Após um grave acidente na etapa de São Paulo na categoria de acesso à Stock Car, o piloto Gustavo Sondermann teve sua morte cerebral anunciada pelo corpo médico do Hospital São Luiz, onde foi atendido. Segundo o boletim médico oficial, o paulista, que chegou com quadro estável ao local, teve complicações por conta do acidente. A Confederação Brasileira de Automobilismo decretou luto oficial de sete dias.
O piloto de 29 anos começou sua carreira no kart aos 16 anos. Em 2007, Sondermann viveu de perto uma das maiores tragédias do automobilismo brasileiro: o paulista corria na Stock Light pela equipe FTS Competições. Seu companheiro de equipe, Rafael Sperafico, acabou se envolvendo em um grave acidente também em Interlagos e morreu.
Por coincidência, o acidente fatal de Gustavo aconteceu na mesma pista e curva de Sperafico: a curva do Café. A pick-up número 48 do piloto foi acertada por três veículos até ser totalmente destruída em colisão com o carro de Pedro Boesel. O local é conhecido por ser o mais perigoso do autódromo paulista.
Na temporada 2009 e 2010, o paulista correu na Stock Car. No primero ano, ele competiu pela equipe Gramacho Costa e, na segunda temporada, se dividiu entre a AMG Motorsport e a própria Gramacho Costa. Ele foi companheiro de equipe de pilotos como Átila Abreu e Christian Fittipaldi.
Como foi o acidente
Após a colisão violenta, Gustavo Sondermann foi retirado do carro pela equipe médica da categoria. O piloto teve uma parada cardiorrespiratória, mas acabou sendo reanimado pelo dr. Dino Altmann. Ele foi encaminhado para o centro médico de Interlagos, teve seu quadro estabilizado e depois foi levado para o Hospital São Luiz na capital paulista.
Confira o boletim médico
O Hospital São Luiz informa que o piloto Gustavo Sondermann deu entrada na Unidade Morumbi às 14h25 de 03 de abril, após acidente durante prova automobilística, realizada neste domingo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
O paciente foi transportado para o Hospital São Luiz Unidade Morumbi imediatamente após ser reanimado em pista e receber atendimento médico do próprio hospital no Centro Médico do Autódromo.
Atendido inicialmente pela equipe de emergência do pronto-socorro da Unidade Morumbi, Sondermann foi transferido para a UTI. No momento da entrada estava em coma (escala de Glasgow 3), respirando com auxílio de aparelhos.
Após exames clínico, neurológico, funcional e de imagem, foi constatado traumatismo craniano grave, hemorragia cerebral difusa e fratura da primeira vértebra cervical. Frente às lesões apresentadas, foi concluído pela equipe médica que não havia indicação para tratamento cirúrgico.
O quadro neurológico é considerado irreversível.
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