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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dono do Rei do Bacalhau irá para a Polinter

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O atual dono do restaurante Rei do Bacalhau, na Ilha do Governador, no Rio, Antônio Fernando da Silva, que está preso na 16ª DP (Barra da Tijuca) por suspeita de ser o mandante do homicídio do próprio pai e de mais seis pessoas irá para a Polinter ainda nesta quinta-feira (22), junto com seu suposto cúmplice, que confessou ter matado o gerente financeiro do restaurante.

A informação é do delegado titular da 16ª DP, Rafael Willis. Ele afirmou que os dois dormiram na carceragem da delegacia.

Antônio Fernando da Silva, foi preso no início da manhã de quarta-feira (21) em sua casa, também na Ilha do Governador. Ele é suspeito de ter mandado matar o próprio pai adotivo, Plácido da Silva Nunes, o matador dele, o gerente financeiro do restaurante, um pai de santo, um advogado, um garçom e um policial.

De acordo com o delegado, Antônio se negou a prestar depoimento e afirmou que vai aguardar o seu advogado, Saulo Ramos, que deve comparecer à delegacia nesta quinta.

- Ele (o cúmplice) já prestou depoimento formalmente e confessou o crime praticado, no entanto ele não diz quem foi o mandante, ele prefere se calar sobre isso - afirmou Willis.

Com relação a Antônio, Willis afirmou que, a todo momento, ele se mostra surpreso. “A morte do pai dele (Plácido Nunes, de 75 anos, então dono do restaurante) foi em 2007 e até o momento ele não tinha sido preso e se mostrava tranquilo quanto a isso, mas com esses novos fatos, ele se mostrou extremamente surpreso. Ele finge que não sabe”, disse o delegado.

A polícia, agora, quer ouvir novas testemunhas.

Gato de água

Além da acusação de ser o mandante de seis homicídios, o atual dono do Rei do Bacalhau também é acusado de realizar “gato de água” no estabelecimento e vai responder por mais esse crime. Segundo o delegado, a perícia feita no local constatou adulteração no hidômetro do restaurante.

Segundo Willis, também há indícios de que Antônio teria praticado crimes fiscais.

Investigação

O delegado Rafael Willis contou que estava investigando a morte do gerente financeiro do restaurante. Ele teria sido vítima de um assalto simulado, no início deste ano, na Barra da Tijuca.

- Começamos a investigar a suposta tentativa de assalto e chegamos ao autor de todos esses crimes - disse Willis.

Além de dar desfalques no caixa do restaurante, segundo Willis, o filho se favoreceu do seguro do pai, que lhe rendeu cerca de R$ 2 milhões.

- Logo depois, o matador contratado começou a extorqui-lo ameaçando revelar que ele tinha mandado matar o próprio pai. Para se livrar do primeiro matador, ele contratou outro matador. Não satisfeito, mandou matar em seguida o seu pai de santo, que também já sabia muito da história - disse Willis.

O delegado disse que a morte do gerente financeiro do restaurante foi encomendada no início deste ano. A vítima estaria desconfiada dos desfalques no restaurante e ameaçava denunciá-lo por sonegação fiscal.

- Ele simulou uma tentativa de assalto na Barra. Ele não contava que iríamos investigar o caso a fundo. Fomos checando as informações e chegamos a autoria dos crimes. Todos foram mortos por queima de arquivo - disse o delegado.

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