O funcionário público Ricardo José Neis, que atropelou ciclistas em Porto Alegre em 25 de fevereiro, foi transferido na manhã desta sexta-feira (11) para o Presídio Central gaúcho.
Segundo informações do Hospital Parque Belém, onde ele estava internado, Neis almoçava quando soube da decisão da juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara de Porto Alegre, e foi levado sob escolta policial para o presídio. Antes, ele passou no Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.
O advogado Jair Jonco, que defende o funcionário público, entrou com pedido de habeas corpus na quinta-feira (10) e aguarda decisão da Justiça. Segundo Jonco, a expectativa é de que o pedido seja julgado até terça-feira (15).
Avalição psiquiátrica
A juíza determinou a prisão de Neis nesta sexta-feira (11) após receber o laudo realizado pelo Instituto Psiquiátrico Forense na última segunda-feira (7). Segundo Rosane, a avaliação mostra que Neis "não teve doença diagnosticada, nem indicação para internação". Ela destacou ainda que "o quadro depressivo, com risco de suicídio, e a necessidade de atendimento médico especializado, em unidade psiquiátrica fechada, sob cuidado e vigilância contínuos, não foram constatados pelo perito médico avaliador".
Neis estava internado no Hospital Parque Belém, pois dois atestados firmados por médicos da instituição determinavam a necessidade de acompanhamento psiquiátrico
Ele é acusado pelo Ministério Público (MP) de tentativa de homicídio qualificado por ter atropelado ciclistas na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, em Porto Alegre. Nove pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Pronto Socorro da cidade. Todas foram liberadas sem ferimentos graves, segundo o hospital. O motorista teria fugido do local sem prestar socorro, segundo testemunhas.
Em depoimento, Neis disse à polícia que atropelou os ciclistas, pois se viu cercado e, com medo de uma agressão, acelerou para proteger a si e ao filho de 15 anos, que também estava no carro. A Justiça chegou a decretar a sua prisão preventiva mas, como ele já estava internado no Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, permaneceu sob custódia policial até esta sexta-feira (11).
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