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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Em ligação ao governador, Dilma diz que Cabral faz grande trabalho contra o crime

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A presidente eleita, Dilma Rousseff, telefonou nesta quinta-feira (25) ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para prestar solidariedade pelos conflitos no estado. A informação é da assessoria de imprensa do governo de transição.

De acordo com a assessoria, Dilma lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "dando o apoio necessário ao governo do estado" e disse que fará o mesmo quando estiver na Presidência.

A presidente também elogiou a resposta de Cabral à violência dos traficantes. Segundo a assessoria, Dilma disse que o governador "está fazendo um grande trabalho no enfrentamento ao crime organizado".

Nesta quarta-feira, o governador Sérgio Cabral pediu ao Ministério da Defesa – e foi atendido – apoio logístico da Marinha nas ações contra grupos criminosos que, desde domingo, promovem arrastões, ataques a forças de segurança e incêndios em veículos

De acordo com o governo do estado, os ataques são uma reação à política de implantação de Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs), na qual a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos.

Nesta quinta-feira, uma operação da polícia, liderada pelo Bope, usou ao menos 350 homens (200 da Polícia Civil e 150 do Bope), e com o apoio da Marinha, que cedeu nove blindados, ocupou a Vila Cruzeiro. Criminosos fugiram do local a pé.

A operação na Vila Cruzeiro continuará durante a noite desta quinta-feira, segundo a Polícia Militar.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou que a Polícia Federal dará apoio às ações de combate a criminosos na Região Metropolitana do Rio a partir de sexta-feira (26).

- A polícia amanhã terá reforço da Polícia Federal. São ações complexas, mas temos objetivos de onde queremos chegar - disse Beltrame.

Nesta quinta, o Ministério da Defesa informou que, "em tese", pode avaliar um eventual pedido de tropas para ajudar a polícia do Rio de Janeiro a enfrentar a onda de violência na capital fluminense. De acordo com o ministério, até o momento, nenhum pedido foi feito.

Repercussão

Deputados e senadores ouvidos pelo G1 defendem a política de segurança do governador Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro, mas também há os que consideram que os conflitos contra criminosos demonstram a necessidade de se rediscutir a remuneração dos policiais.

Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que vai propor na Comissão de Direitos Humanos da Câmara a criação de uma comissão específica para acompanhar a situação da segurança pública no Rio.

O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) disse considerar "desastrosa" a política de segurança do Rio de Janeiro entre 1983 a 2007. Segundo ele, havia conivência com o comando territorial pelo tráfico e razões de natureza política que implicavam a ausência da ação do estado em áreas do estado.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) defendeu a política do governador Sérgio Cabral e diz ter ouvido dele em conversa telefônica nesta quinta-feira que não haverá recuo na política de retomar áreas controladas pelo tráfico.

- O problema a ser levantado é uma política nacional de fronteiras, que é por onde estão entrando as armas. Não existe chuva de armas nas favelas. As comunidades do Rio são receptoras de armas e drogas que estão entrando e que vêm de fora do país - disse.

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