O julgamento dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira, acusados de matar duas adolescentes de 16 anos em 2003, em Pernambuco, entrou no terceiro dia, nesta quarta-feira (1º). O júri, realizado no Fórum de Ipojuca (PE), começou por volta das 10h30.
O início do julgamento foi suspenso por 40 minutos porque três dos jurados estavam com pressão arterial acima da média. Eles foram medicados e passam bem.
A previsão é de que quatro peritos sejam ouvidos nesta quarta. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nesta quarta, os réus Marcelo e Valfrido Lira também devem ser ouvidos. Haverá ainda apresentação de provas.
O segundo dia de julgamento terminou às 18h40 de terça-feira (31). A foi sessão foi suspensa após depoimento da perita Leila Gomes. Foram ouvidas também oito testemunhas de defesa. Na segunda-feira, de acordo com o TJPE, foram ouvidas duas testemunhas de acusação e duas de defesa.
O julgamento, que começou na segunda-feira (30), deve se estender até quinta-feira (2). Até o fim do julgamento, ainda acontecerá o debate entre defesa e acusação, quando cada irá expor seu ponto de vista para tentar convencer os jurados.
As adolescentes Maria Eduarda Dourado Lacerda e Tarsila Gusmão Vieira de Melo foram mortas em maio de 2003, no distrito de Camela, em Ipojuca. Marcelo e Valfrido Lira estão presos desde 2008. Os réus respondem por duplo homicídio qualificado e por duas tentativas de estupro, segundo o TJPE.
Durante todo o julgamento, devem ser ouvidas 19 pessoas: duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco; 10 arroladas pela defesa dos acusados; cinco peritos do Instituto de Criminalística, que participaram das investigações dos homicídios; e os dois réus.
O Conselho de Sentença é constituído por quatro homens e três mulheres. Todos os jurados são servidores públicos residentes em Ipojuca.
Crime
De acordo com as investigações, as vítimas foram passar um fim de semana na casa de um amigo, na Praia de Serrambi, em companhia de outros jovens. Depois de um passeio de lancha até o Pontal de Maracaípe, Maria Eduarda e Tarsila se separaram dos outros jovens e foram andar sozinhas pela praia. Ao retornar ao local onde a lancha estava atracada, constataram que o grupo já havia retornado para Serrambi.
As jovens decidiram voltar sozinhas à praia e conseguiram uma carona até as imediações do Trevo de Porto de Galinhas, onde pegariam uma condução.
De acordo com testemunhas, as adolescentes foram vistas por volta das 18h30 junto a uma padaria, onde permaneceram até entrarem em uma kombi. Após entrarem no veículo, Tarsila e Maria Eduarda desapareceram e seus corpos só foram encontrados dez dias depois pelo pai de Tarsila.
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