A Justiça do Rio de Janeiro aceitou na noite desta segunda-feira (23) a denúncia encaminhada hoje pelo Ministério Público contra os policiais militares que liberaram o carro do jovem que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, no dia 20 de julho. Segundo informações do Tribunal de Justiça, a decisão foi da juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio.
O sargento Marcelo José Leal Martins e o cabo Marcelo de Souza Bigon vão responder a processo por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento da missão.
Em sua decisão, a juíza determinou a manutenção da prisão preventiva dos PMs. De acordo com a decisão, “a custódia cautelar é importante para a conveniência da instrução criminal e a garantia da ordem pública, além dos fatos imputados aos acusados serem de extrema gravidade, sendo crimes que revelam uma inversão total dos valores ensinados na formação de um policial militar”.
Segundo a denúncia do MP, os PMs aceitaram propina oferecida por Roberto Martins Bussamra, pai de Rafael Bussamra, que dirigia o carro que atropelou Mascarenhas. Os policiais teriam aceitado uma oferta de R$ 10 mil. Pela manhã, ainda de acordo com a denúncia, os dois receberam de Roberto Bussamra R$1 mil como parte de pagamento.
Por fim, os PMs apresentaram o Termo de Registro de Ocorrência com informação falsa, descrevendo a liberação do veículo de Rafael Bussamra sem a constatação de irregularidades.
Em depoimento à polícia, Roberto Bussamra disse que os policiais pediram R$ 10 mil para que seu filho não fosse responsabilizado pelo atropelamento do jovem.
Mascarenhas andava de skate no túnel Acústico, na zona sul, na madrugada do dia 20 de julho, quando foi atropelado. Parte do túnel estava interditado.
0 comentários:
Postar um comentário