O poço Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, perfurado em conjunto pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras, tem volume de óleo recuperável estimado em 4,5 bilhões de barris, segundo a agência reguladora, que foi responsável pela perfuração do 2-ANP-1-RJS - o nome 'técnico' do poço.
Entre os poços da Petrobras, o volume recuperável - que se espera ser possível obter - de Franco é menor apenas que o de Tupi, em que são estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo. Em Iara, esse volume é estimado entre 3 a 4 bilhões de barris, segundo a estatal.
Com isso, a ANP obteve com apenas uma perfuração quase o volume total previsto para a operação de cessão onerosa (venda) de reservas da União para a Petrobras, que é de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável.
O poço foi perfurado numa área com cerca de 400 quilômetros quadrados e detectou uma coluna com 272 metros de espessura com petróleo. A perfuração está sendo feita a 195 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, sob 2.189 metros de água e comprovou a descoberta de óleo leve com cerca 30 graus API.
"A ANP está estudando a oportunidade de efetuar de imediato os testes de formação a fim de verificar a produtividade do poço 2-ANP-1-RJS", diz a nota enviada pela agência reguladora, que já iniciou a perfuração de um segundo poço, o 2-ANP-2-RJS, no prospecto batizado de Libra, a 32 quilômetros de Franco. A sonda utilizada é o NS-21 Ocean Clipper.
Segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, Franco "parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país".
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