Um menino a caminho de se transformar em homem. Essa é a definição do aprendiz de mágico Luca, protagonista do novo seriado da Fox, Kdabra. Mas a frase define também seu intérprete, Christopher Von Uckermann. Ele não é mais o mesmo garoto do RBD. Cresceu, está mais maduro e centrado em sua carreira-solo. Com o fim do grupo, tudo mudou. Nada mais de turnês ao redor do mundo. Ele foi viver em Bogotá, na Colômbia, onde a série era gravada, e dedicou-se inteiramente.
Simpático, Ucker gargalhou diversas vezes durante a entrevista e contou divertidas histórias sobre as gravações.
- Às vezes, alguém fazia um truque errado, mas a gente tinha que fingir que havia sido impressionante - ri ele, que, na série, voa, desaparece e realiza truques incríveis sem a ajuda de dublês.
Dependendo da audiência, a série, que estreou no Brasil na quarta 14, às 22 h, poderá ganhar uma segunda temporada. E quer mais uma boa notícia? "Estou solteiro, mas aberto para conhecer melhor o amor."
Como foi o convite para ser o protagonista do seriado?
Na realidade, foi tudo rápido. Me ligaram em casa, eu li o roteiro e pensei que era algo que eu gostaria de fazer. A história me atraiu muito. É uma oportunidade ótima e é incrível fazer parte dela.
Kdabra o fez crescer como ator?
Definitivamente. Além do mais, eu trabalhei com os melhores atores da América Latina. Ficava olhando as cenas dos outros artistas mais experientes para aprender. Desde que aceitei participar, eu sabia que seria um desafio pessoal e um ponto muito importante da minha carreira. Penso também que é uma grande aposta da Fox em mim.
Você aprendeu mesmo todos aqueles truques ou tinha dublê?
Tivemos aulas com mágicos de verdade e fizemos a maioria das cenas. Nos preparamos muito. O diretor tinha paciência, porque alguns truques eram complicados. Pessoalmente, eu gosto do tema desde criança. Lembro que, quando era pequeno, tinha um daqueles kits de mágica.
Qual foi o truque mais difícil que você aprendeu?
O truque da bicicleta foi um dos mais difíceis, porque eu tinha que subir uma construção, cheia de obstáculos, dirigindo. Foi uma cena longa, mas divertida. E teve outra que gravei embaixo d’água, também complicada.
Como era o ritmo das gravações?
Muito bom! Gravávamos em duas locações diferentes, uma em Bogotá e uma fora da cidade. Acordávamos cedo e, antes de gravar, treinávamos com os mágicos os truques do dia, que já havíamos praticado uma semana antes. Nós ensaiávamos muito e a direção era bastante atenta. Gravávamos até acertar. Houve cenas que foram feitas umas 14 vezes. Tive que me manter bem focado, porque é um personagem que transita em três núcleos diferentes. Para me preparar, vi filmes como O Ilusionista e também algo do David Copperfield.
Agora que você já sabe os truques, a mágica perdeu a graça?
Imagina! Agora, gosto ainda mais do que antes. Aprendi que mágica é realmente uma Arte.
E é mais legal participar de uma novela ou de um seriado?
São diferentes. Na novela, temos que entregar o produto todos os dias. Já numa série é Possível ter uma produção maior e com mais criatividade. O legal de Kdabra é que, ao final de cada capítulo, você quer ver mais, porque cada um dá uma pista do que está para vir. É bem legal.
E você confiava que seus fãs fossem acompanhá-lo nesta fase pós-RBD?
Mais do que confiar, eu vi isso acontecer. Foi na internet que tive noção, ao ver páginas e ter esse contato direto dos fãs comigo. Eu valorizo muito o apoio que eles me dão na carreira.
Qual a importância do Brasil na sua carreira de cantor e ator?
Na primeira vez que estive em São Paulo, tive a noção real do sucesso ao ver a quantidade enorme de fãs no aeroporto. Gosto das brasileiras, porque elas são sempre calorosas.
E, depois de participar de Kdabra, o que o futuro lhe reserva?
Já chegaram novas propostas de trabalho, mas, por enquanto, eu quero ficar focado mesmo em Kdabra. Também vou lançar meu primeiro disco-solo e estou há um ano trabalhando em ideias para ele. A música e a atuação caminham juntas na minha vida.
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