O Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) informou, na manhã desta segunda-feira, que os dados das duas caixas-pretas do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, foram preservados e puderam ser recuperados. Segundo o BEA, após abrir, extrair, limpar e secar os cartões de memória dos registradores de voo, os investigadores foram capazes de baixar os dados, no fim de semana.
Todo o processo foi feito na presença de dois investigadores alemães, um americano, dois britânicos e dois investigadores brasileiros do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), bem como um oficial da polícia judiciária francesa e um perito judicial. As operações foram filmadas e gravadas na íntegra.
O BEA informou ainda que todos esses dados serão agora submetidos a uma análise detalhada. O trabalho vai demorar várias semanas, e um relatório será redigido e divulgado nos próximos meses.
A análise das informações pode explicar as ainda hoje desconhecidas causas do acidente, que matou as 228 pessoas que estavam a bordo.
Na quinta-feira, as duas caixas-pretas chegaram a Paris e foram mostradas pela primeira vez. Os equipamentosforam resgatados no início do mês após ficarem dois anos submersos.
Investigadores disseram que os sensores de velocidade da aeronave, os pitots, que inicialmente foram apontados como uma possível causa do acidente, ainda não foram encontrados. Cerca de 50 corpos foram localizados no local do acidente, disse o promotor público francês Jean Quintard.
Dois corpos foram retirados do local na semana passada, mas os investigadores afirmam que, se não conseguirem retirar amostras de DNA dos cadáveres para identificá-los, abandonarão os planos de resgatar os demais corpos. Na próxima quarta-feira será anunciado se foi possível a identificação dos corpos.
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