A Secretaria de Segurança Pública do Ceará reconheceu falhas na abordagem policial feita no domingo (25), que resultou na morte do adolescente Bruce Cristian, 14 anos, em Fortaleza. O policial suspeito de atirar no garoto foi afastado das ruas e um processo administrativo foi instaurado para apurar o ocorrido.
O menino foi baleado na cabeça quando estava na garupa da motocicleta do pai, o técnico de manutenção Francisco das Chagas de Oliveira. Os dois estavam a caminho de casa.
- A pessoa que aponta a arma pelas costas para um ser humano, para uma criança, e atira, é um bandido. Que polícia preparada é essa? Que treinamento é esse? - disse o pai, durante o velório do filho. Cristian foi sepultado na tarde desta segunda-feira (26), em Pacatuba (CE).
- Abrimos um procedimento administrativo para apurar o que levou o policial a agir como agiu. Falar que é lamentável é pouco diante da vida de uma criança. Ninguém está feliz com o que aconteceu. Foi uma abordagem infeliz - disse o coronel Joel Brasil, secretário executivo de Segurança Pública do Ceará.
Segundo a Polícia Militar, o soldado sinalizou para a moto parar. O pai do adolescente disse que não ouviu o chamado. O policial suspeito de atirar tem 25 anos, foi afastado das funções e pode responder por homicídio.
Em depoimento à polícia, o soldado teria dito que o tiro foi acidental e que só depois percebeu que havia atingido alguém.
- A doutrina do sistema policial não indica o uso da arma para tirar uma vida. A arma só deve ser usada em último caso - disse Brasil.
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