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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Perícia descarta uso de luminol em cães

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A perícia não vai usar luminol, uma substância usada para detectar vestígios de sangue, nos cães que foram recolhidos da casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos. A informação é do diretor do Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Sérgio Ribeiro. Santos é suspeito de ter matado Eliza Samudio. Segundo a polícia, ele é conhecido pelos apelidos de Bola, Paulista e Neném.

Eliza está desaparecida desde o início de junho. Para a polícia, ela está morta. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno de Souza, que era do Flamengo, e tentava provar que teve um filho do atleta. Oito suspeitos de envolvimento no caso estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, incluindo Santos e Bruno. Todos negam o crime.

Ribeiro, do Instituto de Criminalística, disse que o luminol é um produto tóxico e os peritos que têm de usar máscaras e luvas quando usam a substância. Segundo ele, o produto poderia intoxicar os animais. Além disso, Ribeiro afirmou que, se os animais tivessem entrado em contato com ração, por exemplo, que pode ter alto teor de proteína e ferro, os resultados não seriam confiáveis.

Colchão

Ribeiro também falou que o colchão recolhido do sítio de Bruno, durante as buscas que ocorreram na madrugada de quarta-feira (14), deve começar a ser analisado nesta quinta-feira (15). Segundo a polícia, foram identificadas manchas de sangue nesse objeto. Devem ser realizados exames de DNA para esclarecer se o sangue é de Eliza Samudio ou não.

Além do sangue, fios de cabelo foram encontrados no local e também serão analisados.

Um menor que foi apreendido na casa de Bruno, no Rio, disse, em depoimento, que Eliza foi agredida durante a viagem para Minas Gerais. O adolescente teria confessado que deu três coronhadas na cabeça dela. Em outro relato ouvido pela polícia, o primo de Bruno, Sérgio Sales, disse que encontrou a jovem ferida no sítio do goleiro.

Na semana passada, a polícia confirmou que foram encontrados vestígios de sangue de Eliza em um carro do goleiro Bruno que havia sido apreendido em uma blitz, no começo de junho, por estar com a documentação irregular. O material coletado foi comparado com material genético colhido do pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, e do filho dela.

Investigações

Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno. Ela engravidou e tentava provar, na Justiça, que teve um filho com o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).

Na terça-feira, 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. Ele disse que viajou do Rio para Minas Gerais com Eliza e Luiz Henrique Ferreira Romão, amigo de Bruno conhecido como Macarrão. De acordo com o adolescente, os três foram para o sítio do goleiro. Depois, foram até outro local, onde um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.

Oito pessoas foram presas em Minas Gerais, por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza. Todos negam o crime.

No Rio, o goleiro e Macarrão são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.

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