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terça-feira, 13 de abril de 2010

Casas Bahia e Pão de Açúcar

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Os empresários no dia em que anunciaram a fusão.

O mercado financeiro foi abalado com a notícia de que a família Klein, das Casas Bahia, estaria disposta a rever o acordo de fusão com o Pão de Açúcar, anunciado em dezembro passado. A notícia de que a fusão entre as Casas Bahia e as empresas do grupo Pão de Açúcar está sendo reavaliada provoca baixa nas ações da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), dona do Pão de Açúcar e da Globex, nesta terça-feira (13). Por volta das 12h50, as ações da CBD caíam quase 4%. Mais cedo, a baixa chegou a superar os 5%.

Mais cedo, a CBD confirmou por meio de Fato Relevante que as Casas Bahia e seus sócios manifestaram a "intenção de rever a associação" fechada entre as duas empresas em dezembro do ano passado.
As empresas de Abílio Diniz informaram, no entanto, que consideram o acordo, firmado no ano passado, "perfeitamente eficaz": "CBD e Globex consideram que o Acordo de Associação celebrado é válido e perfeitamente eficaz, tendo se manifestado no sentido de continuar em discussões com vistas a um entendimento de forma a assegurar a implementação da associação".

Segundo reportagens na imprensa nesta terça-feira (13), um dos pontos que a Casas Bahia quer rever é o prazo existente no acordo para que os Klein possam vender a sua participação na empresa criada com a fusão dos ativos.

As empresas também estariam divergindo sobre o valor dos ativos definido na primeira fase de negociação, em 2009. Pelo acordo, os ativos da Casas Bahia precisam ser aportados dentro da nova empresa e devem corresponder a um aluguel mensal aos Klein.

O problema, conforme a reportagem, é que estes têm batido na tecla de que os ativos foram subavaliados. Por causa disso, o aluguel das lojas ficaria abaixo dos R$ 130 milhões ao ano, calculados em conjunto pelas duas empresas no início das negociações.

A união das duas empresas em dezembro criou um gigante do varejo com mais de R$ 18,5 bilhões em faturamento bruto anual. Pelos termos do negócio apresentado na época, a CBD deveria transferir para a Globex, pelo valor de R$ 120 milhões, todos os estabelecimentos comerciais onde atualmente são operados negócios de varejo de bens duráveis (lojas Extra Eletro). Esse acordo não abrange os negócios de bens duráveis operados pela CBD em seus supermercados e hipermercados.


Já as Casas Bahia constituirá uma nova sociedade, chamada de Nova Casa Bahia na época, mediante a conferência de ativos e passivos operacionais, com valor aproximado de R$ 950 milhões. Ficam de fora desse acordo imóveis da Casa Bahia, participações em sociedades e determinados passivos.

Encerrada essa etapa, a totalidade do capital social da Nova Casa Bahia seria transferida para o patrimônio da Globex, por meio de incorporação de ações ou mediante outra estrutura que as partes poderiam vir a achar mais eficiente.

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