os namorados. Quando namorava o médico Miguel (Mateus Solano), ele a incentivou a fazer terapia. Ela topou, mas entre seus altos e baixos, o namoro acabou. Nos capítulos recentes da trama de Manoel Carlos, Renata começou um romance com Felipe (Rodrigo Hilbert), que não bebe e adora esportes radicais, o que a incentivou a continuar na sua luta contra o problema.
Uma parcela significativa das pessoas que usa drogas vai conseguir destruir a própria vida e fazer bastante mal aos que o cercam.

- O uso de drogas é e continuará sendo uma escolha pessoal. As pessoas têm todo o direito de escolher arruinar a própria vida, mesmo que isso cause danos materiais e emocionais às pessoas que estão em volta. Mas, do mesmo jeito que elas podem escolher se drogar, os outros também podem decidir se querem ou não se relacionar com elas - afirma o psicólogo Amélio da Silva.

1 comentários:

  1. Anônimo disse...

    o que se passa pela cabeça de um drogado?

Postar um comentário