Um projeto de lei para instaurar o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi apresentado nesta terça-feira no Congresso do Chile por dois senadores da oposição, seguindo uma iniciativa similar aprovada recentemente na Argentina.
- A nós interessa iniciar um caminho (...), o que estamos fazendo é aprofundar a democracia - disse o senador Fulvio Rossi, presidente do opositor Partido Socialista, um dos patrocinadores da iniciativa. - Estamos fazendo com que, no Chile, os direitos humanos que são fundamentais, como o direito a contrair matrimônio, não tenham a ver com condições externas, como a sexual - acrescentou o parlamentar.
A iniciativa também foi patrocinada pelo senador Guido Girardi, do Partido pela Democracia, aliado de socialistas na coalizão opositora de centro-esquerda.
O projeto de lei modifica o atual Código Civil Chileno, que entende o casamento como um "contrato solene entre um homem e uma mulher", e entrou no Parlamento chileno quase um mês depois que uma iniciativa similar foi aprovada na Argentina, onde na semana passada foram celebrados os primeiros casamentos gays, incluindo a união de dois chilenos residentes no país.
A iniciativa já provocou polêmica no Chile, país conservador com enorme influência da Igreja Católica.
O projeto não tem o apoio de toda a oposição e enfrenta divisões dentro do próprio PS, onde o deputado Osvaldo Andrade --que compete com Rossi pela Presidência do partido - avaliou que a sociedade ainda "não está preparada" para se deparar com o tema.
A situação rejeitou o casamento homossexual e se mostrou favorável a apoiar as uniões civis, alinhada com a postura apresentada na campanha presidencial do chefe de Estado, Sebastián Piñera.
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