Um norte-americano que fundou uma escola para crianças pobres no Haiti admitiu que abusou sexualmente garotos do país. A confissão encerrou um caso em que os promotores o acusaram de manipular os garotos com promessas de comida e abrigo e ameaçou expulsá-los se eles se recusassem.
Douglas Perlitz, de 40 anos, se disse culpado nesta quarta-feira (18) em uma corte de Connecticut, de viajar com a intenção de se engajar em conduta sexual ilícita, uma acusação que poderia render até 30 anos de prisão. Como parte de um acordo judicial, ele admitiu a prática de conduta sexual ilícita com oito crianças.
Perlitz foi acusado no ano passado de seduzir os meninos no Projeto Escola de Pierre Toussaint.
- O acusado atacou crianças pobres e impotentes no Haiti, seduzindo-as com benefícios significativos, tais como alimentação, moradia, vestuário e educação, apenas para explorar a sua posição de confiança e de abusar sexualmente dos meninos sob seus cuidados - disse o promotor David Fein.
O advogado de Perlitz, William Dow III, disse após a audiência que seu cliente quer apresentar seu lado da história em sua sentença. Perlitz fundou a escola em 1997, quando ele vivia em Connecticut, e as autoridades dizem que o abuso se prolongou por quase uma década.
A acusação original dizia que Perlitz recebeu o financiamento de uma organização religiosa para fundar Projeto Pierre Toussaint. O programa inicialmente serviu principalmente crianças de rua com idades em torno de 6 anos e se expandiu para incluir um programa residencial para crianças em idade escolar. As crianças receberam refeições, esportes, sala de aula e acesso a água corrente para banhos.
Voluntários e membros da equipe que atuavam no projeto tinham medo de acusar Perlitz, disse que a promotoria, porque ele controlavas as operações da escola e "utilizava o medo do desemprego e a situação econômica difícil no Haiti".
Perlitz permanece detido.
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