O Ministério Público Federal na Bahia apura por qual motivo o traslado do corpo da jovem Mariana Noleto e das outras seis vítimas do acidente aéreo na Bahia foi realizado em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Os sete ocupavam o helicóptero que caiu no distrito de Trancoso na última sexta-feira (17). Mariana era namorada do filho do governador fluminense Sérgio Cabral.
O MPF considera que existiam voos comerciais de Porto Seguro, na Bahia, até o Rio de Janeiro, e que as vítimas não estavam no exercício de função pública. De acordo com o órgão, o custo financeiro e o fundamento normativo para o valor ter sido fruto dos cofres públicos e não das famílias das vítimas já foram requisitados ao Quinto Comando Aéreo Regional. Além disso, o MPF também apura quem ordenou a missão dos traslados.
O procedimento administrativo instaurado pelo órgão foi baseado no deslocamento da jovem e logo depois estendido a todas as vítimas, que também teriam sido transportadas pela FAB. O gerente de operações da Sinart do aeroporto de Porto Seguro confirmou ao G1, na tarde desta quarta-feira (22), que a transferência de todos os corpos ocorreu via FAB. Ele não informou quem deu ordem para a missão.
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou em nota que "sempre que ocorrem acidentes aéreos, dependendo da proporção e da disponibilidade da Força Aérea Brasileira no período, variados meios são alocados para o apoio à sociedade". De acordo com a nota, "no caso do acidente do PR-OMO, ocorrido na última sexta (17/6), um helicóptero Super-Puma do 3/8 Grupo de Aviação e uma aeronave C-95 do 3 Esquadrão de Transporte Aéreo, ambos sediados no Rio de Janeiro, foram colocados à disposição para as missões de busca e resgate e para as missões de apoio necessárias na ocasião".
O Governo do Rio informou que solicitou à FAB que fizesse o traslado dos corpos.
Causa do acidente
Cinco testemunhas da queda do helicóptero em Trancoso, sul da Bahia, foram ouvidas pelo titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), localizada na cidade de Porto Seguro. O inquérito policial foi instaurado na sexta-feira (17), logo após ter sido informado o acidente que matou todos os sete ocupantes. O delegado terá 30 dias para conclusão do inquérito, prazo que poderá ser prorrogado. O delegado acrescenta que o laudo pericial da Aeronáutica, responsável pela perícia técnica da aeronave, irá auxiliar as investigações. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que ainda não tem previsão de quando a cabine da aeronave será retirada do fundo do mar.
Vítimas
Além da estudante Mariana Noleto, de 20 anos, também morreram o menino Luca, filho de Jordana, a irmã dela, Fernanda Kfuri, de 35 anos, o sobrinho, Gabriel Kfuri Gouveia, de 2 anos, e a babá das crianças, Norma Assunção, de 49 anos. O empresário Marcelo Mattoso, que pilotava aeronave, e Jordana Cavendish, também estavam entre as vítimas do acidente.
Aniversário
O motivo da viagem era a festa de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish. O governador Sergio Cabral e o filho Marco Antonio também participavam da viagem. Eles haviam deixado o Rio na tarde de sexta. Ao chegar a Porto Seguro, na Bahia, o grupo iria embarcar em um helicóptero até Trancoso. A aeronave, que não tinha capacidade para levar todos, tinha previsão de fazer duas viagens. Na primeira foram as mulheres e crianças do grupo. Foi quando o helicóptero, com sete pessoas, caiu.
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